Concepção artística do apóstolo Paulo fazendo sua defesa.
ESSA É UMA SÉRIE DE ESTUDOS QUE
VISA ABORDAR DA MANEIRA COMO CONSIDERAMOS APROPRIADA A IMPORTANTE QUESTÃO
RELATIVA À RESSURREIÇÃO DE CRISTO. TOMANDO COMO BASE AS OBRAS DE GEERHARDUS VOS
E HERMAN RIDDERBOS. NOSSA INTENÇÃO É MOSTRAR A CENTRALIDADE DA RESSURREIÇÃO DE
CRISTO NA TEOLOGIA PAULINA.
CONTINUAÇÃO
A teologia bíblica é normalmente
percebida apenas como um resumo ou esboço, do progresso do desenvolvimento da
atividade revelatória e redentora de Deus na história da humanidade. Esse
processo está restrito apenas ao que está escrito — i.e., da perspectiva
histórico-redentora — a partir de um ponto de vista vantajoso.
Todavia, essa descrição é aplicada,
de modo mais apropriado, apenas à teologia do Antigo Testamento. Com certeza,
interesse com o progresso da revelação divina não está ausente na teologia
bíblica do Novo Testamento. O que distingue esses dois campos é o fato, como
notamos no estudo anterior, que o exegeta moderno, apesar de todas as
diferenças culturais e temporais, se encontra, pelo menos a princípio, — i.e.,
em termos da História da Redenção — na mesma situação que os autores do Novo
Testamento e, portanto, está envolvido com o apóstolo Paulo — bem como com os outros autores do Novo
Testamento — numa jornada interpretativa comum.
Essa diferença entre a teologia
bíblica do Antigo Testamento com a teologia bíblica do Novo Testamento, já foi
notada por B. B. Warfield, quando escreveu: Em
seu ensino fundamental, o Novo Testamento serve, portanto, mais facilmente para
aquilo que é chamado de dogmático do que aquilo que mencionado como sendo
tratamento genérico[1].
Essa observação é uma referência direta à abordagem germânica dos estudos paulinos.
Mas essa linha de pensamento pode
ser colocada de uma maneira diferente se observarmos que, o papel fundamental
exercido por Paulo no processo de revelação, não pode ser divorciado de seu
ofício como apóstolo e servo de Jesus Cristo. Em outras palavras, a
qualificação de Paulo como um instrumento da revelação é feita em termos eclesiásticos. Isso, por sua vez,
significa que a revelação inspirada e infalível que recebemos por seu
intermédio é, ao mesmo tempo, o ensino autoritativo e a opinião — dogma — da
própria Igreja do Senhor. E que, como os vários dogmas demonstram uma relação
óbvia de uns para com os outros, um deles pode ser usado para fazer referência
à sua teologia.
Até aqui, pelo menos, podemos
afirma que algo das considerações metodológicas que fizemos nessa introdução tem
importância para todo o corpo de estudos relacionados ao Novo Testamento e, de
modo particular com as epístolas.
Entretanto, queremos aproveitar
esse momento para enfatizar como tudo o que estamos dizendo, se aplica aos
estudos paulinos. Nossas afirmações suprem a perspectiva apropriada para
enxergarmos a exclusividade de seus escritos. Sendo mais específicos, estamos
nos referindo a como o modo pervasivo e didático da natureza doutrinária dos
ensinamentos de Paulo deve ser abordada, enquanto reconhecemos o interesse
comum, bem como a situação comum em que nos encontramos dentro do contexto
maior da História da Redenção. Os argumentos bem estruturados que encontramos
nas epístolas paulinas não precisam de nenhum argumento a favor, especialmente
quando consideramos os trabalhos realizados pelos estudiosos reformados. O
próprio Warfield, mencionada acima, dizia: Paulo
é o mais didático de todos os autores do Novo Testamento[2].
Todavia uma percepção dos fatores da História da Redenção envolvidos nessa discussão
é necessária para podermos apreciar o significado mais profundo da qualidade
doutrinária e do interesse sistemático nos escritos do apóstolo Paulo. Essa
percepção supre a garantia necessária para falarmos da teologia de Paulo, no
próprio sentido da palavra. No que diz respeito à teologia do apóstolo Paulo,
nós devemos afirmar que o principium
theologiae, as Escrituras, em si mesmas, contêm teologia, ou ainda melhor,
que a natureza da continuidade entre a nossa teologia e seu principium — a Bíblia — são, em certos
pontos, distintamente teológicos. Dessa
forma, podemos dizer que a sequência seguida por Kuyper está sujeita, no
mínimo, a certa suplementação. O reconhecimento da descontinuidade entre o Novo
Testamento e as interpretações subsequentes que encontramos na igreja, precisam
ser equilibradas pelo reconhecimento da continuidade entre as mesmas.
Continuidade essa que envolve a teologia-eclesiástica e História da Redenção.
No material apresentado acima, a
discussão que existe com respeito à História da Redenção, entre aquilo que é
canônico, daquilo que não é canônico, entre o período apostólico e
pós-apostólico não está sendo nem ignorada nem obliteradao. Pelo contrário, o
que estamos afirmando é que uma ênfase tem sido colocada em algumas implicações
do fato que, na “igreja”, tanto o “apostólico” como o “não apostólico”
encontram seu denominador comum acerca da História da Redenção.
CONTINUA
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 001 — INTRODUÇÃO À HERMENÊUTICA.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 002 — PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS — PARTE 001.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 003 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 002 — A RELAÇÃO ENTRE OS ATOS REDENTORES DE DEUS E A REVELAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 004 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 003 — A RELAÇÃO ENTRE PAULO E SEUS INTÉRPRETES MODERNOS
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 005 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 004 — PAULO, NÓS E A HISTÓRIA DA REDENÇÃO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 006 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 005 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 01
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 007 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 006 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 008 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 007 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 003 — FINAL
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 009 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 001 — CRISTO, AS PRIMÍCIAS — PARTE 001
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 010 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 002 — CRISTO É AS PRIMÍCIAS E OS CRENTES SÃO A COLHEITA PLENA — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 011 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 003 — CRISTO É O PRIMOGÊNITO DENTRE OS MORTOS — PARTE 003
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 012 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 004 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO DOS CRENTES SÃO EPISÓDIOS DE UM ÚNICO EVENTO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 013 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 001
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 014 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-ressurreicao-de-cristo-dentre-os.html
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 001 — INTRODUÇÃO À HERMENÊUTICA.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 002 — PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS — PARTE 001.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 003 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 002 — A RELAÇÃO ENTRE OS ATOS REDENTORES DE DEUS E A REVELAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 004 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 003 — A RELAÇÃO ENTRE PAULO E SEUS INTÉRPRETES MODERNOS
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 005 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 004 — PAULO, NÓS E A HISTÓRIA DA REDENÇÃO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 006 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 005 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 01
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 007 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 006 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 008 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 007 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 003 — FINAL
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 009 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 001 — CRISTO, AS PRIMÍCIAS — PARTE 001
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 010 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 002 — CRISTO É AS PRIMÍCIAS E OS CRENTES SÃO A COLHEITA PLENA — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 011 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 003 — CRISTO É O PRIMOGÊNITO DENTRE OS MORTOS — PARTE 003
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 012 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 004 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO DOS CRENTES SÃO EPISÓDIOS DE UM ÚNICO EVENTO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 013 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 001
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 014 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 002
OUTROS ARTIGOS ACERCA DA SOTERIOLOGIA DO APÓSTOLO PAULO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 001 — INTRODUÇÃO À HERMENÊUTICA.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 002 — PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS — PARTE 001.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 003 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 002 — A RELAÇÃO ENTRE OS ATOS REDENTORES DE DEUS E A REVELAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 004 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 003 — A RELAÇÃO ENTRE PAULO E SEUS INTÉRPRETES MODERNOS
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 005 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 004 — PAULO, NÓS E A HISTÓRIA DA REDENÇÃO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 006 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 005 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 01
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 007 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 006 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 008 — QUESTÕES METODOLÓGICAS — PARTE 007 — PAULO E SEUS INTÉRPRETES — PARTE 003 — FINAL
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 009 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 001 — CRISTO, AS PRIMÍCIAS — PARTE 001
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 010 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 002 — CRISTO É AS PRIMÍCIAS E OS CRENTES SÃO A COLHEITA PLENA — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 011 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 003 — CRISTO É O PRIMOGÊNITO DENTRE OS MORTOS — PARTE 003
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 012 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 004 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO DOS CRENTES SÃO EPISÓDIOS DE UM ÚNICO EVENTO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 013 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 001
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 014 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 002
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 015 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 003
Que Deus Abençoe a Todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa
página no Facebook através do seguinte link:
Desde já agradecemos a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário