O artigo abaixo me foi enviado
via e-mail por uma leitora do Blog e está sendo publicado com sua devida
autorização. Decidimos pedir licença para publicar o mesmo por sua força
intrínseca que é capaz de comover a qualquer um que passou pelas situações que
a autora descreve ou que têm verdadeiro amor pelas almas — ovelhas perdidas,
feridas, machucadas e etc. Leiam e releiam o texto da irmã Célia para que
possam ser sempre lembrados, dentre outras, dessa verdade aqui:
O pastorado de Jesus é
o que toda ovelha deve desejar profundamente, pois Ele sara suas feridas, Ele
as conduz ao rio de águas vivas e aos pastos verdejantes.
Por Célia Veiga.
Eis a venda! Todos os tipos de
ovelhas. No shopping a céu aberto passeiam aqueles que as compram. São
criteriosos, buscam com empenho aquelas sem defeito.
Ovelhas mansas, que sofrem
caladas são as preferidas, pois obedecem à força do cajado. Pastam quietas sem
exprimir os gemidos pela dor das feridas que sua condição de ovelha lhe
proporcionou. Ao tentar fugir dos lobos, ao correr pelos penhascos
pedregosos...
Outro modelo muito disputado é a
ovelha gorda. Cheia de lã, de carnes, cuja gordura proporciona altos
rendimentos. Aqueles que as compram lutam entre si quando encontram um modelo
desses nas vitrines, pois são difíceis de achar. Elas estão dispostas a pagarem
o preço para que os outros mostrem o quanto eles podem fazer. Talvez alguém
pense o quanto estranho isso parece: elas doarem suas carnes para que seu dono
seja satisfeito.
Para outros nem tanto. Afinal, no
reino animal, sobrevivem os mais fortes enquanto os mais fracos morrem para
alimentar o topo da cadeia!
Há ainda aqueles que gostam de
comprar as ovelhas papagaio, que são tão bonitinhas porque repetem os discursos
que são ensinados. Repetem, repetem, repetem, sem entender patavina, mas
repetem. Elas são engraçadinhas e agradam seus donos, porque normalmente, já
vem com frases de elogios de fábrica, então, além de repetirem os discursos,
ainda emitem sons que alimentam o orgulho daqueles que as compram, dizendo o
quanto são sábios, bonitos, representantes de Deus na terra eles são. Não
importa que essas ovelhas não entendam o que elas mesmas dizem ou o que seus
donos dizem. Isso é irrelevante para quem gosta de ser paparicado, de ser
reconhecido pelas ovelhas como seu próprio salvador, que a tirou do shopping e
lhe deu abrigo.
Pode-se ainda encontrar nesse
shopping, ovelhas mais burras que o normal de ovelhas. Essas são as que além de
todos os atributos de ovelhas, ainda são capazes de dar sua vida pela vida de
seu dono. Pode isso demonstrar amor? Não, pois a ovelha foi criada pra ser
pastoreada e não para alimentar com sua carne a ganância de seus donos.
Contudo, existe um estoque de
ovelhas, promoções das mais tentadoras, mas que parecem não atrair os olhares
dos usuários desses shoppings. Pilhas e pilhas de ovelhas encalhadas porque
essas, ah, essas são defeituosas, não servem ao sacrifício.
São manchadas pela vida que
levaram, são ovelhas que berram, são ovelhas difíceis de domar, são aleijadas,
podem ter atributos novos de fábrica, como a mais recente inovação, ovelha que
pensa, essas então, encalharam nas prateleiras, ninguém as compra.
Me lembra Jesus virando as mesas
do templo. Aquele shopping a céu aberto, onde as ovelhas do sacrifício eram
escolhidas.
Quando Cristo deu sua vida, Ele
disse que é o bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas e disse ainda que
não lança fora aquelas que lhe são entregues, mas algumas ovelhas
insistem em recusar o pastorado de Jesus sobre suas vidas e se vendem aos
homens. Homens nunca farão por nós o que Ele fez. Pensemos ovelhas!
Ainda que a estante isolada seja
o seu lugar, porque não veio de fábrica com as funções atrativas para essa
geração, Cristo não quer ovelhas para alimentá-lo, para enriquecê-lo nem para lhe
dar poder. Ele não se alimenta de ovelhas, não precisa de riquezas e não somos
nós que lhe damos poder, seu poder vem do Pai, que fez os céus e a terra.
O pastorado de Jesus é
o que toda ovelha deve desejar profundamente, pois Ele sara suas feridas, Ele
as conduz ao rio de águas vivas e aos pastos verdejantes.
Sei que palavras como essa
parecem duras e podem trazer sentimentos de rejeição ao tema, mas este texto
resolvi escrever em resposta a um sem número de pessoas tristes, desiludidas
com a religião cristã, porque vinculam e naturalizam a atuação de lideranças
eclesiásticas como a representação do próprio Deus na Terra, o que pode não
constituir a "verdade absoluta" contida na pregação de tantos.
Contudo, conheço alguns que se
esmeram em cuidar das ovelhas, aliás, a única prerrogativa indispensável a um
pastor, pois todas as outras podem ser aprendidas quando existe um profundo
amor às vidas.
Esses merecem todo louvor, pois
desempenham árdua missão, que é solitária, invisível, incomparável e resultado
da renúncia da própria vida. Longe do brilho dos cultos, mas próximos à dor dos
que perderam entes queridos, à tristeza dos que estão doentes, a sofrer as
lutas do pai de família desempregado, da adolescente grávida, dos inúmeros
casamentos desfeitos, da luta contra os vícios, ou daqueles que apenas precisam
de amparo, de ensino bíblico, de um conselho para vida, fazendo do pastorado sua
missão e não sua profissão.
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
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