quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O SERVO SOFREDOR DE ISAÍAS E O DEBATE COM OS JUDEUS — PARTE 006 — O SERVO DO SENHOR É JESUS, O JUSTO


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CONTINUAÇÃO... PARTE 006

Isaías 53:10—12: O triunfo do Servo

Os v.10—12 compõem a última estrofe do quarto cântico do Servo, e descrevem a razão da morte do Servo, afirmando que o seu sofrimento e sua morte violenta não são uma fatalidade, um acidente na história. Essa última estrofe focaliza a exaltação do Servo, e relaciona-se tematicamente com 52:13—15. “Esses versos demonstram que a morte do Servo não foi um erro trágico; sua morte deverá justificar a muitos e trará glória para ele.”73

10 E ETERNO desejou esmagá-lo,
fazendo-o adoecer;74
se der75 a sua alma como oferta pela culpa,
verá a sua posteridade
e prolongará os seus dias;
e a vontade de ETERNO prosperará76  nas suas mãos.

11Depois do penoso trabalho de sua alma, verá a luz,77
e ficará satisfeito;78
por seu conhecimento, o Justo,79 o meu Servo, justificará a muitos,
e as iniquidades deles levará sobre si.

12 Por isso, eu lhe darei uma porção entre muitos,
e com os poderosos repartirá o despojo,
porquanto80 derramou para a morte a sua alma;
foi contado com os transgressores.
Contudo, levou sobre si o pecado de muitos
e pelos transgressores81  intercedeu

Nas duas primeiras frases do v10, “ETERNO” é o sujeito. A forma verbal empregada na primeira frase é hapes qal perfeito “ter prazer”, “desejar”, seguido imediatamente por daka’ piel infinitivo “esmagar”. O primeiro verbo, hapes, significa basicamente “sentir grande satisfação em alguma coisa”.82 Este vocábulo descreve o desígnio e a vontade do ETERNO.83  Deus desejou a morte do Servo. Novamente o profeta reitera que a desgraça que acometeu o Servo não foi resultado de uma trama de homens maldosos, mas sim, foi resultado da vontade do ETERNO (53:4). Revela-se assim a verdade neotestamentária a respeito da morte de cruz do Filho do Homem, que ocorreu “segundo o que está determinado” —

Lucas 22:22

Porque o Filho do Homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por intermédio de quem ele está sendo traído!

Atos 2:36

Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.

Atos 32:13—14

13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo.
14 Vós, porém, negastes o Santo e o Justo e pedistes que vos concedessem um homicida.

A razão do “prazer/vontade” de ETERNO na morte horrenda do Servo é explicada ao longo do v.10. “se ele der a sua alma como oferta pela culpa”. É difícil compreender o sentido da frase hebraica. Provavelmente o sujeito do verbo é o próprio Servo, como se lê na conjugação dos verbos seguintes, na terceira pessoa masculina: yir’eh “ele verá” e ya’arik “ele prolongará”. De qualquer modo, é possível notar que o Servo não foi coagido à morte. Ele deu sua alma como “oferta pela culpa”. Ele entregou-se voluntariamente (53:7). “Embora tantos pensem num Pai irado e um Jesus amoroso que veio aplacar sua cólera, a Bíblia ensina que Deus é amor. O Novo Testamento não diz que Jesus nos reconciliou com Pai, mas que o Pai nos reconciliou consigo, em Cristo”84.

2 Coríntios 5:21

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

A “alma”, nephex, é a vida. A vida do Servo foi uma “oferta pela culpa”. O termo hebraico ’axam (“culpa”, “pecado”; Gênesis 26:10; Jeremias 51:5) era um oferta que visava o perdão do “pecado” (hata’ah, Levítico 5:6—7, 10, 11—13). Além disto, no livro de Levítico, a “oferta pela culpa” também é apresentada numa linguagem legal e ritual, e constituía-se um tipo específico de sacrifício que apresentava o conceito de restituição (Levítico 5:14—19); “... a ideia de satisfação, em relação aos direitos ou leis que haviam sido violados, era mais proeminente”.85 Sobre Isaías 53:10, Gary V. Smith afirma: “Esse verso indica que quando o Servo entregou a sua vida, ele se apresentou como uma compensação ou restituição (como a compensação ou a oferta pela culpa de Lv 5:14 — 6:7) para Deus por causa dos danos cometidos pelo povo contra Deus.”86  Valhamos ainda das palavras de Crabtree: “O Servo inocente dá a sua vida em lugar da vida do povo culpado a fim de satisfazer à justiça divina. Ele era mais que um mártir. O seu sacrifício representa o amor, bem como a verdade da lei divina.”87

O grande problema do ser humano é a sua alienação de Deus. Mas a morte do Servo é um sacrifício que restaura a comunhão entre Deus e os homens. Não existe perdão sem derramamento de sangue (Hebreus 9:22; veja Levítico 17:11). Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo —

João 1:29

No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

“Um cordeiro não pode morrer no lugar de um humano, mas um homem perfeito poderia; e se o humano é também Deus, ele poderia morrer por todo pecado humano (Hebreus 9:11—14).” 88

A palavra “posteridade” é a tradução de zera‘ “semente”, “descendência”. No texto isaiano, refere-se àqueles que foram perdoados pelo sacrifício expiatório do Servo. Portanto, zera‘ são os descendentes espirituais do Servo, “a congregação nascida dele, o verdadeiro Israel (cf. Hebreus 2:13)...”.89

A expressão ya’arik  yamim “prolongará os seus dias” é usada no Antigo Testamento para se referir à promessa de durabilidade do reino dos monarcas de Israel, caso fossem obedientes à Palavra de ETERNO (Deuteronômio 17:2090; 1 Reis  3:1491 92 ) . No Salmo 21:4 [TM: 21:5], uma expressão semelhante93 refere-se à promessa da eternidade do trono de Davi (cf. 2 Samuel 7:13—16; Salmos 89:4 [TM: 89:5]; Salmos 132:12) que cumpriu-se cabalmente em Cristo.94 Portanto, é possível afirmar que, no texto de Isaías, o Servo é apresentado como uma pessoa ressurreta,95 que, mesmo tendo sofrido uma morte violenta, reinará eternamente. E não só isso. Considerando que a obra do Servo contempla a zera‘ “semente/descendência”, e, sendo esta “semente” aqueles que nasceram da morte expiatória do Servo e por Ele foram justificados (v.11), pode-se deduzir que o texto também se refere à ressurreição do povo redimido.96 

No final v.10, lê-se que “a vontade do ETERNO prosperará nas suas mãos”. Novamente o profeta apresenta a raiz hps (hepes “vontade”, “deleite”, “prazer”), que no início do v.10 aparece na forma verbal hapets qal perfeito “ter prazer”, “desejar”. Mas, se no início do verso a vontade do ETERNO era “esmagar” o Servo, agora, no final, a sua vontade é fazê-lo triunfar. A forma verbal salah qal imperfeito “prosperar” significa “ser forte/eficiente/poderoso”; “ser útil”; “ter sucesso”.97  Parece que o sentido correto da frase é transmitido pela tradução da BJ: “e por meio dele o desígnio de Deus triunfará”. No final, o desejo maior do ETERNO não é a derrota do Seu Servo pela morte ignominiosa, mas sim, a Sua vitória pela ressurreição. Pela cruz de Cristo e por sua ressurreição, a vontade de Deus triunfou.

O triunfo do Servo é descrito também no início do v.11: “Depois do penoso trabalho de sua alma, verá a luz, e ficará satisfeito”. A palavra ’or “luz” não consta no TM, no entanto, aparece em todas as cópias de Qumran, e também é acrescentada na LXX. Os verbos ra’ah qal imperfeito “ver” e sabe‘a qal imperfeito “ficar satisfeito” estão inter-relacionados.  “Os dois verbos constituem um só conceito, e significam que a contemplação da salvação que Ele adquirira para outrem e para Si próprio – fato que deve ser detalhado ulteriormente – O satisfaz e refrigera.”98

A frase seguinte descreve o efeito da morte do Servo sobre o seu povo: “por seu conhecimento, o Justo, o meu Servo, justificará a muitos,”. Para Ridderbos, o “conhecimento” do Servo, como em Isaías 50:4, “é um conhecimento espiritual concernente a Deus e ao Seu plano de salvação”.99 No entanto, a palavra hebraica da‘at “conhecimento” comumente refere-se ao conhecimento proveniente de um relacionamento. Assim, o Servo, através de sua experiência de sofrimento e morte vigária, poderá “justicar a muitos”. O verbo sadeq hifil imperfeito “justificar”, “declarar justo” (cf. Deuteronômio 25:1 e 1 Reis 8:32) apresenta o sentido forense, porque o Servo é julgado e condenado em lugar de outros: “e as iniquidades deles levará sobre si”. Mas essa forma verbal também traz implicações éticas, já que a condenação do Servo visa conduzir aqueles que são declarados justos para uma relação com Deus.100  E só o Servo é capaz de fazer isso. Pois, ele é sadiq “Justo”, e o padrão para se avaliar sua justiça é a sua íntegra relação com Deus, já que o próprio Deus chama-o de “Justo” e de “meu Servo” (como se nota, diferente do v.10, nesse v.11 é o próprio Deus que fala). “Só um homem justo poderia conferir justificação a outros. O Servo é justo e justifica a muitos. Jesus é justo (Atos 3:14) e é ele quem nos justifica (Romanos 5:1—2).”101  “De alguma forma, este Servo tem realmente sofrido a condenação proveniente de todos os pecados já cometidos, e em virtude desse fato ele está apto a declarar que todos quantos aceitarem sua oferta são justos, livres, diante de Deus.” 102

O v.12 descreve a vitória do Servo após a morte: “darei uma porção” é a tradução da forma verbal halaq piel imperfeito “repartir”, “dividir”. A segunda frase novamente emprega essa forma verbal, mas agora o sujeito é o Servo: “repartirá o despojo”. “O quadro é de um cortejo vitorioso com o Servo, de todos os povos, marchando em seu papel de vencedor, trazendo para casa os despojos da conquista.”103 “O homem de Dores agora é um Rei conquistador, que reivindica um povo numeroso como Seu, por direito de conquista através de uma luta tremenda.”104 Entretanto, o “despojo” do Servo não são os bens saqueados de uma cidade, mas são os “homens reabilitados, libertados da pena merecida”.105

É notável que a causa de sua vitória não é o seu poder, mas a sua morte: “porquanto derramou para a morte a sua alma”. O verbo ‘arah, no grau causativo em que se encontra (hifil), apresenta o sentido de “derramar”, “esvaziar”. À semelhança do Salmos 141:8, essa forma verbal significa “esvaziar” a “vida” (nepex) com a chegada da morte. Declara-se assim que a razão do triunfo do Servo (descrito nas duas primeiras frases do v.12) é a sua morte. E não somente isso: “foi contado com os transgressores”. Ele não somente morreu pelos transgressores, como lemos em 53:5 (pesha’ “transgressão”); também foi considerado como um dos pox‘im “transgressores” —

Lucas 22:37

Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores. Porque o que a mim se refere está sendo cumprido.

Mas, na verdade, o Servo não era um dos pox‘im “transgressores”, pois, como assevera o final do v.12, ele morreu por eles, e por eles intercedeu. “Os transgressores, pelos quais Ele intercede são os que ocasionaram a Sua execução, e por cujas iniquidades Ele foi ‘transpassado’ (v.5). Ele foi assim considerado; eles eram de fato os transgressores. Aqui todos são levados a pensar no clamor! ‘Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’ (Lucas 23:34) – um cumprimento literal.”106

À luz de Isaías 59:16,107 onde o termo “intercessor” é paralelo a “ajudador” (na tradução da ARA )108, é possível afirmar que o verbo paga‘ “interceder” aqui em 53:12 não descreve só a intercessão, mas engloba também a intervenção.109  O Servo intervém na vida dos “transgressores”, e os restaura à comunhão com Deus. Lembremos que, de acordo com o Novo Testamento, os primeiros a gozarem dos resultados da morte vigária do Servo foram o ladrão arrependido e o soldado romano que, depois de crucificar a Cristo, reconheceu que verdadeiramente Ele era o Filho de Deus. De fato, o Servo conduziu ao paraíso celestial aqueles transgressores merecedores da punição eterna. 

Conclusão

O presente série de artigos constatou que o Servo de ETERNO apresentado em Isaías 52:13—53:12 dificilmente pode ser identificado com Israel ou com qualquer outro personagem do Antigo Testamento.

Notadamente há grandes diferenças entre o Servo e o povo de Israel:

1. O Servo não tem pecado; é perfeito. Só um Cordeiro perfeito poderia se oferecer como “oferta pela culpa” (53:10). Em contrapartida, Israel é pecador. Em Isaías 42:19, o ETERNO acusa o seu povo de cegueira espiritual. Obviamente este povo rebelde não estava em condições para resgatar ninguém. Na verdade, ele mesmo precisa ser regado pelo sacrifício do Servo. 

2. O Servo sofreu imerecidamente o juízo de Deus. Ele foi oprimido por Deus porque outros pecaram contra Deus (53:4-6, 8, 11), diferentemente de Israel que sofreu o exílio merecidamente, pois pecou contra o ETERNO (Isaías 1:25; 3.8; cf. Lamentações 1:8, 18; etc.). 

3. O Servo foi para o matadouro como uma ovelha, sem abrir a boca (53:7). Em contrapartida, Israel, quando foi julgado por Deus, reclamou contra Deus (Isaías 40.27).

Existem também nítidas diferenças entre o Servo e outros personagens do Antigo Testamento:

1) O Servo é identificado com o ETERNO (52:13). Ele é homem, mas é Deus. Nenhum outro personagem do Antigo Testamento, seja dentre os profetas ou dentre os reis tementes ao ETERNO, ousaria aplicar tais honrarias para si mesmo. 

2) O Servo do ETERNO realizou um sacrifício pelo pecado do povo; a oferta foi o seu próprio corpo (53:10). Nenhum outro personagem do Antigo Testamento realizou essa obra.

3) Conforme observamos, o texto de Isaías descreve a ressurreição do Servo, que resultaria na justificação dos pecadores (53:10—12); obviamente isso não se aplica a nenhum herói da fé do Antigo Testamento. O único que “ressuscitou para a nossa justificação” é Cristo —

Romanos 4:25

O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.

As palavras de Isaías 52:13 — 53:12 são impressionantes. Nitidamente descrevem a humilhação, a condenação, a morte e a ressurreição de um homem. É praticamente impossível não ver essas palavras se cumprindo literalmente no Cristo apresentado no Novo Testamento. Até parece que as palavras de Isaías foram escritas aos pés do Gólgota.110

Portanto, a pergunta do eunuco, “a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?” (Atos 8:34), foi suficientemente respondida por Felipe: refere-se a Cristo —

Atos 8:34—35

34 Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?
35 Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.

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O texto original poderá ser acessado por meio desse link aqui:


Luciano R. Peterlevitz

Bacharel em Teologia (FTBC e FATEO/UMESP); Mestre e Doutor em Ciências da Religião, na área de Literatura e Religião no Mundo Bíblico, pela Universidade Metodista de São Paulo. Coordenador Acadêmico da Faculdade Teológica Batista de Campinas, onde também leciona Hebraico, Antigo Testamento e Hermenêutica Bíblica nos cursos de Bacharelado em Teologia e Pós-graduação em Exposição Bíblica.


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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NOTAS

74 TM: halah hifil perfeito “tornar dolorido”, “fazer adoecer”. 1QIsa: wyhllhu, provavelmente “para que ele o transpasse”. A BHS propõe hhlym ’et-sam  (?) em lugar do TM heheli  ’im-tasim  “fazendo-o adoeçer, se ele colocar”.

75 Vulgata: “se ele oferece”. TM: tasim qal imperfeito terceira pessoa feminino singular  “ela (“alma”?) colocará/depositará”. A tradução da Vulgata coaduna-se melhor com a conjugação dos verbos seguintes, na terceira pessoa masculina: yir’eh “ele verá” e ya’arik “ele prolongará”.

76 tsaleah II qal imperfeito “ser forte/eficiente/poderoso”; “ser útil”; “ter sucesso”. Nelson Kirst et. al., Dicionário hebraico-português e aramaico-português, p. 205.

77 BHS: todas as cópias de Qumram acrescentam a palavra ’or “luz”; também acrescentada na LXX.

78 TM: yisbba‘ qal imperfeito “ficar satisfeito”. A BHS propõe a revogalização: o patah debaixo da consoante bet, em lugar do gamets, formando assim um cólon entre o verbo e substantivo beda‘etto “em seu conhecimento”. 

79 BHS: transposto para depois de beda‘etto “em seu conhecimento”.

80 Para uma explicação da expressão causal tahat ’axer, veja John N. Oswalt, Comentário do Antigo Testamento: Isaías, p. 485, nota 380.

81 TM: welappox‘im “e pelos transgressores”. BHS: as cópias de Qumran (1QIsa e 1QIsb) apresentam ulpix‘am “por suas rebeliões”, corroporadas pela LXX.

82 R. Laird Harris; Gleason L. Archer Jr.; Bruce K. Waltke (organizadores), Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento, p. 509.

83 Is 44.28: “cumprirá tudo o que me apraz” (ARA); “ele cumprirá toda a minha vontade” (BJ). Is 46.10: “farei toda a minha vontade” (ARA). Is 48.14: “O Senhor amou a Ciro e executará a sua vontade contra a Babilônia”. Grifo nosso.

84 Isaltino Gomes Coelho Filho, Isaías, p. 171.

85 J. Ridderbos, Isaías, p. 437. Sobre o ’axam, não é necessário seguir a proposta de Hans-Jürgen Hermisson, que propõe a diferença entre um sentido sagrado e um sentido profano (supostamente em Nm 5.7-8; 1Sm 6.3-4, 8). Hans-Jürgen Hermisson, “The Fourth Servant Song in the Contexto of Second Isaiah”, p. 37.

86 Gary V. Smith, Isaiah 40-66, p. 458.

87 A. R. Crabtree, A profecia de Isaías, vol. 2, Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1967, p. 237.

88 John N. Oswalt, Comentário do Antigo Testamento: Isaías, p. 469.

89 J. Ridderbos. Isaías, p.437.

90 yamim ‘al-mamlaktto “e prolongará os dias sobre[do] seu reinado”.

91 weha’araktti  ’et-yameyka “e prolongarei os teus dias”.

92 Gerard van Groningen, Revelação messiânica no Antigo Testamento, p. 609.

93 ’orek yamim ‘olam wa‘ed  “continuidade de dias para sempre e sempre”.

94 Ernst Hengstenberg, Christology of the Old Testament: And a Commentary on the Messianic Predictions, vol. 2, Project Gutenberg EBook of Christology of the Old Testament,  December, 2009, p. 303.

95 J. Ridderbos, Isaías, p. 437.

96 Ernst Hengstenberg, Christology of the Old Testament, vol. 2, p. 303; Gerard van Groningen, Revelação messiânica no Antigo Testamento, p. 609.

97 Nelson Kirst et. al., Dicionário hebraico-português e aramaico-português, p. 205.

98 J. Ridderbos, Isaías, p. 438.

99 J. Ridderbos, Isaías, p. 438.

100 Gary V. Smith, Isaiah 40-66, p. 462.

101 Isaltino Gomes Coelho Filho, Isaías, p. 179.

102 John N. Oswalt, Comentário do Antigo Testamento: Isaías, p. 493.

103 John N. Oswalt, Comentário do Antigo Testamento: Isaías, p. 493.

104 J. Ridderbos, Isaías, p. 440.

105 Luis Alonso Schökel; José Luis Sicre Dias, Profetas I: Isaias - Jeremias, 2ª edição, São Paulo, Paulus, p. 344.

106 J. Ridderbos, Isaías, p. 440-441.

107 Onde o termo “intercessor” é paralelo a “ajudador”.

108 A Bíblia de Jerusalém: “Viu que não havia ninguém, espantou-se de que ninguém interviesse”.

109 John N. Oswalt, Comentário do Antigo Testamento: Isaías, p. 495.

110 J. Ridderbos, Isaías, p. 441.

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