terça-feira, 15 de maio de 2012

Não tenhais Inveja uns aos Outros - AMAI-VOS UNS DOS OUTROS – Parte 15 - SERMÃO 023

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Esse artigo é parte da série "Amai-vos Uns aos Outros" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos dos mandamentos nos quais o Senhor nos ordena demonstrarmos amor uns pelos outros. No final do artigo você encontrará um link para o estudo posterior.

Texto: Gálatas 5:25—26  
Introdução.
·       Dentro desta nossa apresentação, que está tratando dos mandamentos recíprocos negativos – aqueles que nos ensinam o que não devemos fazer uns com os outros – estamos falando acerca de como os cristãos não devem se vangloriar.

·       A vanglória tem a ver com a pretensão de ser aquilo que não somos. Ela se manifesta de duas maneiras principais:

Ø  Através de falso orgulho, quando pretendemos que somos mais ou melhores que nossos irmãos. Quando pensamos desta maneira, nós temos a tendência de provocar uns aos outros. Este aspecto foi tratado no sermão anterior.

Ø  Através de falsa humildade, quando pretendemos que somos menos ou piores que nossos irmãos. Quando pensamos desta maneira, nós temos a tendência de sentir inveja uns dos outros. Este é o aspecto que iremos tratar nesta mensagem.  

·       Ao contrário do pecado de provocação, que é muitas vezes, manifestado de forma verbal ou por atitudes que são percebidas de forma fácil pelas pessoas ao redor, o pecado da inveja é, de modo geral, silencioso e imperceptível. 

·       Estas duas manifestações da vanglória têm efeitos e conseqüências desastrosas dentro do corpo de Cristo. Por este motivo, devemos abrir muito bem, tanto nossos ouvidos como nossos corações, para aprender que, da mesma maneira em que não devemos provocar uns aos outros, nós também não devemos...

Ter Inveja uns aos Outros
I. O Mandamento.

Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros – Gálatas 5:25—26.

II. Definição do Termo:

·       φθονέω   – Fthonéo –  invejar.

Podemos definir este mandamento da seguinte maneira: Invejar um ao outro tem a ver com o desejo ou cobiça de assumir a função, a habilidade ou as posses de outro crente. Esta atitude se manifesta sempre com um ressentimento pelas vantagens percebidas e que são desejadas. 

III. Exemplos e Não Exemplos Bíblicos

No contexto da epístola aos gálatas, este mandamento se aplicava, de forma especial, para aqueles que se ressentiam dos irmãos que eram reconhecidos como responsáveis pelas comunidades e que possuíam uma influência provada e aceita dentro da Igreja Cristã.

Mas, além disso, o Novo Testamento este cheio de versículos com mandamentos muito abrangentes de que não devemos ter inveja – ou cobiçar - uns dos outros. Vejamos algumas destas referências.

A. O Que Devemos Evitar 

Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos – Efésios 5:3.

Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza – desejo ávido de ter mais - que é idolatria – Colossenses 3:5.

De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores – 1 Timóteo 6:6—10.

De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres – Tiago 4:1—3.

Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências – 1 Pedro 2:1.

Acima de tudo isto, porém, devemos nos lembrar das palavras do Senhor Jesus quando disse:

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas – Mateus 6:24.

Conclusão:
  
1. Um cristão que inveja outros cristãos está, de fato, demonstrando tanto seu descontentamento quanto sua ingratidão para com Deus. Esta atitude corresponde ao mesmo que:

·                  Dizer que Deus não sabe as necessidades que temos.

·                  Dizer que Deus não é capaz de suprir nossas necessidades.

2. A inveja é, na realidade, uma atitude de orgulho e arrogância.

·       A arrogância se manifesta na atitude que diz: “Eu mereço mais do que isto que tenho”.

·       O orgulho se manifesta na atitude que diz: “Veja como eu sou humilde”. Como quem diz: “Eu não sou melhor do que você, e eu faço questão absoluta que você saiba disto!”.
 
3. Tanto a falsa humildade quanto o falso orgulho estão baseados em uma estimativa errada de nós mesmos. Nós somos nem melhores nem piores do que ninguém. Somos todos pecadores salvos pela graça de Deus.

4. Aqueles que invejam os outros não estão, como é evidente, andando no poder do Espírito Santo. O ministério do Espírito Santo, ao contrário de muito que tem sido ensinado, é produzir a glorificação do ministério todo suficiente do Senhor Jesus – ver João 16:12—14. Desta maneira, aqueles que alimentam a inveja estão, na prática, dizendo que Jesus é insuficiente.

5. Quando um crente inveja outro crente, ele está se enganando a ponto de poder usar sua alegada “insuficiência”, como uma desculpa “aceitável” para não se envolver e não usar o dom que Deus lhe concedeu para o bem de todo o Corpo de Jesus, que a Igreja.

6. Como cristãos, devemos cuidar dos outros na nossa comunidade como cuidamos de nós mesmos. Devemos nos alegrar quando percebemos que Deus está abençoando os irmãos em nosso meio, especialmente naqueles casos, em que eles estão demonstrando crescimento na vida de fé e na dependência de Deus.

7. Jesus é nosso exemplo em todas as coisas. Em Filipenses 2:5 o apóstolo Paulo nos desafia com as seguintes palavras: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Qual era este sentimento? Jesus abriu mão de seus direitos para fazer a vontade do Pai – ver Filipenses 2:6—8. E esta deve ser a atitude que devemos imitar. Note as palavras de Paulo em Filipenses 2:4—5.

Que Deus nos abençoe e nos ajude a todos neste dever de evitar a vanglória, seja na forma de provocação, seja em forma de inveja. Que a glória seja toda de Deus e que nós possamos nos contentar em ser, apenas, vasos de barro – ver 2 Coríntios 4:7.

O artigo 022 dessa série poderá ser encontrado aqui:

O primeiro artigo - 001 - dessa série poderá ser encontrado aqui:

Que Deus Abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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