Por José Barbosa Junior (redator
e organizador)
35 - A participação de cristãos e
pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a
simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem
servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de
Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se
irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2
Co 6.14)
36 - Rejeitamos a idéia do
messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um
"justo" (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja
evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade,
pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é
deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos
pelo poder terreal. (Jo 18.36)
37 - Que os púlpitos não sejam
transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor
induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua
preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia
política entre o rebanho. (Gl 1.10)
38 - Que as igrejas recusem ajuda
financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de
zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)
39 - Que os membros das igrejas
cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a
recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)
40 - Negamos, veementemente, no
âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós,
cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo
nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por
nossos representantes. (Mt 22.21)
41 - O versículo bíblico
"Feliz a nação cujo Deus é o Senhor" não deve ser interpretado sob
olhares políticos como "Feliz a nação cujo presidente é evangélico" e
nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl
144.15)
42 - Repugnamos veementemente os
chamados "showmícios" com artistas evangélicos. Entendemos ser uma
afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando
hinos de "louvor a Deus" para angariarem votos para seus candidatos.
(Ex 20.7)
43 - Cremos que o Reino também se
manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma
religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde
quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)
44 - Nenhum pastor, bispo ou
apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é
inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem
possui a "patente" de Deus para as suas próprias palavras. Portanto,
estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que
não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)
45 - Ninguém deve ser julgado por
sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes
quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de
Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja
exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)
46 - Que nenhum pastor, bispo ou
apóstolo se utilize do versículo bíblico "não toqueis no meu ungido",
retirando-o do contexto, para tornarem-se inquestionáveis e isentos de
responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez
34.2; 1 Cr 16.22)
47 - Que ninguém seja ameaçado
por seus líderes de "perder a salvação" por questionarem seus
métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de
Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do
sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma
ovelha escapará. (Jo 10.28-29)
48 - Que estejamos cada vez mais
certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre
de erguermos "palácios" para Deus dê lugar à simplicidade e humildade
do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo.
(At 7.48-50)
49 - Que nenhum movimento,
modelo, ou "pacote" eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de
Deus, e nem recebido como a "solução" para o crescimento da igreja.
Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob
Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)
50 - Que nenhum grupo religioso
julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu
"mover". Nem sempre crescimento numérico representa crescimento
sadio. (Gl 6.3)
51 - Que a idolatria evangélica
para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como
um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e
a "tietagem" evangélica sejam vistos como uma afronta e como
tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At
10.25-26)
52 - Reafirmamos que o véu, que
fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo
quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de
Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm
2.15)
53 - Que os pastores, bispos e
apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem
suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade
financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não
abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)
54 - Não reconhecemos a
autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas
para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus,
sobre este assunto. (Mc 13.32)
55 - "O profeta que tiver um
sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que
pregue a Palavra de Deus." Que sejamos sábios para não misturar as coisas.
E as profecias, ainda que não devam ser desprezadas, devem ser julgadas,
retendo o que é bom e descartando toda forma de mal. (Jr 23.28; 1 Ts 5.20-22)
56 - Que o ministério pastoral
seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que
exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças,
com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos
homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)
57 - Que os cânticos e hinos
sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do
singular (EU). (Jo 3.30)
58 - Que ninguém seja obrigado a
levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado,
pular, dançar..., mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas
coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)
59 - Que as nossas crianças vivam
como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos,
violentando a sua infância e fazendo com que se tornem "estrelas" do
evangelho ou mesmo "produtos" a serem utilizados por aduladores e
pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com
"atrações" curiosas, como "a menor pregadora do mundo",
etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)
60 - Que as "Marchas para
Jesus" sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão
sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e
aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)
Continua...
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.
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