Concepção Artística
Essa é
série de estudos baseada em João capítulo 17 que é conhecido como: “A ORAÇÃO
SACERDOTAL DE CRISTO” a favor de todos os seus discípulos de todas as épocas. É
um estudo bastante aprofundado de João 17 e de todas as suas implicações. É
bastante conveniente que o leitor prossiga nesses estudos até o final para
poder usufruir melhor do conteúdo dos mesmos. No final de cada estudo o leitor
encontrará links para os outros estudos.
Continuação...
III. A Explanação dos Recursos na Revelação Divina
A. O Senhor Jesus, quando viveu na terra, pautou Sua própria vida pela
Palavra de Deus.
1. Quando o Senhor Jesus veio a este mundo, Ele pôs de lado o uso
independente de Seus próprios atributos, e escolheu limitar a Si mesmo como
Deus/homem, aos mesmos recursos disponíveis a cada um dos crentes. Isto quer
dizer que Ele aprendeu a vontade de Deus igual a nós — lendo e estudando a
Palavra de Deus. Nesta oração de João 17 nós podemos encontrar muitas
indicações deste fato bem como em outras áreas de Sua vida.
2. Ilustrações:
a. De João 17 e de muitas outras passagens, nós
sabemos que o Senhor Jesus estava muito apreensivo acerca das coisas que lhe
iriam acontecer antes e durante a crucificação. Ele falou que Sua alma estava “triste
até a morte” — Mateus
26:37 — e “angustiada” — João 12:27. Em Hebreus 5:7—8, nos é dito que Jesus se expressou “com forte clamor e lágrimas”, bem como que Ele “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”. A forma como Jesus reagiu a todas estas situações
foi confiar nas promessas das Escrituras, tais como:
Salmos 56:3, 11
Em me vindo o temor, hei de confiar em ti. Neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei.
Que me pode fazer o homem?
b. O Senhor Jesus sabia que muitas das promessas do
Antigo Testamento, se referiam diretamente a Ele. Ele aceitou esta verdade e
clamou pelo cumprimento das mesmas, pela fé, através da oração.
Salmos 2:7—9
Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu,
hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades
da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como
um vaso de oleiro.
Isaías 53:10—11
Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a
sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus
dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do
penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará
sobre si.
c. Quando o Senhor Jesus retornou a Nazaré para dar
inicio ao Seu ministério, Ele leu a passagem de Isaías 61:1—3 na sinagoga da
cidade. Quando Ele terminou a leitura, Suas palavras foram: “hoje se cumpriu as
Escrituras que acabais de ouvir” — Lucas
4:16—21.
3. O Princípio
Esses incidentes na vida de nosso Senhor, e muitos
outros, nos apresentam um padrão que deve ser seguido por nós, de buscarmos as
promessas da Bíblia bem como nos dispormos a obedecer aos mandamentos de Deus.
a. O Senhor Jesus usou a Palavra de Deus para
alcançar pessoas.
i. O método divino escolhido para convencer as
pessoas, conduzi-las a salvação, e levá-las ao crescimento, pode ser encontrado
no conhecimento que as pessoas tem da Bíblia.
As Escrituras são o meio pelo qual a graça de Deus flui para dentro de
nossas vidas —
2 Pedro 1:3
Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas
que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos
chamou para a sua própria glória e virtude
2 Pedro 3:18
Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.
ii. Ilustrações
A Palavra de Deus é a base da nossa obediência —
João 17:6.
A Palavra de Deus é a base da nossa alegria — João
17:13.
A Palavra de Deus é a base da nossa separação do
mundo — João 17:14.
A Palavra de Deus é a base da nossa santificação —
João 17:17.
A Palavra de Deus é a base do nosso ministério —
João 17:20.
A Palavra de Deus é viva, poderosa e penetrante —
Hebreus 4:12
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos
do coração.
A graça e o poder de Deus estão inseparavelmente
relacionados com a Bíblia —
João 1:14
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade,
e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Mateus 28:18—20
18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada
no céu e na terra.
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis
que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
2 Pedro 1:3—4
3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas
que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos
chamou para a sua própria glória e virtude,
4 pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes
promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina,
livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo.
Nós precisamos aplicar estas verdades diariamente
nas nossas vidas. As promessas e os mandamentos de Deus são para serem reivindicadas
e obedecidas através de decisões de fé e amor. Quando obedecemos a Palavra de
Deus, nossa obediência abre a porta que faz com que Deus nos alcance com Suas
provisões —
Romanos 6:16—18
16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para
obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a
morte ou da obediência para a justiça?
17 Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo,
viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;
18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
Filipenses 2:12—16.
12 Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel
e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.
13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo.
14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado
a parede da separação que estava no meio, a inimizade,
15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças,
para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,
16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da
cruz, destruindo por ela a inimizade.
4. O Senhor Jesus usou a Palavra de Deus como a base de Suas orações.
a.
Explanação: Quando o Senhor Jesus orou por si mesmo, pelos seus discípulos, por
cada um de nós e pelos convertidos que viriam, Ele sempre usou a Bíblia como
base. Ele sabia como orar, porque se concentrava em reivindicar as promessas e
a vontade revelada de Deus nas escrituras. Este é um assunto de grande
importância.
b.
Ilustrações:
i. O Senhor Jesus orou para que fôssemos guardados
à salvo em João 17:11 e pode ter reivindicado promessas como as que encontramos
em Salmos 121:3—5 e Isaías 27:2—3.
ii. O Senhor Jesus orou para que tivéssemos Sua
alegria em João 17:13 e pode ter reivindicado promessas como as que encontramos
em Salmos 16:11; 43:4; Isaías 61:3; Neemias 8:10.
iii. O Senhor Jesus
orou para que fôssemos guardados do mundo em João 17:15 e pode ter reivindicado
promessas como as que encontramos em Êxodo 19:5—6; Deuteronômio 7:1—2, 6; Amós
3:2.
iv. O Senhor Jesus orou para que fôssemos
santificados João 17:11 e pode ter reivindicado promessas como as que
encontramos em Êxodo 28:36—38; Ezequiel 36:23—26, Levítico 11:44.
v. O Senhor Jesus orou para que fôssemos bem
sucedidos em nossos ministérios e até orou pelos convertidos que viriam em João
17:20 e pode ter reivindicado promessas como as que encontramos em Salmos 19:7;
Isaías 53:11 e 55:10—11.
vi. O Senhor Jesus orou para que fôssemos um João
17:21, 23 e pode ter reivindicado promessas como as que encontramos em Jeremias
32:39; Ezequiel 37:16—19, 22—25; Sofonias 3:9; Zacarias 14:9.
vii. O Senhor Jesus orou para que estivéssemos com
ele no céu em João 17:24 e pode ter reivindicado promessas como as que
encontramos em Salmos 23:6; 73:24; 17:15; Isaías 57:15.
5. O Princípio — Este padrão de oração
na vida do nosso Salvador, nos apresenta uma metodologia que pode nos ajudar na
nossa própria vida de oração. Todas as vezes que encontramos declarações que
definem a vontade de Deus para nossas vidas e promessas que nos dizem respeito
nós precisamos “responder” a Deus. Nossa resposta virá em forma de fé e amor
que nos habilitam a reivindicar Suas promessas à medida que obedecemos a Seus
mandamentos. Uma decisão bem clara, em oração, precisa ser tomada com relação a
essas verdades. Fazendo isto nós estaremos tanto agradando a Deus quanto
fazendo avançar nossa vida cristã.
a. O Senhor Jesus deu a
Palavra de Deus às pessoas como a base da certeza e segurança delas.
b.
Explanação: É impressionante admitirmos que Deus tem falado conosco e que Ele
mesmo fez com que Suas palavras fossem registradas em um livro. As Escrituras Sagradas
foram idealizadas para serem o alicerce das nossas vidas.
c. Ilustrações:
i. Em Sua
oração o Senhor Jesus fez uma relação entre a palavra de Deus e a segurança do
crente. A palavra traduzida por “verdadeiramente” em João 17:8 é muito forte.
João 17:8
Porque eu
lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e
verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
ii. Jesus
nos assegurou que seria mais fácil os céus e a terra passarem do que Sua
palavra não se cumprir.
Mateus 24:35
Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras
não passarão.
iii. Ele
tem nos dado Sua palavra de que, se crermos nEle e no Pai, nós temos a vida
eterna.
João 5:24
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida.
iv. Jesus nos tem dado Sua palavra para que a mesma
seja o alicerce sobre o qual nós podemos edificar nossas vidas com segurança.
Mateus 7:24—27
Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e
as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a
rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com
ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E
todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um
homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela
casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.
6. O Princípio — Conhecer e praticar a vontade de Deus é uma combinação invencível.
Não existe certeza e segurança maior. Quando fazemos isto, para a glória de
Deus, pela fé e em amor, então Deus pode ministrar a nosso favor nos
capacitando para fazermos Sua vontade. Agora, conhecer a vontade de Deus e
ignorá-la ou não obedecê-la, faz com que a pessoa se coloque em uma situação
desesperadora e de extrema insegurança.
Nós
precisamos agradecer a Deus diariamente pelo dom que nos deu — Seu filho Jesus
Cristo —, bem como pela Sua Palavra escrita. Nós precisamos obedecer ao Senhor
Jesus à medida que lemos e estudamos as escrituras. Nada é mais importante nessa vida.
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Que
Deus abençoe a todos
Alexandros
Meimaridis
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Desde
já agradecemos a todos.
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