Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.
INTRODUÇÃO GERAL
CONTINUAÇÃO:
O movimento histórico descobriu
um brilhante defensor na pessoa de Heinrich Julius Holtzmann — que viveu de
1837 a 1910. Seus escritos podem ser considerados como a expressão clássica da
teologia liberal relativa ao Novo Testamento. Sua obra[1]
fundamental foi publicada em 1897. Esse mesmo material recebeu diversas edições
e agora está em domínio público. As duas edições mais recentes são uma de 2012
e outra de 2014. Holtzmann rejeita de maneira absoluta qualquer abordagem da
teologia do Novo Testamento da perspectiva dogmática e também rejeita qualquer
ideia ou até mesmo a possibilidade da existência duma revelação. Apesar de toda
essa resistência, ele ainda assim lançou mão de tópicos teológicos para classificar
seu próprio material. A posição assumida por Holtzmann é interessante para o
estudante de da Bíblia, porque ele decidiu basear sua abordagem da literatura
bíblica numa análise hitórica-crítica onde ele não mantinha nenhuma convicção
referente à autenticidade dos textos. Nesse mesmo período, outros estudiosos
desenvolveram suas teologias em bases mais conservativas. Entre esses nos
podemos citar:
1. Johann Christian Konrad von
Hofmann — viveu entre 1810 e 1877.
2. Friedrich August Gottreu Tholuck — viveu entre
1799 e 1877.
3. Bernhard Weiss — viveu entre
1827 a 1918.
4. Theodor Von Zahn — viveu entre
1838 a 1933
5. Paul Feine — viveu entre 1859
a 1933.
Todos esse cinco alistados acima
tinham a inclinação para uma abordagem mais histórica do que os dogmatistas
adotavam, mas ainda mantinham que o próprio texto das Escrituras era o veiculo
por meio do qual a revelação chegou até nós. A obra mais importante desse
período, da perspectiva conservadora foi a teologia escrita por A. Schlatter[2], o
qual apesar de reconhecer a necessidade de adotar certa orientação histórica,
ainda assim mantinha seu interesse
dogmático. Suas opiniões serão consideradas um pouco mais adiante. Do outro
lado do Atlântico, nos Estados Unidos da América, uma teologia no Novo
Testamento foi escrita por G. B. Stevens[3],
no final do século XIX. Essa teologia procurou se distanciar da dogmática e se
concentrou numa narrativa descritiva do vários tipos de literatura existentes.
Em 1897 o surgimento do artigo
intitulado The Task and Method of The New
Testament Theology — A tarefa e método da Teologia do Novo Testamento — da
autoria de W. Wrede causou grande euforia entre os estudiosos em 1897. Esse
artigo se esforçava para fazer prevalecer o método histórico sobre o dogmático.
Seu argumento básico era que O Novo Testamento não estava interessado em
religião e sim apenas em teologia. Falaremos disso mais adiante. Sem dúvida o
artigo de Wrede era uma reação extrema contra as considerações dogmáticas em
sua abordagem ao pensamento do Novo Testamento. A conclusão de suas ideias era
que a Teologia do Novo Testamento encontrava sua solução na história da
religião cristã primitiva. A influência de Wrede nos estudos posteriores
relacionados à teologia do Novo Testamento é inegável.
Wrede era o representante de um
movimento denominado Religiongeschichte
— História da Religião — o qual, como o próprio nome já diz, estava baseado
numa abordagem histórica dos textos. O interesse em estabelecer uma narrativa
da religião cristã, criava por sua vez, a necessidade imediata um estudo
comparativo com outras religiões para demonstrar de que formas a primeira teria
sido influenciada pelas outras. Dessa forma, o Novo Testamento deixou de ser
visto como um documento autoritativo, no sentido de ser a fonte para a
teologia. Pelo contrário, o mesmo tornou-se apenas parte do quadro total da
religião que existia no primeiro século d.C. De acordo com o estudioso R.
Morgan[4] em
sua obra The nature of New Testament
theology. The contribution of William Wrede and Adolf Schlatter, a tarefa
necessária da teologia do Novo Testamento continua incompleta, enquanto a mesma
viver de guinadas ora para cima e ora para baixo, pequisando a imensa frente de
estatísticas e história de todas as religiões. Isso numa tentativa de se
estabelecer o ponto da antiguidade que antecipou e as analogias que
correspondem ao que encontramos no Novo Testamento. Ou seja, com a retirada de
seu caráter autoritativo, o Novo Testamento transformou-se num livro
imprestável, servindo apenas como ponto comparativo com outras religiões. Essa
forma de tratar o Novo Testamento foi, sem dúvida, o elemento mais forte numa
ênfase sobre apocalíptica judaica que dura até os dias de hoje. Nenhuma dessas
propostas conduziu a um verdadeiro quadro da teologia do Novo Testamento. De
igual modo, nenhuma das duas cumpriu a exigência do artigo de Wrede de uma
abordagem histórica, pois as duas apresentaram apenas reconstruções que eram
óbvias demais para serem aceitas.
Nesse contexto entra em cena o
Dr. Albert Schweitzer — medido, musico, teólogo e ganhador do prêmio Nobel da
Paz, que vivei entre 1875 a 1965 — que reagiu com todas as suas forças ao
movimento a favor do Jesus histórico, dissociado do Cristo da Fé. Sua oposição
devia-se ao fato de tal movimento estar completamente baseado em um numa
abordagem não escatológica da pessoa de Jesus. Outra tendência ainda desses
movimentos era a de contrastar o alegado background helenístico do apóstolo
Paulo com o alegado background do judaísmo apocalíptico atribuído a Jesus.
Nenhum tipo unificado de teologia do Novo Testamento era possível diante de
tais circunstâncias. Assim, todas as teologias do Novo Testamento daqueles dias
estavam destinadas a darem uma ênfase exagerada ou na pessoa de Jesus ou nas de
Paulo e João. Foi aí que surgiu o entendimento cético da crítica da forma do
Novo Testamento contra o Jesus histórico, especialmente na pessoa de Rudolf
Karl Bultmann que viveu entre 1884 a 1976 e que, apesar de ser alemão,
considerava a si mesmo como a maior autoridade na paleografia grega, algo
difícil de engolir. Bultmann não aceitava, praticamente nada registrado nos Evangelhos,
como se fossem palavras originais de Jesus. Com isso a teologia do Novo
Testamento da sua época se concentrou, grandemente, nas epístolas paulinas e no
quarto Evangelho — o atribuído a João. Tanto os escritos de Paulo quanto o
quarto Evangelho eram considerados como sendo, marcadamente, como parte da
literatura helenística. A teologia do Novo Testamento de Bultmann[5] é
um exemplo clássico dessa abordagem.
Mas o que as Escrituras dizem
acerca delas mesmas, independentemente do que os homens pensam dela?
Números 11:23
Porém o SENHOR
respondeu a Moisés: Ter-se-ia encurtado a mão do SENHOR? Agora mesmo, verás se
se cumprirá ou não a minha palavra!
Salmos 119:89
Para sempre, ó SENHOR,
está firmada a tua palavra no céu.
Salmos 119:105
Lâmpada para os meus
pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
Salmos 119:140
Puríssima é a tua
palavra; por isso, o teu servo a estima.
Jeremias 1:12
Disse-me o SENHOR:
Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
Jeremias 23:29
Não é a minha palavra
fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha?
2 Timóteo 3:16 na NTLH
Pois toda a Escritura
Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro,
corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.
2 Pedro 1:21
Porque nunca jamais
qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos
falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.
CONTINUA...
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 008
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Que Deus abençoe a todos
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
link:
Desde já agradecemos a todos.
[1]
Holtzmann, H. J. Lehbuch der neutestamentichen Theologie 2
Vols. Nabu Press/Amazon, Reprinted, 2012.
[2]
Schlatter, A. Der Glauber im Neuen
Testament. Wissenschafliche Buchgesellschaft, Darmstadt, 1963.
[3]
Stevens, G. B. A Theology of the New
Testament. Edimburgh, T and T Clark, 1899
[4]
Morgan, R. The nature of New Testament
theology. The contribution of William Wrede and Adolf Schlatter. A. R.
Allenson, Editora Virtual, 1973.
[5]
Bultmann, Rudolf Karl. Teologia do Novo
Testamento. Editora Academia Cristã, Santo André, 2008.
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