quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

REZA ALAN: UM HISTORIADOR QUE NÃO SE BASEIA NA HISTÓRIA


 
POLÊMICO: Para ele, Jesus era um revolucionário.

A cada período de meses nós vemos surgir no horizonte um livro sobre Jesus. Normalmente esses livros dizem basicamente as mesmas coisas desde os primeiros que foram publicados nos séculos XVIII e XIX. A premissa básica é negar que Jesus é Deus, mas infelizmente para todos eles, não existe nem mesmo um fiapo em que possam se segurar para ter suas opiniões confirmadas. Todavia, os livros vendem bem. Isso é verdade.

Nosso personagem dessa vez é o historiador, que não aceita certos materiais históricos, mas adora matérias espúrios, desde que os mesmos confirmem sua tola teoria. Reza Aslam é teólogo e historiador e seus comentários são muito semelhantes aos do mestre Gamaliel. Bata ler a entrevista que Reza Aslan concedeu à revista ÉPOCA abaixo e depois ler nosso artigo acerca do tal “sábio” conselho de Gamaliel por meio desse link aqui:


Segue o texto da ÉPOCA

Reza Aslan: "Jesus era como os outros messias"

Autor de um polêmico livro sobre a vida de Jesus Cristo, o americano Reza Aslan afirma que o filho de Maria foi o maior revolucionário de todos os tempos

Por RODRIGO TURRER

O historiador iraniano-americano Reza Aslan ficou mundialmente famoso após bater boca com Lauren Green, âncora da emissora americana Fox News, em julho deste ano. Ele fora convidado a falar sobre seu livro Zelota – A vida e a época de Jesus de Nazaré (308 páginas, Zahar editora, R$ 36), um polêmico ensaio em que afirma que Jesus foi um revolucionário. Aslan teve de explicar por que um muçulmano como ele escrevera sobre Cristo. Há mais de 20 anos, ele se dedica à pesquisa de religiões, com foco na vida de Jesus. “Entendo de onde a Fox News e Lauren Green vieram”, afirmou Aslan a ÉPOCA. “Há um sentimento antimuçulmano em níveis sem precedentes nos Estados Unidos.”

ÉPOCA – O senhor defende em seu livro uma tese polêmica: o Jesus histórico foi um revolucionário. O senhor acredita que Jesus estava mais para Che Guevara que para Ghandi?

Reza Aslan – Jesus foi o maior revolucionário de todos os tempos. As pessoas têm dificuldade de compreender isso porque veem o Cristo da religião com o olhar do nosso tempo. No tempo de Jesus, não havia separação entre política e religião. Ambas eram a mesma coisa. É incorreto dizer que Jesus era só um líder espiritual ou só um líder político. Ele era os dois. Toda e qualquer palavra proferida por Jesus tinha implicações políticas, por mais espirituais que fossem. Nesse livro, tento tirar as camadas de teologia, misologia, lenda e doutrina que se sobrepuseram ao Jesus histórico. Quis compreender o mundo em que Jesus viveu. Meu livro é sobre as implicações das palavras de Jesus em seu mundo, em seu tempo. É também sobre as diferenças entre Jesus de Nazaré e o Cristo da fé, criado pelos Evangelhos e pela Igreja.

ÉPOCA – Qual a diferença entre o Cristo histórico e o da fé?

Aslan – O Jesus da história era um judeu pregando o judaísmo para outros judeus. O Cristo da fé, aquele que lemos nos Evangelhos e na teologia cristã, é alguém divorciado do judaísmo, alguém pregando uma nova fé, uma nova religião. Jesus proclamava-se o messias, mas, quando dizia isso, se referia ao messias do judaísmo. Se Jesus de fato pensasse ser o Deus encarnado, teria sido o primeiro judeu da história a pensar assim. Porque o conceito de um homem divino viola 5 mil anos de história, tradição e religião judaicas. Isso quer dizer que é impossível que Jesus se considerasse um Deus encarnado? Não. Só não é plausível. Sobram duas opções: Jesus nunca disse isso e era como todas as outras centenas de messias de seu tempo. Ou então Jesus acreditava nisso e era absolutamente único, diferente de todos os judeus que vieram antes ou depois dele. Como historiador, acredito que Jesus era como todos os outros messias de seu tempo e nunca disse ser o Deus encarnado do Novo Testamento.

ÉPOCA – E por que Jesus inspirou tantos a segui-lo?

Aslan – Isso tem menos a ver com espiritualidade e mais com os ensinamentos de Jesus. São ensinamentos únicos e extraordinários. Jesus teve uma visão de uma nova ordem mundial, em que ricos e pobres trocariam de lugar. Os primeiros se tornariam os últimos, e os últimos se tornariam os primeiros. O apelo dessa mensagem depois da morte de Jesus se perpetuou menos pelo que Jesus disse ou fez e mais pelo que seus discípulos escreveram e disseram sobre ele.

ÉPOCA – Então a mensagem de Cristo foi reinventada?

Aslan – Os seguidores de Jesus, os homens que escreveram os Evangelhos anos ou décadas depois de sua morte, tentaram esconder ou amenizar o aspecto político da vida de Jesus. Primeiro, porque Jesus falhou em sua missão. O que sabemos de fato sobre Jesus? Que ele era judeu, que começou um movimento judaico no século I e, como resultado desse movimento, foi condenado à morte na cruz por crimes contra o Estado (Roma). As ambições políticas de Jesus falharam. A definição de messias, no tempo de Jesus, era um descendente do rei Davi, que restabeleceria o Reino de Davi na Terra. Se você diz ser um messias e morre sem restabelecer o Reino de Davi, você não é um messias. Todos os outros messias, e foram centenas, prometeram restabelecer o reino de Davi. Foram tão bem-sucedidos quanto Jesus. Nenhum cumpriu a promessa, e todos foram chamados de falsos messias. A diferença é que os seguidores de Jesus tentaram dar sentido a sua falha, mudaram o significado de messias, o deixaram menos judeu, mais espiritual. Quando fizeram isso, o tornaram mais atraente para os não judeus.

ÉPOCA – De que forma?

Aslan – Jesus foi condenado à crucificação por crimes contra o Estado. Roma reservava a crucificação a crimes contra o Estado. Como convencer Roma a aceitar um movimento de um homem que pretendia tirar Roma do poder? Basta dizer que o reino prometido por Jesus não era o terreno, mas sim o divino, que Jesus não tinha ambições políticas, não ameaçava o Império Romano. Assim, você diz que é possível ser cristão sem ser uma ameaça ao Estado. Todas essas mensagens foram incorporadas ao cristianismo e ajudaram em sua expansão. Décadas depois da morte de Jesus, os seguidores não judeus de Cristo superaram os seguidores judeus. Cem anos depois, não havia quase ligação alguma entre cristianismo e judaísmo. E, pelos últimos 2 mil anos, o cristianismo tem sido uma religião que confortavelmente se casa com o Estado. Como faz isso? Proclamando que não tem interesse em governar este mundo, não se apega às coisas terrenas.
"Os Evangelhos não são história, não são fato. São argumentos teológicos"

ÉPOCA – As críticas mais contundentes a seu livro dizem que o senhor usou as fontes de pesquisa 
que melhor se adaptavam a suas teses e descartou as demais. Qual foi seu critério?

Aslan – Essa é uma crítica feita por não especialistas. Os leigos olham para os Evangelhos e acham que tudo o que está escrito em Mateus, Marcos, Lucas e João é igualmente válido. Isso é absurdo. Há 200 anos definiu-se uma metodologia de estudo para saber o que é confiável do ponto de vista histórico nos Evangelhos. Para o leigo, parece que escolho apenas o que me interessa. Mas fui metódico. Não usei os Evangelhos de João como fonte de pesquisa, porque ele são tardios, escritos quase um século depois da morte de Jesus. Usei apenas o Evangelho de Marcos, visto universalmente como o mais preciso historicamente. Os Evangelhos não são história, não são fato. São argumentos teológicos. Minhas fontes foram os documentos históricos sobre o tempo em que Jesus viveu e partes comprováveis dos Evangelhos. Rejeito as histórias da natividade, a fuga da família de Jesus para o Egito e outros acontecimentos imprecisos. Tais histórias são lendas e mitos.

ÉPOCA – Sua entrevista na Fox News se espalhou pela internet. O que o senhor pensou quando Lauren Green perguntou sobre um muçulmano escrever sobre Jesus?

Aslan – Fiquei surpreso, mas depois entendi. Você pode falar o que quiser sobre democracia e liberdade nos Estados Unidos, mas, neste momento, há um sentimento antimuçulmano em níveis sem precedentes na história do país. Em nenhum lugar isso é mais óbvio que na Fox News. É uma emissora que alimenta o medo como receita de sucesso. Mas é apenas reflexo do que milhões de americanos pensam. Entendo de onde a Fox News e Lauren Green vieram. Existem milhões de pessoas que não conseguem compreender que a religião é um estudo acadêmico. São pessoas que confundem o estudo da religião com a fé individual. Religião também é uma disciplina acadêmica. Uma disciplina em que muçulmanos escrevem sobre hindus, hindus escrevem sobre cristãos e cristãos escrevem sobre judeus. Isso é totalmente normal. Somos historiadores.

ÉPOCA – Como muçulmano e iraniano criado nos EUA, como o senhor encara as tentativas de negociação entre Estados Unidos e Irã?

Aslan – Sou otimista. Acredito que estamos próximos de um acordo. Isso pavimentará uma solução diplomática sobre o programa nuclear iraniano. O problema não é o Irã. Lá, a decisão caberá ao aiatolá Ali Khamenei, e ele autorizou o presidente Hassan Rouhani a negociar. Meu temor é em relação ao Congresso dos Estados Unidos, que terá de aprovar um acordo. Se você conhece um pouco do Congresso americano, sabe que ele é disfuncional, um enorme desperdício de espaço. Os congressistas só se interessam em ser reeleitos, não ligam para o bem-estar do país. Querem apenas voltar ao Colorado e ao Tennessee e poder dizer: fui duro com o Irã, combati o terrorismo.
(Esta entrevista foi feita antes do anúncio do acordo entre Irã, Estados Unidos e cinco potências e publicada na edição de ÉPOCA que foi às bancas no dia 23 de novembro.)

ÉPOCA – A Síria é um dos poucos aliados do Irã no Oriente Médio. Uma vitória de Bashar al-Assad será positiva para o Irã?

Aslan – Assad já ganhou a guerra. Está claro como o dia que Assad não apenas continuará no poder, como sairá dessa guerra civil sem sequer negociar com os rebeldes. Cada dia a oposição está mais fraturada, e não existe uma solução política para isso. O mais deprimente é que isso tenha acontecido logo depois do uso de armas químicas contra os sírios. Assad queria assustar os rebeldes e testar a paciência da comunidade internacional, mas conseguiu um acordo vantajoso, que praticamente assegura sua vitória na guerra civil. A comunidade internacional meteu os pés pelas mãos, demorou a agir, negociou com o ditador, armou os rebeldes radicais. É triste, mas nada positivo pode surgir dessa guerra.

O artigo original da revista ÉPOCA poderá ser visto por meio desse link aqui:


NOSSO COMENTÁRIO FINAL

Falamos não como os leigos acusados de nada entender por Reza Aslan, e sim como profissionais, especialmente no que diz respeito a Estudos do Novo Testamento. Diante disso podemos afirmar com toda certeza que:

1. Reza Aslan não faz nada novo em seu livro.

2. Suas teorias furadas estão pautadas no que seres humanos decidiram nos séculos XVIII e XIX o que seria aceitável como histórico nas páginas da Bíblia.

3. Já naqueles dias dezenas de pastores de diversas origens sentaram e escreveram diversos artigos combatendo as mentiras dos, então chamados, liberais, que desejavam transformar a firmeza da fé cristã apenas numa religião cor de rosa.

4. Reza Aslan fala muitas bobagens. Por exemplo: Ele fala de um tal Jesus Político ou num Jesus como Líder Religioso. Depois afirma, de forma idiótica, que Jesus falhou em sua missão. Por fim, repetindo o que milhares já falaram antes dele, Reza Aslan nega que Jesus tenha reivindicado ser Deus. Mas infelizmente para ele e todos os patéticos que tentam negar o óbvio — JESUS É DEUS — nós gostaríamos de convidar que lessem nosso artigo publicado recentemente tratando do natal de Jesus, algo que Reza Aslan qualifica como algo lendário. Nosso artigo poderá ser acessado por meio do link abaixo:


Portanto, caro leitor, não se deixe enganar por alguém que esconde suas verdadeiras intenções — negar a divindade de Jesus – por trás de um falso conhecimento chancelado por graus de historiador, teólogo e etc. A VERDADE ESTÁ NA BÍBLIA E EM NENHUM OUTRO ESCRITO HUMANO.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

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