Essa é
uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a vida de José como um
Tipo do Senhor Jesus Cristo. No final de cada estudo você irá encontrar links
para outros estudos. A Série tem o título Geral de: José como Tipo de Cristo.
Introdução
A
história de José é sem sombra de dúvida a mais interessante e a mais dramática
de todas as histórias que encontramos no Livro do Gênesis. Esse autor não
conhece ninguém, crente ou não crente, que não se encante com a beleza dessa
narrativa chegando, não poucas vezes, ao próprio derramamento de lágrimas
tamanho o impacto que a narrativa causa sobre nossos sentidos.
Uma
das maiores características da história de José, quando comparada com a dos
outros patriarcas, é a riqueza de detalhes que encontramos na mesma. Mas a
história não é apenas dele, e sim de todos os patriarcas que vieram compor as
doze tribos do povo de Israel. Por esse motivo, a mesma serve para despertar um
profundo interesse a todos os descendentes dos patriarcas, que podem encontrar
nela profundas lições de conforto e admoestação.
A
verdade, como sabemos, é muitas vezes mais estranha que a ficção e a história
de José não é diferente nesse quesito. Todavia, quando nos aproximamos dessas
narrativas precisamos nos lembrar que estamos lidando com as Sagradas
Escrituras, ou seja, com a verdade em sua forma mais pura e direta. O drama que
temos diante de nós trata, com minúcias, da maravilhosa providência de Deus, um
tema muito querido por nós os reformados, mas que tem sofrido muitos ataques de
todos os lados nos últimos tempos. Até mesmo de dentro de igrejas chamadas
evangélicas pessoas têm se levantado para afirmarem, categoricamente, que não
acreditam, nem aceitam a doutrina reformada da providência divina. Eles imaginam
que fomos nós que inventamos tal doutrina, e fazem tais afirmações por não
conhecerem direito as Sagradas Escrituras. É nossa convicção que não existe
outra história em toda a Bíblia onde os ensinamentos acerca da providência
divina sejam mais claros e óbvios, do que nessa narrativa da história de José.
Passo
a passo nós podemos observar o esmerado cuidado de Deus, à medida que Israel e
seus filhos irão iniciar o processo que culminará em uma completa escravidão do
povo de Israel, como Deus já havia advertido a Abraão – ver Gênesis 15:12—13.
Apesar
do capítulo 37 iniciar afirmando “esta é a história de Jacó” – ver Gênesis 37:2
– não é difícil percebermos que se trata, na realidade, da história de José.
Mas isso não deve nos levar a pensar que José seja considerado pelas Escrituras
Sagradas como mais importante que seus antecessores. Afinal de contas, יהוה - YHVH – o
ETERNO
– nunca lhe apareceu como fez com Jacó – ver Gênesis 35:1, 9; 48:3 - com Isaque
– ver Gênesis 26:1-2, 24 - e com o próprio Abraão – ver Gênesis 17:1; 18:1. A
história de José tem seus próprios méritos, mas não existe nenhuma intenção,
por parte do autor, de transformá-lo em alguém mais importante que seus
ancestrais. Mesmo no Novo Testamento, José é mencionado apenas 9 vezes – ver João
4:5; Atos 7:9, 13—14, 18; Hebreus 11:21—22 e Apocalipse 7:8. Já Abraão, por
exemplo, é citado 78 vezes, Jacó 25 vezes e Isaque 18 vezes.
Abraão
tipifica nossa ELEIÇÃO, enquanto
Isaque tipifica nossa ADOÇÃO e Jacó é
um claro exemplo do CONFLITO que
existe na vida de todo crente – entre a carne e o Espírito Santo – ver Gálatas
5:17 – bem como, a DISCIPLINA divina
– Hebreus 12:5—8 - que visa nos fortalecer nessa luta diária. Já a vida de José
nos ensina que o SOFRIMENTO antecede
a GLÓRIA. Um
dos principais assuntos relativos à vida de José é que os verdadeiros crentes
são chamados para sofrer – ver Filipenses 1:29.
Nosso caráter precisa ser submetido a diversos testes. Ao mesmo tempo a
história de José nos ensina que Deus, o nosso Deus, é o Senhor da Providência e
Ele intervém na história da humanidade, todas as vezes que o tempo que Ele
mesmo determinou é chegado – ver Gálatas 4:3—5. Mas a vida de José como um tipo
— tanto dos cristãos como do próprio Cristo — não para nesse exemplo da vida
cristã.
Talvez
as características mais marcantes de José e que, definitivamente, o diferenciam
dos outros patriarcas, sejam as semelhanças da sua vida com a vida de Jesus,
onde José funciona como um tipo do Senhor, com mais de cem pontos de contato ou
similaridades entre suas vidas. É certo que Abraão é um tipo do próprio Deus,
como o pai que oferece seu próprio filho para ser sacrificado. Isaque é um tipo
de Cristo como o próprio filho oferecido para ser sacrificado. Mas com José as
similaridades são múltiplas e muito variadas, apesar de como já dissemos, o
Novo Testamento não reconhecer essas similaridades como tipológicas, onde José
funciona como tipo de Jesus, que é o antítipo. Como exemplo genérico, do que
estamos falando, nós podemos dizer que assim como José era um homem justo, que
sofreu antagonismo e perseguição e teve que sofrer muito por causa de sua
justiça, mas que no fim do processo triunfa sobre tudo e sobre todos, assim
também com Jesus, o Justo, o Salvador da humanidade, que teve que passar por
experiências semelhantes, porém multiplicadas em intensidade, até triunfar
sobre tudo e todos, por meio da Sua gloriosa ressurreição.
O filósofo Blaise Pascal
O
filósofo e pensador Blaise Pascal em sua obra prima “Pensamentos”, diz o
seguinte acerca desse fato: “Jesus Cristo
é pré figurado por José: ele é o filho amado enviado pelo pai aos seus irmãos;
o inocente vendido por vinte moedas de prata, mas que se torna senhor e
salvador dos seus irmãos, de estranhos e salvador de todo o mundo – ver
Gênesis 41:56. Nada disso teria
acontecido se seus irmãos não tivessem planejado fazer-lhe mal, rejeitando-o e
vendendo-o como escravo. Na prisão de Potifar, nós vamos encontrar José, o
inocente, no meio de dois malfeitores — como Jesus foi crucificado também no
meio de dois malfeitores. José predisse o futuro daqueles dois homens, apesar
dos dois terem sido enviados para a prisão pelo próprio Faraó, um iria viver
enquanto o outro não. Na cruz o mesmo acontece. Os dois homens eram criminosos
e estavam sendo crucificados pelos mesmos crimes. Todavia, Jesus salva um
enquanto o outro segue seu caminho de justa condenação por seus crimes. José
pediu para que aquele que seria salvo se lembrasse dele quando estivesse em
liberdade. Enquanto isso, aquele que foi salvo por Jesus pediu que o Senhor se
lembrasse dele quando estivesse no Seu reino.”[1] A providência divina é realmente
maravilhosa quando percebida pelos olhos da fé.
José
é o último na lista de santos que ocupam lugar preeminente na lista que
encontramos no Livro do Gênesis. O número desses santos pode variar de autor para
autor, mas todos concordam que os seguintes devem fazer parte da lista: Adão,
Abel, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José. A história de José é a mais extensa,
mas isso é fácil de explicar. Sua história é o elo de ligação entre a narrativa
do Gênesis e aquela que encontramos no Livro do Êxodo. Seria impossível
entendermos os primeiros capítulos do Êxodo sem as informações contidas nos
últimos capítulos de Gênesis. A história de José, vendido para os egípcios aos
dezessete anos, serve de pano de fundo para nos ajudar a entender como um
punhado de descendentes de Jacó se transformou na numerosa nação de Israel.
Também
existem paralelos entre as histórias de Jacó e de José. Por exemplo: as duas
histórias começam com os pais sendo enganados e os filhos mostrando-se
traiçoeiros – ver Gênesis capítulos 27 e 37. Ambas incluem uma separação de 20
anos com o irmão mais novo vivendo no exílio – ver Gênesis 31:38; 37:2 e 41:46.
As duas histórias terminam com a reconciliação entre os irmãos – ver Gênesis
33:1—15; 45:1—5. A repetição dos fatos não poderia ser mais óbvia.
Estudo 008 — José com Tipo De Cristo — O Ódio que os Irmãos de José Tinham Dele
OUTROS ESTUDOS ACERCA DE JOSÉ COMO TIPO DE CRISTO
Estudo 001 — José como Tipo De Cristo — Introdução
Estudo 002 — José como Tipo De Cristo — A Infância de José
Estudo 003 — José como Tipo De Cristo — Os Irmãos e Os Nomes de José
Estudo 004 — José como Tipo De Cristo — José Como Pastor dos Seus Irmãos
Estudo 005 — José com Tipo De Cristo — José Como o Filho Amado de Seu Pai
Estudo 006 — José com Tipo De Cristo — Jesus, o Filho e Deus Pai
Estudo 007 — José com Tipo De Cristo — José e a Túnica Talar de Distinção
Estudo 008 — José com Tipo De Cristo — O Ódio que os Irmãos de José Tinham Dele
Estudo 009 — José com Tipo De Cristo — José era Odiado por Causa de Suas Palavras
Estudo 010 — José com Tipo De Cristo — José Estava Destinado a Um Futuro Extraordinário
Estudo 011 — José com Tipo De Cristo — José Antecipa Sua Glória Futura
Estudos 012 e 013 — José como Tipo de Cristo — José Sofre nas Mãos de Seus Irmãos e Vai a Busca Deles a Pedido de Jacó
Estudos 014 e 015 — José como Tipo de Cristo — José Busca Fazer o Bem a Seus Irmãos, e É Enviado De Hebrom Para a Região de Siquém
Estudo 016 — José como Tipo de Cristo — José Vai Até a Região de Siquém
Estudos 017 e 018 — José como Tipo de Cristo — José se Torna um Viajante Errante Nos Campos e Campinas da Palestina
Estudos 019 — José como Tipo de Cristo — A Conspiração contra José
Estudos 020 — José como Tipo de Cristo — As palavras de José são Desacreditadas
Estudos 021 e 022 — José como Tipo de Cristo — José é Insultado e Humilhado e José é Lançado num Poço
Estudos 023 e 024 — José como Tipo de Cristo — José é Retirado Vivo do Poço e Os Irmãos de José Misturam Ódio com Hipocrisia
Estudos 025 e 026A — José como Tipo de Cristo — José é Vendido por Seus Irmãos e o Sangue de José é Derramado
Estudos 026B — José como Tipo de Cristo — O Futuro de Israel Profetizado em Gênesis 38
Estudos 027 e 028 — José se Torna um Servo — Jose se Torna Próspero
Estudos 029 — O Senhor de José Estava Muito Feliz com Ele
Estudos 030 — José Como Servo Foi Uma Bênção Para os Outros
Estudos 031 — José Era Uma Pessoa Consagrada aos Outros
Estudos 032 — José Foi Duramente Tentado, Mas Resistiu à Tentação
Estudos 033 — José Foi Acusado Falsamente
Estudos 034 — José Não Tentou Se Defender das Falsas Acusações
Estudos 035 — José Sofreu nas Mãos dos Gentios
Estudo 036 e 37 — José Ganha o Reconhecimento do Carcereiro e José Foi Numerado com outros Transgressores.
Estudo 038 — José Como Instrumento de Bênção e de Condenação.
Que
Deus abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa
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Desde já agradecemos a todos.
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