sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 008 — A IMPORTANTE DISTINÇÃO ENTRE TEOLOGIA E RELIGIÃO



Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.

INTRODUÇÃO GERAL

CONTINUAÇÃO:

A IMPORTANTE DISTINÇÃO ENTRE TEOLOGIA E RELIGIÃO

Diversos teólogos adotam a postura de tentar tratar o Novo Testamento a partir de bases exclusivamente históricas. Essa atitude, além de ser comum entre teólogos também permite que historiadores e pseudoconhecedores também produzam massivos volumes, pretendendo que a história que conhecem os torna, num passe de mágica, também em grandes conhecedores da Escrituras Sagradas. Isso está longe da verdade. Não precisa nem ir muito longe na leitura dos seus livros para observar que suas obras são completamente especulativas e têm pouco a ver com a realidade dos fatos como apresentados no Novo Testamento. Já tivemos, aqui mesmo no Blog o Grande diálogo, a oportunidade de analisarmos diversas dessas obras.  

Todos esses autores produzem suas obras como uma espécie de reação consciente à mais antiga abordagem representada dogmática. Todos eles creem que quaisquer vínculos que existem entre dogmática e história precisam ser cortados e isso por um simples motivo: eles não acreditam nem no Deus das Escrituras e nem que o mesmo é capaz de se revelar. E tudo isso fica ainda mais confuso quando leem no Novo Testamento que Deus se revelou de modo especial por meio do Senhor Jesus Cristo. Alguns ainda condescendem com a ideia que os textos bíblicos refletem certa preocupação com a história da religião. O resultado disso tudo é que, para esses autores a teologia do Novo Testamento, propriamente dita, é deixada completamente de lado, já que os mesmos se perdem em meio a, muitas vezes, ridículas especulações históricas.

Os autores que estamos analisando, e que já foram mencionados em outras partes desse estudo, representam um desafio que vai muito além do termo “teologia” em si mesmo. Quando eles falam de religião, geralmente estão se referindo a certa descrição do cristianismo primitivo. Nessa abordagem qualquer aplicação da doutrina ou dos ensinamentos do Novo Testamento, tornam-se inaplicáveis. Por isso, eles rejeitam, de forma absoluta, toda e qualquer ideia de dogmática, incluído-se aí, a aceitação do conteúdo do Novo testamento como possuidor de qualquer autoridade que seja, já que o mesmo não passa apenas de uma produção histórica sem nenhum valor atrelado à revelação. Chegam a ser completamente patéticos ao adotarem essa posição, porque são desonestos intelectualmente e sabem que estão sendo desonestos.

Uma vez rejeitado o texto sagrado e inspirado e feita a substituição da religião por uma teologia qualquer, esses autores não vêm nenhuma necessidade de restringirem seus ataques apenas ao cânon do Novo Testamento. A abordagem que costumam adotar é a mesma desenvolvida W. Wrede e já citada anteriormente, que inclui duas ideias principais: A maneira como o trabalho é desenvolvido —

1. Torna-se seletivo no que diz respeito aos livros do Novo Testamento.

2. A seguir o mesmo se move para muito além do texto do Novo Testamento para incluir os trabalhos dos chamados Pais Apostólicos.

Não precisamos ser gênios para entender os motivos porque agem dessa maneira: é que para eles não existe nenhuma distinção entre material inspirado por Deus e canônico e material não canônico e não inspirado por Deus. Eles não podem admitir nenhum material canônico e inspirado por Deus em nenhuma hipótese, até porque não creem que Deus, se existir, não pode se revelar. Quanta pretensão temos aqui da parte dessas pessoas em querer definir o que Deus pode ou não pode fazer.

Todavia, por outro lado, a distinção feita por Wrede entre teologia e religião teve um efeito benéfico: o Novo Testamento não pode ser considerado apenas como um depósito de material estéril do qual algum tipo de sistema de doutrina possa ser escavado. Se o pulso da vida da Igreja Primitiva não puder ser percebido na teologia, isso, fatalmente, nos conduzirá para uma teologia morta. Agora a pergunta que permanece e que iremos responder em nosso próximo estudo é: Será que os autores acerca dos quais falamos nesse artigo, costumam mesmo ir muito além do que devem ao insistir em analisar a religião em vez da teologia?  

CONTINUA...

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Alexandros Meimaridis

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