Ao fundo a palavra hebraica "SHAVUOT" cujo significado é pentecostes
Esse material é parte de uma
série de mensagens pregadas no Livro dos Atos dos Apóstolos. As mensagens
cobrem todos os 28 capítulos do Livro de Atos e no final de cada mensagem, você
poderá encontrar links para outras mensagens.
Texto: Atos 2:5—15
Introdução.
A.
Durante
a introdução do livro de Atos — ver sermão 001 por meio dos links mais abaixo —
nós falamos que iríamos enfrentar uma dificuldade muito grande, do ponto de
vista da interpretação desse livro, pelo mesmo ser, em sua maior parte, uma
narrativa de fatos e não um tratado teológico propriamente dito.
B.
Naquela ocasião nós levantamos as seguintes perguntas?
1.
Seria o Livro dos Atos dos Apóstolos uma descrição “ipsis literis” daquilo que
vida cristã deve ser?
2.
E essa descrição, pertinente aos primeiros cristãos, serve como “o modelo” para
todos os cristãos de todas as eras e de todos os tempos?
3.
Devemos, de fato, como é desejo de muitos, ansiar por uma volta às práticas
cristãs primitivas como descritas nesse livro?
4.
Com respeito a essa última pergunta, nós precisamos ainda definir o seguinte: se
vamos adotar as práticas descritas no livro de Atos, quais delas devemos
adotar? Todas ou apenas aquelas que são do nosso interesse e nos agradam?
C.
Precisamos relembrar essas perguntas agora, porque o tema que vamos tratar hoje
é muito importante, porque tem causado controvérsias e divisões no seio da
igreja cristã desde o final do primeiro século da era cristã até aos dias de
hoje.
D.
Entre os muitos movimentos que se abateram sobre a igreja, sob a alegação de
que desejavam conduzir a mesma à pureza das práticas descritas no livro dos
Atos nós vamos encontrar os seguintes:
1.
Os gnósticos, com suas revelações particulares e secretas. Eles nos legaram o
chamado Evangelho de Tomé onde Jesus afirma a Pedro que iria transformar todas
as mulheres em homens, para que elas pudessem herdar a vida eterna.
2.
Os montanistas — c. 156 a.D. — que se tornou na fonte inspiradora de todos os
movimentos entusiastas ou pneumáticos da história da Igreja.
3.
Os espiritualistas medievais que sonhavam com uma igreja diferente da igreja
romana antes da Reforma Protestante. Uma igreja onde todo mundo tivesse uma
comunhão mística com o Espírito Santo. Entre esses nós podemos citar: 1)
Catarina de Siena; 2) Bernardo de Claraval; 3) Boaventura de Bagnoregio; 4) Hildegard von Bingen.
4.
Os movimentos chamados radicais durante a reforma, entre os quais podemos citar
os anabatistas e os Schwarmer.
5.
Os chamados Shakers ou Quacres depois da reforma, que foram acompanhados pelos
movimentos chamados pietistas.
6.
O movimento Wesleyano – Metodismo – e os revivalistas dos séculos XVII e XVIII
na Alemanha, Inglaterra e nos Estados Unidos.
7.
O surgimento de Edward Irving na Inglaterra e de Charles Finney nos Estados
Unidos na primeira metade do século XIX.
8.
Os movimentos de santidade surgidos nos Estados Unidos na segunda metade do
século XIX.
9.
Esses movimentos de santidade produziram, no início do século XX, o chamado
movimento pentecostal com seus desdobramentos posteriores – o movimento
carismático, e o neopentecostalismo com todas as suas “ondas”.
E.
Todos esses movimentos têm em comum a manifestação de carismas pneumáticos e podem
ser caracterizados pelos seguintes pontos comuns:
1.
Alegam que com o início do seu movimento, também teve início o último período
de revelação. Isso quer dizer que se consideram pessoas muito especiais porque
irão auxiliar na manifestação do reino de Deus na terra e ter participação
ativa na vinda de Jesus. Alguns já estão mortos há mais de um século!
2.
São, geralmente, ortodoxos na doutrina, com exceção de erros, muitas vezes
grosseiros, quanto à pessoa e obra do Espírito Santo.
3.
A proximidade do fim do mundo é fortemente enfatizada. Sempre virando a
esquina, mas, na verdade, não!
4.
Padrão de conduta estabelecido é, normalmente, muito severo.
5.
Como o movimento presente é o pentecostalismo com seus desdobramentos
carismático e o neopentecostalismo, iremos fazer referências aos mesmos.
6.
Tais comentários se fazem necessários por dois motivos:
a.
Em primeiro lugar pela alegação feita por esse movimento de que eles estão
certos quanto ao que
afirmam com relação ao batismo com o Espírito Santo e a necessária manifestação
do falar em línguas estranhas — não em outras línguas, mas em línguas estranhas.
Sem esse batismo e essa manifestação o indivíduo é, na realidade, cidadão de
segunda classe do reino de Deus.
b.
Em segundo lugar temos a questão pertinente à verdade. Somos chamados a amar os
irmãos aqui na nossa comunidade, a amar os irmãos de outras comunidades e a
amar até mesmo os ímpios e aqueles que nos perseguem. Mas, acima de tudo somos chamados a
amar a verdade. Não podemos nos esquecer que a
verdade não é um conjunto doutrinário de alguma sorte, e sim, que a mesma se
encontra na própria pessoa do Senhor Jesus e na Palavra de Deus, a Bíblia —
João 14:6
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
João 17:17.
Santifica-os na verdade; a tua
palavra é a verdade.
c.
Temos que amar a verdade mais do que amamos as outras coisas ou pessoas se
queremos, de fato seguir a Jesus. Caso contrário, estamos apenas nos enganando
a nós mesmos.
7.
Diante dessa perspectiva, nós podemos expor a verdade, com todas suas
implicações, acerca do...
DOM
DE FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS
I. O Que Aconteceu no Dia de
Pentecostes.
Já
tivemos a oportunidade de falar na mensagem anterior que aquele dia foi
caracterizado pelos seguintes eventos:
A.
Ouviu-se um som com de um vento impetuoso — não havia vento nenhum, apenas o
som.
B.
Surgiram línguas como de fogo. Não havia nenhum fogo propriamente dito. Apenas
uma aparência do mesmo.
C.
Os apóstolos ficaram
cheios do Espírito Santo — em nenhum momento se diz que eles foram batizados
com o Espírito Santo, nem aqui nem em parte alguma do capítulo 2 de Atos que
descreve tudo que se passou naquele dia.
D.
Cheios do Espírito Santo, os apóstolos passaram a falar em outras línguas. Em
nenhum momento se faz qualquer menção de qualquer língua estranha.
II. Os Visitantes Que Estavam em
Jerusalém para Celebrar o Pentecostes – Atos 2:5, 9—11a.
A.
A Festa do Pentecostes, acerca da qual falamos no sermão anterior, era um dos
três festivais anuais mais importantes entre o judaísmo daqueles dias. As
outras duas eram: a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos.
B.
Por esse motivo, milhares e milhares de peregrinos judeus e prosélitos —
gentios convertidos ao judaísmo — vinham de todos os cantos adorar a Deus em
Jerusalém e participar das festividades — ver Atos 2:5.
C.
Lucas nos apresenta uma lista, relativamente extensa, das nacionalidades desses
visitantes: partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia,
Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da
Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como
prosélitos, cretenses e arábios – Atos 2:9—11a.
III. O Uso que Foi Feito das
Outras Línguas – Atos 2:5—12.
A.
Só para não esquecer:
eles falaram em outras línguas, não porque foram batizados com o Espírito Santo
e sim porque foram cheios com o Espírito Santo — Atos 2:4.
B.
Cheios do Espírito Santo, os apóstolos, apesar de serem reconhecidos como galileus
— provavelmente pelo comprimento do cabelo — começaram a falar em outras
línguas que não conheciam — não em línguas estranhas — ver Atos 2:7. Não se
tratava de nenhum blá, blá, blá estéril.
C.
Eram todas línguas conhecidas!
1.
Verso 6: Cada um os ouvia falar na sua própria língua.
2.
Verso 8: E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
3.
Verso 11b: Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas?
D.
E o que é que eles estavam falando:
1.
Verso 11c: Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de
Deus?
E.
Como podemos ver, sem sombra de dúvida, o Espírito Santo, ao encher os
apóstolos lhes concedeu a capacidade de falar em outras línguas inteligíveis e,
através disso, proclamar as grandezas do que Deus tinha feito através de Jesus
Cristo.
IV. A Reação dos Ouvintes.
A.
A reação inicial das pessoas que ouviram as Boas Novas acerca de Jesus em suas
próprias línguas foi de perplexidade: espanto, admiração. Ficaram atônitos —
ver Atos 2:6 e 12.
B.
Eles se perguntavam: Que quer isto dizer? Ou seja: Qual é o significado disso?
C.
Alguns, como sempre, assumiram uma atitude zombeteira —
Atos 2:13
Outros, porém, zombando, diziam:
Estão embriagados!
V. A Reação de Pedro.
A.
Pedro, o covarde de algumas semanas atrás — negou a Cristo três vezes —
Marcos 14:30
Respondeu-lhe Jesus: Em verdade
te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás
três vezes.
e
por isso, precisou reafirmar seu amor ao Senhor esse mesmo número de vezes —
João 21:15—17
15 Depois de terem comido,
perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes
outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse:
Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a perguntar-lhe pela
segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor,
tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe
perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe
ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes
todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas
ovelhas.
agora
cheio do Espírito Santo, Pedro se levanta para advertir aquelas pessoas. Quanta
Coragem! — ver Atos 1:14.
B.
Suas primeiras palavras enfatizam o fato de que aqueles homens não estavam
embriagados. Como poderiam? Eram nove horas da manhã apenas.
C.
A continuação das palavras de Pedro iremos estudar a partir da próxima
mensagem.
Conclusão:
A.
Essa mensagem de hoje, possui graves implicações sobre o movimento moderno de
línguas. Não é meu interesse julgar nem a sinceridade, nem o coração das
pessoas envolvidas nos movimentos pentecostais, carismáticos ou neopentecostais.
Meu único interesse é confrontar o que esses movimentos ensinam com o que a
Palavra de Deus ensina.
B.
Aqui está um pequeno mapa do tempo do início do movimento Pentecostal até os
dias de hoje:
1.
Só podemos entender o movimento pentecostal se entendermos, por um lado, John
Wesley — final do século XIX — e o metodismo e, por outro lado, os movimentos
de santidade que existiram nos Estados Unidos durante o século XIX.
2.
John Wesley, no final da sua vida, começou a ensinar uma nova doutrina, de que
era possível passar por uma segunda experiência com o Espírito Santo —
diferente da conversão que seria a primeira experiência — e experimentar um
nível de santificação onde a pessoa não peca mais. Ou seja, Wesley começou a
advogar uma segunda experiência santificadora onde a pessoa não pecava mais.
Mas, o que diz a Bíblia?
1 João 1:8, 10
8 Se dissermos que não temos
pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
10 Se dissermos que não temos
cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Essa
idéia ou ensinamento devia ter morrido ali, como apenas uma alucinação de uma
mente doente, ainda que desejasse sinceramente honrar o Senhor.
3.
É evidente que os irmãos metodistas que eram sãos em suas consciências, se
recusaram a propagar esse ensinamento. Mas muitos, por serem mais leais a
Wesley do que à Palavra de Deus, deixaram o metodismo e se tornaram pregadores
independentes dessa esquisita e antibíblica doutrina de santificação absoluta
nessa vida. Quem não gostaria disso? Viver essa vida e não cometer nenhum
pecado nunca mais! Muitos queriam ouvir esse tipo de mensagem e os movimentos
de santidade se multiplicaram atraindo pessoas de todas as denominações:
presbiterianos, batistas, metodistas, episcopais etc.
4.
Em 1897 um grupo de homens brancos e negros fundou a The Church of God in Christ — A
Igreja de Deus em Cristo . Era uma denominação pautada nas idéias dos grupos de
santidade e que mais tarde viria a adotar também as idéias pentecostais de
batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas estranhas.
5.
Nesse cenário surge um pregador itinerante e diretor de uma escola cristã em
Topeka, no estado do Kansas, chamado Charles Parham.
6.
Esse homem era apaixonado por essa ideia de uma segunda experiência com o
Espírito Santo, mas sem essa de santificação absoluta. O que lhe interessava
era a possibilidade de passar por uma segunda experiência com o Espírito Santo.
Suas pregações chamaram a atenção de outro pregador itinerante, William Joseph
Seymour, que frequentou a escola em Topeka por alguns meses. Como Seymour era
negro, ele então era obrigado a assistir as aulas através de uma janela sentado
do lado de fora da sala de aula. Eu acho
maravilhoso esse amor dessas pessoas que alegam serem batizadas com o Espírito
Santo.
7.
Parham saiu de viagem para uma série de pregações e deixou seus alunos
encarregados de lerem o livro de Atos e descobrirem o segredo do poder que
existia na Igreja do primeiro século.
8.
Ao retornar, seus alunos lhe apresentaram um curioso relatório que dizia que: o segredo do poder da igreja
primitiva residia numa realidade que eles chamaram de “Batismo com o Espírito
Santo”, grandemente inspirada pela narrativa de Atos 2.
Parham concordou com essa abordagem e passou a pregar a necessidade dos
cristãos de serem batizados com o Espírito Santo. É óbvio que isso não é ensino
das Escrituras. Fazer esse tipo de afirmação é achincalhar com o Espírito
Santo, que teria deixado a Igreja nas trevas por dezenove séculos até que esta
verdade fosse “descoberta” popr um bando de estudantes da Bíblia, muito mal
orientados.
9.
Ele e seus alunos começaram então a orar e buscar esse batismo com o Espírito
Santo. Não demorou muito e, no primeiro dia de Janeiro do ano 1900, uma de suas
alunas, Agnes Ozman, foi a primeira pessoa a receber esse batismo na era
moderna e a confirmação do mesmo veio através da manifestação de uma capacidade
de falar em línguas estranhas.
10.
Parham mudou-se para o Texas — Houston — onde começou a promover essa nova
doutrina, de uma segunda experiência com o Espírito Santo — chamada de segunda
bênção — agora acompanhada pela manifestação obrigatória do falar em línguas
estranhas.
11.
William Seymour cruzou caminhos outra vez com Charles Parham no Texas, mas não recebeu
o batismo com o Espírito Santo, nem falou em línguas estranhas. Depois de algum
tempo, Seymour partiu para a Califórnia.
12.
Em Los Angeles Seymour assumiu o pastorado de uma pequena congregação que
funcionava em um bangalô de madeira no número 214 da North Brae Avenue.
13.
O público de Seymour era composto por um grupo de empregados domésticos de cor
negra, além de outros que trabalhavam em serviços variados de limpeza em
prédios públicos. Seymour dizia a seus ouvintes que: se eles orassem com
firmeza e desejassem de todo o coração, Deus iria enviar um novo pentecostes
sobre eles.
14.
No dia 9 de Abril de 1906, algo inusitado aconteceu naquele local. Pessoas
começaram a falar em línguas estranhas e danças frenéticas tiveram lugar. A
palavra acerca daquele acontecimento se espalhou rapidamente. Em poucos dias as
multidões eram grandes demais para aquele pequeno salão.
15.
Seymour e os líderes daquela comunidade alugaram uma pequena igreja abandonada
localizada no número 312 da Azuza Street, próxima do local original. Isso se
deu no dia 14 de Abril de 1906. O púlpito da nova igreja era uma pilha de caixa
de sapatos.
16.
O avivamento iniciado ali – conhecido como Azuza Street Revival – continuou 24
horas por dia durante os próximos 3 anos de modo ininterrupto. Pessoas do mundo
inteiro vieram e foram “batizados” com o Espírito Santo manifestando o falar em
línguas estranhas e outras coisas. Muito dos que passaram por essa experiência
retornaram às suas cidades e países levando essa novidade.
17. Muito pregadores dos círculos do movimento de santidade e da The Church of God
in Christ, eram frequentes no púlpito da congregação de Seymour. Charles
Parham, apesar de convidado muitas vezes, apareceu apenas uma vez para pregar
ali.
18.
De longe, Charles Parham, remoia sua inveja contra William Seymour. O sucesso
de Seymour era agravado pelo fato dele ser um homem negro! Parham não conseguia
aceitar que um negro tivesse lhe “roubado a idéia” e feito tamanho sucesso com
ela. O sonho de Parham era começar uma nova denominação, um movimento que
pudesse alcançar o mundo inteiro. Mas ele não conseguia enxergar essa
denominação sendo liderada por um homem negro. Nessa ocasião a The Church of
God in Christ
estava consolidada nas mãos de Charles Hanson Mason, que era também um homem
negro.
19.
Em 1907 a The Church of God in Christ adotou o pentecostalismo formalmente com
o batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas estranhas. Como essas
coisas haviam sido iniciadas por Charles Parham, muitos pregadores brancos
achavam inaceitável que esse “belo” movimento do Espírito estivesse
rigorosamente sob o controle de homens negros, como Seymour e Mason. Então, um
grupo de pregadores brancos abandonou a The Church of God in Christ e fundaram
uma denominação controlada por brancos com as mesmas ênfases: batismo com o
Espírito Santo e falar em línguas estranhas. Essa nova denominação recebeu o
nome de Assemblies of God ou Assembleias de Deus.
20.
Seymour foi abandonado pelos pregadores brancos do círculo de santidade. Sentindo-se
traído ele se entregou ao desânimo e a frequência nas reuniões da rua Azuza
começou a declinar até restarem poucas pessoas.
21.
Seymour, recantou suas próprias convicções acerca do batismo com o Espírito
Santo e o falar em línguas estranhas dizendo que o
verdadeiro batismo com o Espírito Santo era aquele que nos unia todos —
brancos, negros, amarelos e vermelhos — em um só corpo em Cristo Jesus, sem
nenhuma manifestação de falar em línguas estranhas.
Pena. O ensinamento errado já estava consolidado e continuava avançando por
todos os lugares.
22.
Hoje o racismo está consolidado dentro do pentecostalismo estadunidense com a
The Church of God in Christ servindo preferencialmente a negros e as Assemblies
of God aos brancos.
C.
Agora nós precisamos perguntar:
1.
É possível ensinar um Batismo com o Espírito Santo baseado em Atos 2? O que é
que o texto diz — até onde lemos que foi o verso 15 — ? Os apóstolos foram cheios com o
Espírito Santo. Não existe menção do batismo com o Espírito Santo.
D.
É possível ensinar a manifestação de línguas estranhas quando o texto é bem
claro que os apóstolos falaram em “outras línguas” inteligíveis? Aliás, diga-se
de passagem, a expressão “línguas estranhas” não existe na Bíblia. A referência
é sempre a outras línguas, i.e. a línguas inteligíveis.
E.
Não temos o direito de atropelar o que a Bíblia diz para seguir nossas próprias
idéias. Temos que amar a verdade acima de tudo.
F.
Seriam o racismo e inveja, motivos justificáveis para iniciar uma nova
denominação?
G.
Esse pessoal tem muito que explicar.
H.
Quanto a nós, faremos bem se continuarmos fiéis à verdade como apresentada em
Jesus e na Palavra de Deus.
I.
Minha oração é que deixemos de lado toda e qualquer pretensão de querermos ser
mais justos que Deus e, tratemos o erro com a firmeza com que o mesmo precisa
ser tratado.
J.
A fraqueza doutrinária tem sido uma verdadeira praga no meio do movimento
pentecostal desde seu início e tem resultado em todos esses absurdos que vemos
no meio dos chamados evangélicos pentecostais, carismáticos e neopentecostais.
K.
Esses grupos costumam usar o crescimento que têm experimentado nesses últimos
110 anos como justificativa de que se encontram debaixo da bênção de Deus. Se
isso fosse verdade, deveríamos todos nos bandear para a igreja romana, de longe
a maior de todas.
L.
Mas o critério não é o número de membros nem os índices de crescimento e sim,
se o que se ensina está de acordo com as Escrituras Sagradas. A verdade deve
ser nosso último e definitivo parâmetro.
Que
Deus abençoe a todos.
OUTRAS MENSAGENS DO
LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS
SERMÃO 001 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS —
Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2
SERMÃO 002 —
INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS — PARTE 2 — Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2
SERMÃO 003 — A
TRANSIÇÃO DO VOLUME ANTERIOR — Atos 1:1—5
SERMÃO 004 —
A NOVA DIREÇÃO EXPLICADA — Atos 1:6—8
SERMÃO 005 —
A ASCENSÃO DE JESUS — Atos 1:9—11
SERMÃO 006 —
PERSEVERANDO UNÂNIMES — Atos 1:12—26
SERMÃO 007 —
O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 001 — Atos 2:1—4
SERMÃO 008 —
O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 002 — Atos 2:5—15
SERMÃO 009 —
A PROFECIA DE JOEL — Atos 2:14—21
SERMÃO 010 —
O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 001 — Atos 2:22—36
SERMÃO 011 — O
PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 002 — Atos 2:37—41
SERMÃO 012 — A
VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47
SERMÃO 013 —
A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47 — PARTE 002
SERMÃO 014 — A
CURA DE UM PARALÍTICO DE NASCENÇA — Atos 3:1—10
SERMÃO 015 —
A EXALTAÇÃO DE JESUS E A CONDENAÇÃO DOS HOMENS — Atos 3:11—21
SERMÃO 016 — SALVAÇÃO
E REFRIGÉRIO: BÊNÇÃOS DAS DUAS VINDAS DE JESUS— Atos 3:17—21
SERMÃO 017 — JESUS
CUMPRE AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO — Atos 3:22—26
SERMÃO 018 — INÍCIO
DAS PERSEGUIÇÕES — Atos 4:1—22
SERMÃO 019 — A
IGREJA ORA EM COMUNHÃO — Atos 4:23—31
SERMÃO 020 —
A IGREJA VIVE EM COMUNHÃO — Atos 4:32—37
SERMÃO 021 —
ANANIAS E SAFIRA — Atos 5:1—11
SERMÃO 022 — A
COMUNIDADE DOS CRENTES — Atos 5:12—16
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/11/atos-512-16-sermao-021-comunidade-dos.html
Que
Deus abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS.
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já agradecemos a todos.
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