Desembargador Dilermando Motta
A notícia abaixo foi publicada
pelo site Redação Pragmatismo em seu editorial. A notícia que nos envergonha
despertou a ira dos populares presentes. Segue o original:
Redação
Pragmatismo Editor(a)
PRECONCEITO SOCIAL — 02/JAN/2014 ÀS 13:36
Desembargador humilha
garçom e desperta revolta de populares.
A arrogância
de um magistrado e as redes sociais. Desembargador humilha garçom, abusa de
poder e acaba "linchado" nas redes sociais.
Cena dentro da Padaria Mercatto
O
desembargador Dilermando Motta, futuro presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), se envolveu numa confusão
generalizada na manhã do último domingo, na Padaria Mercatto que fica no
cruzamento das avenidas Nascimento de Castro com Romualdo Galvão, em Natal,
tendo sido necessário a presença de quatro viaturas da Polícia Militar para
conter os ânimos.
O
tratamento dispensado pelo desembargador ao garçom foi gravado em vídeo com
celular pelos clientes e ganhou enorme repercussão nas redes sociais (links
para os vídeos abaixo). No dia 8 de janeiro, os clientes da Padaria Mercatto
vão realizar um evento em defesa dos garçons.
Dilermando
Motta, que é evangélico, segundo inúmeros relatos dos clientes, teria
destratado um garçom, que não aceitou e o respondeu. O desembargador deu voz de
prisão ao garçom e chamou a Policia Militar para conduzi-lo para ser autuado na
Delegacia de Plantão por desacato a autoridade. Os demais clientes da padaria
se revoltaram com a atitude do membro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte e teve início um grande bate boca.
Uma
senhora e um senhor saíram em defesa do garçom. O desembargador teria pego uma
cadeira para se defender e dito que os dois estavam endiabrados. O senhor forte
gritou com o desembargador e também terminou recebendo voz de prisão.
Dilermando Motta ligou novamente para o comando da Policia Militar e exigiu a
presença de mais 3 viaturas da Policia Militar para conduzir os presos. A
revolta dos clientes da padaria aumentou.
O reforço
da Policia Militar chegou e os clientes da padaria e outras pessoas que estavam
perto não deixaram os policiais militares conduzirem o garçom e nem o senhor
forte que saiu em defesa dele.
Os vídeos
do desentendimento poderão ser vistos por meio desses links aqui:
e
Leia
abaixo o depoimento de Ricardo Sousa enviado ao blog do jornalista Luis Nassif.
Bom dia,
caro Luis Nassif. Sou leitor assíduo do seu blog e venho utilizar esse espaço
para relatar um fato ocorrido em Natal (RN) no último domingo (29), que retrata
com muita clareza o nível de afastamento que os juízes e desembargadores têm da
realidade social e da boa convivência com a cidadania. Vamos ao fato.
Domingo
pela manhã, na ensolarada Natal, várias pessoas tomam café na padaria Mercatto,
um dos mais bonitos e aconchegantes espaços para uma boa refeição matinal na
minha cidade. Pessoas das mais variadas atividades se encontram no local. Nesse
domingo, especialmente, a casa estava lotada, pois estamos em final de ano e
vivemos uma época de reencontro e confraternização familiar.
Em uma
das mesas encontra-se o desembargador Dilermano Mota, futuro presidente do TRE
(Tribunal regional Eleitoral), juntamente com sua família e amigos. O filho do
magistrado pede água, e o mesmo, gelo. O garçom, que procurava atender da
melhor forma as várias mesas ocupadas, tenta cumprir sua missão. No entanto, a
autoridade reclama que queria a água em copo de vidro e que ele não tinha
trazido o gelo. O funcionário se afasta para refazer, ou melhor contornar o
problema, e é seguido pelo desembargador, que, aos gritos, humilha o rapaz,
exige que o mesmo olhe em seus olhos, afirma que é uma autoridade e que pode
prendê-lo. E, na frente de todos, dá um show de autoritarismo, falta de educação,
falta de respeito ao próximo e outros requisitos que são indispensáveis a um
cidadão e fundamentais a um membro da Justiça.
Um
cidadão que se encontrava à mesa vizinha se revolta com o fato, e
imediatamente, intervém e protesta aos gritos, afirmando que não aceitaria esse
tipo de humilhação a que estava sendo submetido o garçom. Nesse momento várias
pessoas já filmavam o ocorrido e a situação ficava cada vez mais séria.
O
magistrado disse que iria prender o cliente, e chamou a polícia. Em pouco tempo
quatro viaturas, isso mesmo quatro viaturas, vieram cumprir a missão. O
desembargador, aos gritos, exigia ao oficial que prendesse o cidadão. No
entanto, os clientes se rebelaram e, em coro, disseram que quem deveria ser
preso era o senhor juiz, ao ponto de uma senhora abraçar o cidadão e afirmar ao
policial: “se for prendê-lo, vai me prender também”.
A cena de
autoritarismo ocorria agora do lado de fora, onde o desembargador afirmava ao
tenente que tinha sido desacatado ao mesmo tempo que o chamava de “cagão” por
não cumprir sua ordem. Acuado, mas protegido por uma rede de cidadania, o
cliente ficou dentro do estabelecimento e, com a ajuda de alguém, saiu do
local.
Aí,
começou o outro lado da história. As deploráveis cenas se alastraram nas redes
sociais, a sociedade se solidarizou com o senhor Alexandre Azevedo. Empresário
de 44 anos, que só depois do ocorrido veio saber quem era a pessoa que tinha
enfrentado. Recebeu apoio e emitiu uma nota, em que relata o fato.
O
desembargador sentiu o golpe da velocidade da informação e tentou se explicar,
minimizando o ocorrido com o funcionário e atribuindo o ocorrido a forte reação
e destempero do cliente. A padaria emitiu um comunicado vaselinado, em que
disse tudo para ficar em cima do muro e não se comprometer.
A comunidade
natalense em peso apoia o garçom da Mercatto, que foi colocado de folga para
descansar enquanto a poeira baixa.
Mais um
triste episódio protagonizado pelos imperadores da Justiça, que se acham mais
importantes do que todos. No entanto, a sociedade a cada dia se revolta com
essas atitudes, e reage mostrando que já não suporta esses atos.
Jesus nos deixou avisado o
seguinte:
Mateus 18:7
Ai do mundo, por causa
dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo
qual vem o escândalo!
Infelizmente no universo do povo
chamado evangélico temos notado uma incidência cada vez maior de atitudes de
desprezo, racismo, preconceito social e etc., por parte desses que acabam, pela
formação que recebem, que são “Filhos do Rei” e etc., achando que podem agir do
modo como bem entenderem. NÃO PODEM. Todos precisamos respeitar as leis e
tratar todas as pessoas com a mesma dignidade. Mas nós os cristãos ainda
estamos sob um regime mais estrito ainda, pois o Novo Testamento nos ordena:
Mateus 5:39—48
39 Eu, porém, vos digo:
não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita,
volta-lhe também a outra;
40 e, ao que quer
demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.
41 Se alguém te obrigar
a andar uma milha, vai com ele duas.
42 Dá a quem te pede e
não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
43 Ouvistes que foi
dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
44 Eu, porém, vos digo:
amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
45 para que vos torneis
filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons
e vir chuvas sobre justos e injustos.
46 Porque, se amardes
os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47 E, se saudardes
somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o
mesmo?
48 Portanto, sede vós
perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
Romanos 12:17—21
17 Não torneis a
ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18 se possível, quanto
depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a
vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence
a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o
teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21 Não te deixes vencer
do mal, mas vence o mal com o bem.
Que Deus abençoe a todos. Oremos
para que essa situação se resolva da melhor maneira possível.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
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