domingo, 25 de maio de 2014

O DILÚVIO ENVOLVENDO NOÉ E A ARCA FOI GLOBAL OU LOCAL?


A local flood covering the mountains?
O "ilusório" Dilúvio Local

A produção de Hollywood da história acerca da arca de Noé distribuída pela Paramount, com um roteiro escrito por Darren Aronofsky e Ari Handel e dirigida pelo próprio Darren Aronofsky, tenta transformar Noé, que é chamado pela Bíblia de δικαιοσύνης κήρυκαdikaiosúnes kéruka — pregador da justiça, numa espécie de “Madre Teresa de Calcutá” dos animais!

Bem, deixando de lado a questão ultramoderna que trata do ambientalismo, algo que os autores tentam impor na consciência de Noé, mas que de fato nunca esteve lá, hoje queremos levantar apenas algumas perguntas para aqueles que insistem em dizer que o dilúvio não foi global, mas apenas local. Para entender melhor o todo dessa discussão, recomendamos a leitura de nosso artigo anterior, que tratou da questão acerca de quantos animais Noé foi capaz de levar dentro da arca? O mesmo poderá ser visto por meio desse link aqui:


Agora vamos nos ocupar em levantar certas questões que gostaríamos de ver respondidas por aqueles que defendem um dilúvio local, em vez do dilúvio global como ensinado nas Escrituras Sagradas.

O dilúvio narrado na Bíblia foi global ou apenas localizado?

Até mesmo muitos cristãos nos dias de hoje, na maior parte por puro desconhecimento dos fatos, acreditam que o dilúvio narrado na Bíblia foi um dilúvio circunscrito à região da mesopotâmia. Influências pagãs para tal crença não faltam. Elas vão desde outras narrativas do dilúvio encontradas em outras culturas até a concepção ilusória dos evolucionista que estima a idade Universo  em meros 13,7 bilhões de anos! – risos. E estimam a idade da terra entre 4,42 até 4.54 bilhões de anos - mais risos.
    
Seguem nossas perguntas: PARA PENSAR!

1. Se o dilúvio foi circunscrito a uma determinada área, porque teria Noé construído a arca? Afinal de contas, Noé levou cerca de 120 anos para construir a arca e poderia, muito bem, se quisesse ter caminhado para algum outro lado e evitado o mesmo.

2. Se o dilúvio foi local, porque DEUS teria conduzido os animais para a arca que Noé estava construindo? Ele poderia apenas dirigi-los para outra direção, longe da catástrofe.

3. Se o dilúvio foi local, porque a arca precisava ser tão grande? Afinal de contas uma arca bem menor poderia acomodar os animais da mesopotâmia.

4. Por que DEUS precisou conduzir os pássaros para dentro da arca. Ele poderia tê-lo feito voar para outro lugar seguro. Andorinhas voam do hemisfério norte até o sul do hemisfério sul, por que os pássaros dos dias de Noé não poderiam fazer o mesmo? Seria porque o dilúvio seria global?

5. Se o dilúvio não foi global, porque as Escrituras afirmam que as águas sobrepujaram as montanhas em, aproximadamente, 7,5 metros? As águas tem a tendência de buscar sempre o lugar mais baixo e tendem a se nivelar, mas nesse caso a Bíblia diz que elas “cresceram” e “prevaleceram excessivamente”. Como seria possível as águas “crescerem” e “prevalecerem excessivamente” 8,5 metros acima de montanhas locais sem ter extravasado para o outro lado das mesmas? Mas quantas bobagens as pessoa estão dispostas a engolir sem pensar, é difícil dizer.      

6. Jesus fez a seguinte afirmação:

Mateus 24:37—39

37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.

38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,

39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Em outras palavras, caso o dilúvio não tenha sido global, Jesus estaria afirmando que, quando de seu retorno haverá também um juízo parcial dos seres humanos. E se alguns escaparam ao dilúvio dos dias de Noé então será possível alguns escaparem ao juízo na segunda vinda de Cristo. Mas as palavras de Jesus são bem claras: veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.  

Existem outras perguntas que poderíamos fazer, mas vamos nos concentrar nessas seis e ver que tipos de resposta os inimigos da veracidade das Escrituras Sagradas têm para nos oferecer.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

1. Datas estimadas para a criação do universo e da terra podem ser encontradas no seguinte site:
http://www.christiananswers.net/q-eden/edn-earthage.html

15 comentários:

  1. Senhor Alexandros, boa tarde! Acredito sim na biblia e na historia de Noé, a arca, o diluvio, a destruição da civilização antediluviana... Gostaria de responder essas 6 questões e aproveitar levantar algumas sobre um diluvio universal. Mas antes, gostaria de saber de onde vc tirou a cifra de que a terra tem 14,5 bilhões de anos quando escreveu: "a concepção ilusória dos evolucionista que estima a idade da terra em meros 14,5 bilhões de anos! – risos". Não seria essa cifra referente a idade do Universo? (13,7 bilhões de anos). Segundo os estudos geológicos (evolução não tem nada que ver com a formação e a idade do universo) a terra teria cerda de 4,5 bilhões de anos. Outra pergunta prévia: de onde vc tirou a ideia do tempo de construção da arca ao afirmar que "Noé levou cerca de 120 anos para construir a arca..."? Noé teve que pregar sobre o diluvio para aquela civilização, portanto teve que ir as cidades sumerias que não eram poucas. Noé começou a ter seus filhos 100 anos antes do diluvio, portanto também demorou um bom tempo para que eles ajudassem nessa construção. Os 120 anos, com certeza foi o ultimato de Deus para aquela má civilização e realmente foi o período que Deus deu a Noé para pregar o diluvio a todos y para construir a arca. Mas já que existem cálculos vários, como por exemplo, tamanho e capacidade da arca, então deve existir cálculos de quanto tempo se levaria para construir um barco assim, e acredito que seria bastante inferior a 120 anos... Queria comentar com minha conta do face book, mas não vi essa opção. Meu nome é Wanderson Esquerdo, meu e-mail é wesquerdo@hotmail.com

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    1. Caro Wanderson,

      Obrigado por chamar nossa atenção para o equívoco com relação ao suposto tempo da criação do Universo e do nosso sistema solar. Essas informações já foram corrigidas no artigo, apesar de continuarem hilárias.

      Quanto ao tempo que Noé teve para construir a arca basta ler Gênesis 6 ou nossa série em Gênesis onde está tudo explicado.

      Agora, resta ouvir de você as respostas para nossas 6 perguntas. Por favor, antes de tudo, responda a nossa perguntas.

      Alexandros Meimaridis,

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  2. Senhor Alexandros, obrigado pela resposta. Sou muito extenso para escrever, portanto se não quiser publicar, não tem problema. E se quiser recortar e publicar o que achar mais importante, também pode. Eu gosto muito do livro de Gênesis, pois é fascinante ler e crer nos inícios da humanidade tal como Deus nos explica e que são as bases para entender o nosso mundo hoje. Sei que nas correstes criacionistas existem variações em critérios, uma delas é sobre terra jovem e terra antiga. Também no Diluvio existem aqueles que creem num diluvio universal e outros em local. Longe de mim querer criar polêmica sobre essas crenças. Mas as vezes ocorre que nos concentramos em certos capítulos Bíblicos, destrinchamos minuciosamente palavra por palavra e chegamos a ter um bom entendimento do mesmo, mas nos olvidamos do resto de toda a historia bíblica. Em poucas palavras, sempre apontamos para que as pessoas tenham cuidado de não tirar um versículo de um contexto e acabamos tirando um capítulo ou um livro do contexto de toda a bíblia. Mas não é nada intencional, as vezes acontece. Se o dilúvio tivesse sido local teria necessariamente que ter sido macro regional, pois as águas teriam que avançar de sudeste a noroeste desde o mar Índico (e mar arábico) cobrindo a península arábica em sucessivas oleadas. (me imagino que movimentos entre as placas africana e indiana contra a arábica poderiam causar maremotos com esse fim). A outra entrada das águas seria pelo mar Mediterrâneo alimentado pelo oceano atlântico (existe registro de 365 d.C. de maremoto que atingiu Líbia e Egito arrasando com Apolonia e Alexandria empurrando barcos a 3 km terra adentro. Outro similar ocorreu em 1303). Os encontros das águas lançariam essa massa contra as montanhas da Turquia, barreira natural. Gênesis 8:3 em hebraico disse que as águas se retiraram "indo e vindo" [“halak” (הלך) y “shuwb” (שוב)]. Eu moro em La Paz e pesquisei 44 versões em espanhol e algumas delas traduzem bem esse texto como a Reina Valera 2000 "Y [se] tornaron las aguas de sobre la tierra, yendo y volviendo". Eu não tenho dúvida que o maior aporte para a inundação do diluvio foram as águas do mar que invadiram o continente, pois hoje toda a água que existe na atmosfera oscila entre 11.700 km3 a 81.000 km3 dependendo da fonte consultada. Se todo o vapor na atmosfera se condensasse e se precipitasse ao mesmo tempo uniformemente no globo terrestre, seu volume cobriria a terra em 25 mm. Mas o volume de vapor na atmosfera caísse sobre uma região em específico dentro dos 9 mil km2 onde no meio está Mesopotâmia, então o volume seria de mais de 40 metros podendo chegar a mais de 70 metros se a atmosfera for alimentada com a vaporização da água no resto do planeta durante os primeiros 40 dias de Diluvio. Continua...

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    1. Caro Wanderson,

      Muito me admira todo esse teu empenho em tentar explicar com minúcias o que a própria Bíblia nara de forma discreta e sóbria. Creio que deve ter passado despercebido a você o seguinte:

      Gênesis 7:11 No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram.

      Gênesis 8:2 Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva dos céus se deteve.

      Portanto, muito além da água contida na parte separada da terra seca, já que os continentes não haviam sido ainda separados, houve uma enorme quantidade de água que aflorou dos abismos da própria terra e também muita água desabou do céu e não foi apenas como as chuvas a que estamos acostumados. Por favor, não queira entender tudo isso nos mínimos detalhes porque creio que está além da nossa capacidade.

      Assim é minha compreensão que teus números são desnecessários e teus comentários acerca do mar Mediterrâneo e do mar Índico são ficção, já que os mesmos não existiam ainda.

      Mas os versos bíblicos justificam o volume de água necessário para tornar a narrativa coerente.

      Outras resposta darei à medida que for tendo tempo.

      Abraço.

      Alexandros Meimaridis

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  3. Continuando... Outro ponto é perguntar o objetivo do diluvio. Sem citar texto para encurtar, o objetivo foi de "destruir a civilização humana", suas cidades, suas plantações, seu gado, e todos os seres humanos (exceto Noé e sua família). A civilização surgiu na Baixa Mesopotâmia e aos 1656 anos depois de Adão a civilização continuava nesse lugar sem expandir-se mais além, porque desobedeceram a Deus quando ele ordenou em Gên. 1:28 "...Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra [’erets” (ארץ) que significa toda a terra o globo terrestre]. Essa palavra érets foi usada em Gên. 1:1 "Deus criou os céus e a terra ('eretz) e em Isa. 40:22 "E ele o que está assentado sobre o círculo da terra ('eretz). O fato do homem não encher o planeta terra ('eretz) foi uma das causas do diluvio, ou seja, desobediência, além é claro da violência e a maldade. Deus disse em Gên.6:1 "Sucedeu que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra [’Adamah” (אדמה) que significa um lugar específico onde se cultiva, onde o homem constrói suas edificações, território, país, lugar habitado]. E a sentencia de Deus foi clara em Gên 6:7 "Destruirei da face da terra ('adamah) o homem que criei..." Deus ordenou que o homem se expandisse sobre o planeta terra ('eretz) mas ele desobedeceu e ficou em um lugar fértil ('adamah) ou seja, Mesopotâmia. Depois do diluvio o homem voltou a construir as cidades em Mesopotâmia e em uma dessas cidades a torre de Babel. Deus teve que confundir a língua deles para obrigá-los a deixar Mesopotâmia e expandir-se sobre o resto do planeta. Portanto um diluvio macro regional cumpriu com o objetivo do diluvio inundando toda Mesopotâmia e seu entorno, destruindo assim aquela antiga civilização. A resposta para a primeira pergunta número 1: Noé construiu a Arca porque foi uma ordem de Deus. É verdade que Noé poderia ter saído andando para fora da região Inundada mas eu acredito que (1) ele não sabia que o diluvio seria "local", (2) mesmo que soubesse a ordem de Deus foi pregar sobre o diluvio que destruiria aquela civilização e construir a arca e salvar também os animais. A construção da arca a vista de todos teve então um grande propósito, mesmo para um diluvio "local". Continuarei com as seguintes respostas... Wanderson Esquerdo

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    1. Meu caro Wanderson,

      Continuemos.

      Me desculpe, mas em nenhum lugar a Bíblia afirma que o motivo ou um dos motivos para o dilúvio teria sido a desobediência dos seres humanos de:
      "enchei a terra e sujeitai-a".

      Ah! Sim. Os homens encheram a terra de fato, mas foi de violência e das práticas mais abjetas que a natureza humana depravada poderia produzir. Esses sim foram os motivos fornecidos pelo próprio Deus para o dilúvio:

      Gênesis 6:11-13

      11 A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência.

      12 Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.

      13 Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.

      Esses e apenas esses são os motivos apresentados por Deus. O resto mão passa do que podemos chamar de uma tentativa educada de adivinhação.

      Não sei de onde você tirou a ideia que a civilização surgiu na baixa Mesopotâmia. A maioria dos autores cristãos e não cristãos concordam que os seres humanos surgiram em algum lugar a nordeste das nascentes dos rios Eufrates e Tigre. Portanto, cerca de 2000 a 3000 quilômetros ao norte do local apontado por você.

      Sua definição para a expressão hebraica אֲדָמָה traduzida por terra me parece um tanto quanto seletiva demais. Segue a definição completa do Dicionário Teológico do Antigo Testamento: Veja o item 1f em especial.

      ’adamah

      1) terra, solo

      1a) solo (em geral, lavrada, produzindo sustento)

      1b) pedaço de terra, uma porção específica de terra

      1c) terra (para edificação e construção em geral)

      1d) o solo como a superfície visível da terra

      1e) terra, território, país

      1f) toda terra habitada

      1g) cidade em Naftali

      Tua afirmação que Noé não sabia que o dilúvio seria local, parece um tanto quanto prepotente, além de confirmar o que escrevemos em nosso artigo. Lembre-se que Noé se relacionava diretamente com o Deus Vivo e Verdadeiro e certamente ele sabia bem mais coisas que o autor que narrou sua história sabia.

      Quanto ao impacto que a construção da arca teve, isso é relativo, pois ninguém acreditou na mensagem de Noé. Apenas 8 pessoas creram e foram salvas.

      Abraço,

      Alexandros Meimaridis

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  4. Continuando... Resposta número 2. É verdade também que Deus poderia encaminha os animais para fora da grande zona do desastre, mas se observamos a macro região inundada em um mapa zoogeográfico (melhor se é o estudo mais recente) a região Saaro-Arábica seria afetada em sua totalidade, enquanto que parcialmente se atingiria as regiões Afrotropical e Paleoartica. No que vou é que quando Deus criou a terra, constituiu a diversidade de climas pelo globo terrestre, e conforme os climas também constituiu vegetações próprias desses climas y finalmente animais também para esses tipos de climas e vegetações. Por isso hoje se classificam 11 bio-regiões no planeta terra, cada uma com seus animais próprios (sem contar em certas espécies endêmicas que se originaram em lugares específicos da terra como os cangurus na Austrália, os lémures em Madagascar, as lhamas na cordilheira dos andes, os pinguins na Antártida, etc). Deus teria salvo os animais de uma zooregião inteira para que depois do diluvio a mesma fosse repovoada por eles. Assim, o motivo porque os animais não foram simplesmente conduzidos para fora dessa zooregião foi (1) porque Deus ordenou a construção da arca para salvar as espécies dessa imensa zooregião e (2) porque enviar animais de uma zooregião para outras zooregiões distintas criaria um desequilíbrio ecológico e verdadeiros conflitos entre diferentes animais de diferentes zooregiões. Além disso estaria por ver se certos animais poderiam sobreviver em áreas distintas a seu meio natural. Talvez a melhor pergunta para as duas primeiras formuladas seria: Porque Deus ordenou a construção da arca se o diluvio foi local?, e, porque Deus não mandou Noé e os animais saírem caminhando para fora da zona de inundação se o diluvio foi local? Vou continuar respondendo as demais perguntas que ainda estou escrevendo... Wanderson Esquerdo

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    1. Caro Wanderson

      Continuando.

      Esse teu comentário fica muito prejudicado pela tua opção em utilizar as informações mais modernas disponíveis da zoologia, o que, necessariamente, não se aplica aos dias de Noé. Conforme já referi, a terra era uma massa sólida única cercada de água por todos os lados, conforme a narrativa bíblica em Gênesis 1..

      Não é possível trabalharmos com conceitos modernos de zooregiões, até porque, sequer sabemos quais animais existiam, exatamente, naqueles primeiros dias do planeta e como os mesmos estavam adaptados antes e depois da queda.

      Prefiro assumir uma posição mais humilde e aceitar a narrativa Bíblia, sem insistir nessa ideia de que podemos explicar tudo pelo conhecimento científico moderno. Essa falta de explicação de muitas coisas não cria em mim nenhuma dificuldade. Apenas entendo que o Livro de Deus não foi escrito para fazer ciência mas para revelar a condição humana e como podemos ser salvos por meio da revelação da pessoa de Cristo.

      Abraço,

      Alexandros Meimaridis

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  5. Continuando... Resposta da terceira pergunta: Para os animais só da Mesopotâmia poderia construir-se um barco menor. Vc mesmo disse que no outro artigo seu que na arca poderia entrar entre 2 mil e 16 mil animais. Dois mil também não seria pouco animais para tão grande embarcação? No entanto, como coloquei anteriormente nas explicações, a região inundada foi bastante maior que Mesopotâmia, atingindo por completo a zooregião Saaro-Arábica. Mas mesmo que os animais fossem só da região da Mesopotâmia, há de se entender que as dimensões da arca cumpriram o propósito de suportar o diluvio. O tamanho e o peso da mesma são perfeitos para isso! É possível que se fosse maior se partiria e se fosse menor seria afundada pela força das águas. O tamanho não é pela carga que levaria, mais devido a estabilidade que se necessitaria. Só abrindo um parêntese, vc disse naquele outro artigo que “É bem possível que os insetos não foram levados para dentro da arca...”. Mas Gên. 7:14 disse no final “...e toda ave (owph [עוף]) segundo a sua espécie, pássaros (sippor [צפר]) de toda qualidade.” Veja que nessa tradução de João Ferreira fala de ave e de pássaro, mas lendo as palavras originais vemos que owph além de significar aves e pássaros, significa “criaturas voadoras, insetos ou insetos com asas”, e sippor significa pássaros ou aves. Acredito que seja possível entrar na arca insetos, pois se tivessem ficado de fora, poderiam morrer (mas é só um palpite). Se imaginarmos umas 5 mil espécies de animais nessa zooregião, então teríamos uns 10 mil animais dentro da arca, mais a comida de um ano e uns dias para Noé, sua família e os animais e provavelmente outra boa quantidade para os seguintes meses depois do diluvio. Continuarei respondendo as seguintes perguntas... Wanderson Esquerdo

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  6. Continuando... Respondendo a quarta pergunta. Aparentemente parece repetitiva embora com o detalhe de que aves como as andorinhas poderias sair voando. Eu entendo que da mesma forma que todos os animais poderiam sair caminhando e não saíram, as aves também poderiam sair voando e não saíram, mas bem entraram por espécie na arca. O conceito seria o mesmo da resposta da terceira pergunta. Continuarei respondendo as seguintes perguntas... Wanderson Esquerdo

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  7. Continuando... resposta a quinta pergunta. Desde a perspectiva de um diluvio local, as elevações, montes, montanhas, picos, seriam todas cobertas na área da inundação. A arca foi construída na baixa Mesopotâmia, provavelmente próximo ao rio Eufrates entre importantes cidades como Uruk, Larsa e Ur. Quando ingressaram as águas provenientes do oceano Índico (mar da Arábia), a arca começou a se elevar e a deslocar-se em direção nordeste. Essa região é baixa, portanto com o crescimento gradual da inundação não se chocou com nenhuma elevação alta. E continuando esse trajeto com uma velocidade mínima de deslocamento de uns 400 m/hora (lembrando que a grande dimensão deu estabilidade a esse barco com um peso bruto, com carga, de aproximadamente 8 mil toneladas ou mais), chegando próximo do que hoje é Síria, no encontro com as águas vinda do Mediterrâneo se desviou em direção nordeste até atingir os montes Ararates. O diluvio durou 150 dias até que Deus se lembrou de Noé em Gên. 6:2 diz que Deus fechou as fontes do abismo (os mares pararam de lançar água em direção aos continentes e a chuva cessou). No versículo seguinte (Gên. 6:3) se lê: “as águas se foram retirando de sobre a terra; no fim de cento e cinquenta dias começaram a minguar”. Então no final do dia número 150 é que as águas começaram a baixar (5 meses depois de começar o dilúvio). Como o dilúvio começou no ano 600 de Noé, no dia 17 do segundo mês, cinco meses depois seria o dia 17 do mês sete. Em Gênesis 8:4 se lê: “No sétimo mês, no dia dezessete do mês, repousou a arca sobre os montes de Arará”. Só para esclarecer, não sabemos a hora que o diluvio começou. Então calcular um mês de 30 dias começando no primeiro de um mês ao meio dia, os 30 dias se completariam no dia primeiro do mês seguinte ao meio dia, e não no dia 30 ao meio dia, pois faltariam 12 horas ainda para completar esse mês. É curioso que a arca “ancorou” ou se assentou [“nuwach” (נוח)] no último dia do diluvio no monte Ararat. Então, 74 dias depois disso Gén 8:5 afirma: “E as águas foram minguando até o décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes”. Isso quer dizer que “todos” os montes que foram cobertos por 7,5m de água no trajeto da arca desde a baixa mesopotâmia até o monte Ararate só começaram a ser vistos 74 dias depois que a arca atingiu o Monte Ararate com 5165 metros sobre o nível do mar. No outro extremo, na baixa Mesopotâmia, as cidades de Ur e Uruk se encontram a 2 m e 9 m sobre o nível do mar respectivamente, ou seja, um desnível aproximado com o Monte Ararate de 5161,5 m mais 7,5 m de água que supostamente o cobriu, então temos 5169 m de altura de água. Como as águas baixaram em 150 dias, isso significa 34,46m por dia. Observando um mapa de relevo da Turquia, próximos ao Monte Ararate temos vários picos: Ararate menor: 3896m, Zor: 3196, Kizilkaiyaret: 3.281m. Pois um descenso de 34,46m, em 74 dias seriam 2550 metros, sendo que a diferença do Ararat com os montes próximos a ele na cadeia de montanhas turcas varia entre 1269 e 1969 metros. Portanto os montes da cordilheira turca começariam a ser vistos entre 36 e 57 dias depois da arca repousar sobre o Ararat (se ela tivesse repousado sobre o monte, na parte mais alta). Ou Noé não viu os montes da cordilheira turca próximo a arca, ou os montes que começaram a ser considerados nesse versículo estavam fora da cordilheira turca (pois na cordilheira turca a maioria dos montes estão acima dos 3000 msnm, enquanto que 74 dias depois a uma velocidade de 34,5 m/dia de descenso das águas os montes descobertos seriam inferiores a 2600 metros de altura sobre o nível do mar. Claro que se considerarmos o Everest com 8844 msnm, teríamos um problema maior, pois teríamos que admitir que no último dia do dilúvio as águas baixaram 3679 metros (que é a diferença entre o Everest e o Ararat) e nos seguintes 149 dias a uma velocidade de 34,46 metros por dia... Muito estranho! ... responderei a última pergunta na sequência... Wanderson Esquerdo

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  8. Continuando... resposta à pergunta 5. Jesus afirmou que o diluvio de Noé “os levou a todos”. Em um diluvio “local” que destruiu “toda” a civilização da época, matando a todos os homens em suas cidades e nos campos, se cumpriu o que Jesus falou, salvando-se apenas 8 pessoas e os animais que estavam com eles na arca. Eu não entendi o sentido da pergunta “se alguns escaparam ao dilúvio dos dias de Noé então será possível alguns escaparem ao juízo na segunda vinda de Cristo”. Num diluvio “local” como eu expliquei, ninguém escaparia, só Noé e sua família. O objetivo do diluvio, seja local ou universal foi destruir a civilização humana. Se alguém escapasse, fora da arca, desse juízo, então Deus não teria cumprido sua palavra!
    Agora vamos para algumas perguntas sobre um diluvio universal:
    1) Para cobrir o monte Everest (8844m) se precisaria quase 3,5 vezes toda a água existente hoje no mundo. Se a referência fosse o monte Ararat (5165m) se precisaria 2 vezes. De onde veio e para onde foi essa agua “extra”?
    2) Alguns defendem que a topografia nos tempos de Noé era distinta, os montes eram mais baixos que hoje e que com os cataclismos as montanhas como o Everest e outras altas cordilheiras como a dos Andes aumentaram de tamanho (eu moro a 4.010 metros sobre o nível do mar, na Bolívia). Se o diluvio universal cobriu todas as montanhas e tudo cessou no dia 150, então quando cresceram as montanhas, durante o diluvio ou depois do diluvio?
    3) Como é que os animais endêmicos chegaram até o oriente médio desde os extremos da terra e de ilhas isoladas nos oceanos? E como voltaram pra lá desde o Ararat? Pinguins desde o polo sul, lhamas desde os Andes, cangurus desde Austrália, lêmures desde Madagascar, etc. Precisamos evidências disso.
    4) Dois textos interessantes: Gên. 8:7 “Soltou um corvo que, saindo, ia e voltava até que as águas se secaram de sobre a terra (‘eretz) e Gên. “8:14 No segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra (‘eretz) estava seca”. Se o diluvio foi universal envolvendo todo o globo terrestre (‘eretz), como explicar que no final, depois que as águas baixaram o globo terrestre (‘eretz) se secou (já que essa palavra inclui a terra e os mares). Não deveria secar-se somente a face da terra (‘adamah)?
    Wanderson Esquerdo, e-mail wesquerdo@hotmail.com

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  9. caro anonimo....se pensar em PANGEA como o continente existente à época seus longos argumentos vão ao chão.. ou ignoras a existencia da Pangea? Vai dizer tbm que o supercontinente nunca existiu??
    De uma olhada no mapa mundi e junto as peças veras que uma vez já foram unidos... se vc não conseguir ver a união dos continentes em apenas um... de que adianta morar a 4.000 mts se não se enxxerga nada?

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    1. Caro Silas Cavalcante, obrigado por contribuir neste estudo. Não sou anônimo, pois todas minhas respostas terminam com meu nome e sobrenome Wanderson Esquerdo e em algumas delas diponibilizo também meu e-mail. Por isso é bom ler os textos até o final... Sei que não tiveste intenção de desprestigiar-me, pois a escritura sempre é seca e sem sentimentos, não sendo igual a uma boa conversa direta. Por isso, sugiro não usar frases como, por exemplo, “... se não enxerga nada”. Em nenhum lugar de minhas respostas mencionei a PANGEA, pois o tema é se o diluvio foi universal ou foi local. Sou arqueólogo de profissão e o problema é que PANGEA não foi o único continente que existiu no passado. A crosta terrestre se encontra em permanente movimento desde que a mesma surgiu. Portanto não existiu um só supercontinente, mas sim vários! Vaalbara, Kenorland, Columbia, Rodínia, Pannotia e Pangeia, este último, o mais recente, se dividiu em outros dois: Laurásia e Gondwana, antes de formar-se os continentes atuais. Vivemos em um período atual interglacial e inter supercontinental. No futuro os continentes voltarão a se juntar pela sétima vez e se chamará Neopangea (daqui a uns 300 milhões de anos). Outra coisa, olhar mapas mundis não são provas de nada, nem contemplar as montanhas a 4 mil metros de altitude. Por isso existe a disciplina científica denominada Geologia e os estudos sobre a base dessa disciplina. Para terminar, vamos ao ponto: Indaguei na pergunta 2 se as montanhas cresceram durante ou depois do diluvio e isso inclui o movimento dos continentes. Mas veja só o problema da teoria de uma terra jovem quando diz que no tempo de Noé existia um supercontinente (a Pangea), que se separou devido ao cataclismo do dilúvio. Por um lado, no período que durou o diluvio, os continentes tiveram que se mover a uma velocidade de uns 70 km por hora!!! Por outro lado é que a disciplina científica geológica indica que além da PANGEA houveram outros 5 supercontinentes e pelo que me consta não houveram dilúvios antes de Noé para provocar uma rápida separação dos mesmos 5 vezes em apenas 1656 anos desde Adão até o dilúvio de Noé... Wanderson Esquerdo, e-mail wesquerdo@hotmail.com

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  10. caro anonimo... vc esta ignorando a existencia da Pangea antes do diluvio?

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