O artigo abaixo foi
publicado no site da editora fiel e é da autoria de John Nigth
Deficiência não justifica o aborto, nem microcefalia!
(Zika vírus)
Eu não espero que os
não cristãos entendam por que os cristãos veem bebês não nascidos como criações
intrinsecamente valiosas do Deus vivo. Porém, eu gostaria que os defensores do
aborto respondessem por que eles pensam que abortar crianças é uma resposta
adequada a uma crise de saúde pública.
Os defensores do
aborto estão se aproveitando do surto do vírus Zika para incentivar a
liberalização das leis sobre aborto no Brasil. Isto é algo vergonhosamente
prejudicial contra as crianças não nascidas com deficiência, e não responde as
verdadeiras questões de saúde pública.
De acordo com a
Ethics and Religious Liberty Commission (ERLC – Comissão de Ética e Liberdade
Religiosa), o Zika vírus infectou cerca de 1,5 milhão de brasileiros no ano
passado. Ao mesmo tempo, um número preocupante de crianças locais nasceu com
microcefalia, ou com a cabeça anormalmente pequena, o que pode levar a
deficiências de desenvolvimento, entre outras. No dia primeiro de fevereiro, a
dra. Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
declarou:
“O recente conjunto
de casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos relatados no Brasil,
em sequência a um conjunto semelhante na Polinésia Francesa em 2014, constitui-se
como uma emergência de saúde pública de interesse internacional”.
Os proponentes do
aborto já estão usando o surto de Zika para defender mais abortos no Brasil e
em outros países da América do Sul e Central. Um artigo do New York Times em 3
de fevereiro relatou que
“os crescentes
relatórios médicos de bebês que nascem com cabeças anormalmente pequenas
durante a epidemia de Zika no Brasil estão aquecendo um intenso debate sobre as
leis de aborto do país, que consideram o procedimento ilegal na maioria das
circunstâncias”.
A essência deste
“intenso debate” é que é preferível que as crianças com deficiências
relacionadas à microcefalia sejam abortadas, em vez de nascerem.
Seria
melhor não terem nascido?
Todos, mesmo aqueles
a favor do aborto sem restrições em qualquer fase da gestação admitem que a
decisão de abortar é algo sério. E a maioria das pessoas acredita que esta deve
ser uma decisão bem informada. Assim, podemos supor que mais informações sobre
a microcefalia seriam oferecidas, incluindo como ela afeta aqueles que possuem
esta condição e suas famílias. O que é notável no artigo do New York Times
(pela ausência) é que não há entrevistas com quem possui microcefalia nem com
suas famílias, e nem são apresentados estudos de caso. O articulista ignora
como as pessoas com deficiência reagem aos esforços para destruir nascituros
semelhantes a eles.
Simplesmente
presume-se que um diagnóstico de microcefalia é razão suficiente para destruir
a criança no útero.
Por viver com um
jovem que não tem microcefalia, mas tem graves deficiências de desenvolvimento,
posso confirmar que é caro, e muitos dias são difíceis (mas também rimos muito
na nossa família!). Ainda mais difícil, porém, é viver em um mundo em que
muitas pessoas acreditam e agem segundo a crença de que pessoas como meu filho
não deveriam ter nascido.
Viver em um mundo
assim pode ser assustador. Mas eu tenho uma esperança maior: Deus. E foi Deus
quem fez meu filho. Como o pastor John Piper observou em um sermão sobre João
1:
“Onde quer que você
vá neste planeta e veja uma pessoa viva, você está vendo uma imagem da
realidade absoluta, da realidade última, da realidade original: o Verbo, que
estava com Deus e era Deus, e era a Vida. Você nunca conheceu um ser humano
comum. Isso não existe. Todos eles são extraordinários. Todos eles são
incríveis”.
Somos todos
portadores da imagem de Deus. Observe que o pastor John não modifica a sua
declaração com “a não ser que eles tenham uma deficiência”. Ele teria
blasfemamente errado se dissesse isso. Deus nos informa gentil e
especificamente na sua Palavra que a deficiência também está sob a sua
autoridade soberana (Êxodo 4:11; João 9:1—3).
Mais uma vez, não
espero que não cristãos compreendam a nossa esperança. Porém, quero encorajar
os cristãos a se apegarem com fé à palavra de Deus e a agir de acordo com ela:
2
Coríntios 4:16—18
Por
isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se
corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima
de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se
não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.
Como cristãos, não
abordamos o sofrimento destruindo a pessoa que sofre. Atacamos o vírus para
evitar surtos, eliminamos mosquitos, desenvolvemos vacinas, enviamos
profissionais médicos e vamos nós mesmos; mas não matamos pequenos seres
humanos. Confiamos que suas promessas de sustento (Filipenses 4:19) são
verdadeiras e seus planos predeterminados (Atos 4:28) são perfeitos. Podemos
responder de maneiras proativas e amorosas a famílias que sofrem com a
microcefalia, bem como todas as outras deficiências, porque a nossa esperança
está em Deus e não em nós mesmos.
Não
acredite na mentira
Se você confessa a
Cristo como Salvador e geralmente é pró-vida (contrário ao aborto), mas sente
que o aborto nessas circunstâncias é razoável, você está acreditando em uma
mentira. Peço-lhe que leia a totalidade das Escrituras e veja como Deus
apresenta os propósitos do sofrimento e de todo tipo de dificuldades (ou leia,
veja e ouça todos os recursos sobre “sofrimento” em desiringGod.org).
A relação do Zika
vírus com a causa da microcefalia ainda não foi completamente entendida, mas é
evidente que algo está acontecendo no Brasil. Oremos para que Deus conceda
respostas e soluções e mostre como a igreja pode se envolver. Algumas das
crianças afetadas estão sendo entregues por seus pais ao governo brasileiro
para adoção; talvez uma dessas crianças deva fazer parte da sua família!
E devemos atacar o
argumento satânico de que pode ser “melhor” para a criança com microcefalia e
para a sua família se ela for abortada. Devemos nos compadecer daqueles que
pensam dessa forma, porque são incapazes de ver o extraordinário poder de Deus
e estão a caminho de uma realidade eterna que é pior do que qualquer um de nós
pode imaginar. Em vez disso, temos que orar e evangelizar, e nos envolver com
aqueles que apoiam o aborto, para o próprio bem e alegria deles, e pela vida
desses pequeninos vulneráveis e
suas famílias.
Por: John Knight. © 2016 Desiring God. Original:
Disability Does Not Justify Abortion: The Zika Virus Is No Excuse.
Tradução: João Paulo
Aragão da Guia Oliveira. Revisão: Vinicius Musselman pimentel. © 2016
Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br.
Original: Deficiência não justifica o aborto, nem microcefalia! (Zika vírus).
John Knight
John Knight é diretor
da Donor Partnerships no ministério Desiring God. É casado com Dianne e têm
quatro filhos: Paul, Hannah, Daniel e Johnny. Paul possui múltiplas
deficiências, incluindo cegueira, autismo, deficiências cognitivas e
convulsões. John escreve sobre os temas da deficiência, a Bíblia e a igreja em
The Works of God.
OUTROS ARQUIVOS
ACERCA DO ABORTO E TEMAS AFINS
Que Deus tenha compaixão
de todos nós.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa
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Desde já agradecemos a todos.
Algo pode ser ocultado da mídia mas Deus conhece o profundo e o escondido. Não colocamos a esperança no governo deste mundo nem nos conformaremos a ele. Tudo coopera para o bem dos que amam a Deus.
ResponderExcluirCaro Ricardo,
ResponderExcluirMuito obrigado por compartilhar essas poucas e sábias palavras.
Deus te abençoe.
irmão Alex