Manifestação na Alemanha contra a "islamização do Ocidente"
Quando Paulo cruzou o Helesponto
também chamado de Estreito de Dardanelos e passou da Ásia para a Europa,
chegando à cidade de Filipos, teve início à pregação do Evangelho da Graça de
Deus no continente europeu. Mas o que nos chama a atenção é que nesses dois mil
anos de existência na Europa, a fé cristã conseguiu progredir muito pouco.
Desde cedo a mesma foi tomada por falsos senhores que afastaram o povo do
verdadeiro Senhor, que é Jesus Cristo. A subversão foi sempre muito
escandalosa. Como prova do que estamos dizendo queremos apresentar duas
afirmações muito importantes acerca desse desvio, praticamente sem volta, da fé
cristã nisso que passou a ser chamado de cristandade. Quando usamos esse termo “cristandade”
a nossa intenção é denunciar essa religião falsa, espalhada pelo mundo, que se
auto-intitula de cristã. Eis as duas afirmações:
1. “A cristandade é um esforço da
raça humana para voltar a andar de quatro, de se livrar do Cristianismo, mas
fazê-lo de modo classudo sob o pretexto de que é a representação do verdadeiro
Cristianismo, clamando que este é o Cristianismo aperfeiçoado.”[1]
2. “Como foi possível dentro da
história do Cristianismo, o surgimento de uma sociedade, de uma cultura e de
uma civilização até, que são o exato oposto daquilo que podemos ler na Bíblia,
seja na lei de Deus, nos profetas, nos ensinos de Jesus ou nos escritos de Paulo?”[2]
Essas duas afirmações são suficientes
para deixar claro o distanciamento experimentado pela chamada cristandade da
Pessoa do Senhor Jesus Cristo, de Deus, o Pai e do Espírito Santo de Deus. E
vemos isso, de forma muito característica no continente chamado Europeu. Um
continente com quase 2000 anos de história “cristã”.
O artigo abaixo foi publicado no
site da revista Carta Capital e é de autoria de Gianni Carta.
A
xenofobia cresce na Europa
A extrema-direita em toda a União
pretende barrar ou expulsar imigrantes
Por Gianni Carta
Dois eventos na segunda-feira 15/12/2015
não poderiam ser mais colidentes. Em Paris, o presidente François Hollande
finalmente inaugurou o Museu da Imigração, criado sete anos atrás. Em Dresden,
na Saxônia, o Pegida, sigla para “Patriotas europeus contra a islamização do
Ocidente”, aglutinou 15 mil manifestantes, entre eles vários jovens neonazistas.
Em uníssono, a multidão gritava: “Basta com a Sharia (lei islâmica) na Europa”.
Detalhe: na Saxônia há 2,1% de estrangeiros, dos quais 0,1% é de muçulmanos.
Um terceiro evento, marcado para
sábado 20, em Milão, é também contraditório diante do simbólico gesto de
Hollande. Trata-se de um encontro do Movimento Nacionalista dos Povos Europeus,
composto de legendas e grupos de extrema-direita de toda a Europa. Os holofotes
serão jogados sobre Udo Voigt, líder do Partido Nacional Democrata Alemão, ou
NPD, e, desde maio, deputado em Bruxelas. Em 2004, Voigt, de 62 anos, foi
condenado por ter dito: “Não há dúvidas, Hitler foi um grande estadista
alemão”.
A xenofobia está, mais uma vez,
em ascensão no Velho Continente. Em comum, a extrema-direita quer barrar ou
expulsar imigrantes e aqueles em busca de asilo. Pretende pôr um fim no acordo
de Schengen, que permite a livre circulação de cidadãos europeus por 26 países.
Almejam a eliminação do euro e, por tabela, o naufrágio da União Europeia para,
e assim, reaver maior autonomia nacional. A crise econômica, é claro, faz
eleitores de diferentes tendências ideológicas migrar para os partidos de
extrema-direita.
Por essas e outras, integrantes
de partidos de centro-direita, como o UMP, e seu líder Nicolas Sarkozy, candidato
à Presidência em 2017 na França, adotam o discurso. O principal alvo, quiçá o
mais fácil no contexto de “perda de identidade”, é o estrangeiro. Motivo: ele
oferece a face a uma mescla de temores. Resumiu na segunda-feira 15 Hollande:
“Os estrangeiros são sempre acusados dos mesmos males... São sempre os mesmos
preconceitos, as mesmas suspeitas invariavelmente impingidas”. Até numerosos
cidadãos de países escandinavos, outrora considerados tolerantes, passaram a
colocar estrangeiros na cruz.
Segundo enquetes de intenção de
voto, o Partido do Povo Dinamarquês (PPD), de extrema-direita e liderado por
Kristian Thulesen Dahl, estaria na dianteira nas eleições legislativas que
poderão ocorrer a qualquer momento. O Partido Social-Democrata, da premier Helle
Thorning-Schmidt, figura nas pesquisas em terceiro lugar com 19,8% dos votos.
Em primeiro, o PPD, com 21,2%, seguido pelos Liberais, com 20,9%. Uma aliança
entre PPD e Liberais não pode ser descartada. Na Noruega, o Partido do
Progresso está no governo desde as legislativas de 2013. Siv Jensen, ministra
das Finanças, faz campanha contra a “crescente islamização” do país. Já na
Suécia, a legenda Democratas Suecos, igualmente anti-imigração, obteve um
acréscimo de 13% dos votos no Parlamento em eleições realizadas há poucos
meses. Por não conseguirem ter impacto sobre o governo, defrontaram-se com o
impasse e um novo pleito foi marcado para março.
Desde as eleições legislativas de
2010, o Partido para a Liberdade (PVV), do controverso Geert Wilders, é o terceiro
da Holanda. Com sua juba prateada, Wilders, de 51 anos, chama o Islã de
“religião totalitária”. Não escasseiam líderes a condenar extrapolações da
extrema-direita. No entanto, governos de centro-direita, e mesmo de
centro-esquerda, são confrontados por outras siglas de suas alianças. A
chanceler alemã, Angela Merkel, condena
o Pegida por “agitação e difamação”. Por sua vez, o ministro social-democrata
da Justiça, Heiko Maas, chamou o movimento de “uma desgraça”. No entanto, a
legenda de centro-direita da Bavária, União-Social Cristã (CSU), a integrar a
aliança de Merkel, alega que Heiko Mass “denegriu maciços protestos pacíficos”.
A CSU já havia causado polêmica ao dizer que estrangeiros deveriam falar alemão
até em casa, mas acabou por retratar-se. Bernd Lucke, do Alternativa para a
Alemanha (AfD), afirmou: “Várias das demandas deles são legítimas”.
O premier italiano de
centro-esquerda, Matteo Renzi, dirige o país em aliança com a direita. O
ministro do Interior e líder da Nova Centro-Direita, Angelino Alfano, anunciou
a repressão a camelôs e feirantes de praias, quase sempre estrangeiros. Do seu
canto, a Liga Norte deixou de ser separatista sob a liderança de Matteo
Salvini, de 41 anos. No entanto, para Salvini o grande inimigo é o estrangeiro.
O ex-premier Silvio Berlusconi flerta com Salvini para formar uma aliança nas
próximas eleições, mas terá de deixar de fazer pactos com Renzi, como o da
reforma do sistema eleitoral. Salvini, sublinhe-se, foi hábil ao não aceitar o
convite para participar do encontro do Movimento Nacionalista dos Povos
Europeus, em Milão. Rejeição nada apreciada por Roberto Fiore, anfitrião do
evento e líder do Partido Força Nova. Ex-parlamentar em Bruxelas, quando
substituiu Alessandra Mussolini, em 2009, Fiore simpatiza com o fascismo.
No caso do trabalhista Ed
Milliband, líder da oposição britânica ao governo conservador do premier David
Cameron, parece ser preferível, às vésperas de legislativas em 2015, evitar o
delicado tema “imigração”. Diante da força crescente do Partido de
Independência do Reino Unido (UKIP), de Nigel Farage, Cameron agendou um
referendo para renegociar a permanência do país na União Europeia em 2017.
Na segunda, Hollande evocou
imagens fortes de sucessivas ondas migratórias a pontuar a história da França.
E, assim, lançou sua campanha para 2017. Não deu nomes aos bois, ou aos
“demagogos”. Eles são Sarkozy e Marine Le Pen, a líder do Frente Nacional. Le
Pen reconheceu o Holocausto negado pelo pai, mas luta contra a “islamização da
França”. Como escreveu Carine Fouteau, do website Mediapart, se Hollande
tivesse feito esse discurso a favor da imigração no início de seu mandato, as
perspectivas seriam outras. Agora é tarde. “Hollande luta contra oponentes
munidos de armas reais.” Segundo as pesquisas, Le Pen venceria Hollande no
segundo turno.
O artigo original de Carta
Capital, poderá ser visto por meio do seguinte link:
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
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