Esse é um estudo especial que irá
abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o
mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A
vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar
todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina
acerca de tudo o que nos é importante.
INTRODUÇÃO GERAL
CONTINUAÇÃO:
A IMPORTANTE DISTINÇÃO ENTRE TEOLOGIA E RELIGIÃO — PARTE 002
A expressão teologia é, geralmente, menos abrangente do que a expressão religião. Isso é particularmente
verdadeiro, quando usamos essa expressão num contexto cristão. Enquanto a
expressão teologia não está restrita
à doutrina, temos a tendência de entender a mesma como fazendo referência a
algum sistema de crenças. Por outro lado, os conceitos envolvidos pela expressão
religião são bem mais abrangentes e
incluem não apenas crenças doutrinárias, mas tudo o que se relaciona com a vida
religiosa das pessoas. Isso nos leva a perguntar o seguinte: até que ponto um
conceito mais abrangente é útil e até mesmo válido quando estamos lidando com a
teologia do Novo Testamento? Em
primeiro lugar nós devemos afirmar que tal uso sempre cria uma sensação de
vazio. Dizemos isso porque a combinação resultante — religião do Novo testamento — produz uma confusão enorme porque
junta, num único tacho, um monte de ideias desconectadas umas das outras, as
quais contribuíram, de um modo ou de outro, para a vida religiosa da Igreja
Primitiva. Desse modo, a expressão religião
do Novo Testamento não revela nenhum interesse em procurar estabelecer as
relações existentes entre os temas mais diversos que encontramos no Novo
Testamento, mas torna-se apenas um verdadeiro caleidoscópio das experiências e
das atividades dos cristãos primitivos. Todavia, por outro lado, adotar tal
expressão tem suas vantagens. Ela isenta o pesquisador de ter que lidar com
muitas questões delicadas, porque a mesma está interessada apenas em apresentar
uma narrativa descritiva das experiências e das atividades dos cristãos
primitivos.
A abordagem a favor da religião do Novo Testamento contra a
ideia apresentada pela teologia do Novo
Testamento está, todavia, sujeita a críticas. Primeiro porque tal abordagem
não deseja produzir nenhum tipo de padrão normativo para o trabalho de
pesquisa. A mesma pode ter certo valor quando analisa o contexto dos cristãos
primitivos, mas não devemos pressupor disso que ela tenha qualquer valor para
os cristãos dos séculos posteriores. No máximo, tal abordagem reflete o
interesse de um antiquário por materiais antigos. Como resultado disso, tal
abordagem é incapaz de produzir qualquer resultado que seja autoritativo. Ela
não consegue enxergar o Novo Testamento como revelação de Deus e, portanto,
válido para todas as épocas. Também procura reduzir todo o Novo Testamento a
algo parecido com a busca dos seres humanos por Deus durante os dois primeiros
séculos da Era Cristã, algo que pode até ser repetido, em parte, nos séculos
posteriores.
O estudo da teologia do Novo Testamento entende que todo o conteúdo dos
ensinamentos que encontramos no Novo Testamento representam uma permanente
revelação da parte de Deus, e que os mesmos se concentram naquilo que Deus tem
para dizer aos seres humanos, em vez de se ocupar com aquilo que os seres
humanos fizeram e continuam fazendo em sua alegada busca por Deus. Assim temos
que: se uma revelação divina, do tipo autoritativo, encontra-se no Novo
Testamento, o estudioso interessado em descobrir a verdade está circunscrito ao
estudo do mesmo. Os estudiosos não têm a liberdade de escolher o que desejam e
o que não desejam analisar. Todo o Novo Testamento precisa ser levado em
consideração. É uma verdadeira situação de tudo
ou nada. Além disso, aqueles que se dedicam a estudar o Novo Testamento
precisam aceitá-lo em sua inteireza e não ficar escolhendo tópicos que lhes
interessam e, com isso, desconsiderando outras partes do todo. Também não se
deve concentrar num aspecto apenas — por exemplo, a Teologia do Apóstolo Paulo — excluindo todos os demais. Também
não deve criar suas próprias ideias acerca da importância comparativa de
diferentes ênfases. Todos os que se aproximam do Novo Testamento devem fazê-lo
com a intenção de descobrir os fatores unificadores que existem no mesmo porque
a revelação, por definição, não contém contradições.
Mesmo assim, nós temos que
admitir que nem todos os que rejeitam a abordagem representada pela religião concordam que a abordagem feita
pela teologia não representa, necessariamente,
que estamos lidando com a revelação de Deus. Entres esses, muitos consideram
como legítimo concentrar-se em algumas ideias ou conceitos, mas negam qualquer
ideia de unidade. Mas se o Novo Testamento consiste apenas duma variedade de
teologias em vez duma unidade apresentada a partir de diferentes perspectivas
então, nós precisamos considerar se o valor do mesmo não está sendo modificado.
Os defensores dessa abordagem acabam por colocarem-se a meio caminho entre as
duas posições mencionadas no início da nossa discussão. Deve ficar evidente que
a forma como o pesquisador encara o Novo Testamento terá profundo impacto no
método de trabalho que ele escolher. Em estudos posteriores iremos falar acerca
da centralidade da unidade para os estudos do Novo Testamento.
CONTINUA...
OUTROS ARTIGOS ACERCA DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 001
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 002
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 003
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 004
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 005
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 6
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 007
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 008
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 009
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 010
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TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 012
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 013
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Alexandros Meimaridis
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