O material abaixo é de autoria da
jornalista Rquel Elana e foi publicado no site Gnotícias.
Porque
a Igreja Brasileira ignora o genocídio de Cristãos no Oriente Médio?
Por Raquel Elana
Por que uma igreja que movimenta
mais de 15 bilhões de reais por ano em produtos Gospel e que demonstra poder
midiático e político suficientes para provocar mudanças “sociais” quando há
interesse, simplesmente ignora o genocídio de cristãos e minorias que estão acontecendo
neste momento no Oriente Médio?
De riqueza milenar e histórica, o
Oriente Médio é considerado sagrado para as 3 maiores religiões monoteístas do
mundo. Para os que procuram entender as Escrituras de forma prática, a
importância desta região é ainda maior, pois aponta para acontecimentos futuros
e novos modelos de mundo.
É aliás, por esta “nova ordem
mundial” que a fachada da luta contra o terrorismo tem funcionado bem. Hoje as
riquezas petrolíferas de nações como Iraque e Líbia estão nas mãos da elite
mundial. Nestes países a ação dos aliados foi rápida, certeira e destruidora.
Entretanto, quando se trata de países onde a riqueza é a localização
estratégica (no caso da Síria), deixar que civis sejam sacrificados e
exterminados, parece bem cômodo.
Um dia, um pai sírio me
perguntou:
– Rahil (Raquel) por que o mundo
não faz nada para parar isto?
Como pessoas de consciência não
se importam conosco?
Este senhor havia atravessado a
fronteira, escapado a pé com sua família e sobrevivido as crueldades do
deserto. Sua casa não mais existia. Além do bombardeio, tinha testemunhado a
morte de crianças e mulheres de forma maligna. Enquanto falava comigo, podia
sentir sua indignação. Mas sua indignação também era a minha. Eu, no entanto,
já sabia a resposta.
Como missionária no Oriente,
tenho me assustado (ou talvez nada mais me assuste) com a indiferença que
grandes ministérios demonstram com a causa entre as nações e da perseguição
histórica contra cristãos. Falo dos grandes “ministérios” porque são estes que
tem o poder de influenciar, mas que a cada dia demonstram ganância, alienação e
arrogância que só afastam o povo do verdadeiro sentido do Evangelho.
Eternas campanhas “proféticas”,
guerras midiáticas pela moral da família, vendas de amuletos e muita extorsão
financeira é o que recheiam as programações evangélicas. Falta Palavra, falta
Evangelho, falta doação, falta compaixão…
A verdade é que não pode existir
uma comunidade saudável ou uma igreja saudável sem que haja doação e sacrifício
pelos que estão perto e pelos que estão longe. Entretanto, falar da atuação
missionária para uma Igreja doente é perder tempo.
A verdade é que há muito
marketing até mesmo entre os chamados ministérios missionários. Postar fotos,
ter um dia de oração ou menções em shows (quase não existem) não são
suficientes para provocar uma reação compatível com a força da igreja
brasileira pelo Oriente Médio. Digo pelo Oriente porque nossa missão não é
somente pelos Cristãos perseguidos, mas pelos muçulmanos e todos que estão
padecendo.
Um tempo de vergonha
Vergonha e tristeza é o que eu
sinto ao lembrar do descaso que nossa igreja demonstra à Missão e aos
missionários. Países onde a igreja é menor, chegam a enviar 100% a mais de
missionários e contribuições pelo mundo.
O pior é que este quadro não deve
mudar, a menos que haja uma conversão no coração destes que se apostataram e se
venderam a Mamon (e o fizeram em Nome de Deus).
Mas você enquanto lê este artigo
pode fazer a sua parte! Comece orando e pedindo a Deus como se envolver na
salvação das nações!
Que o Senhor tenha misericórdia
dos povos do Oriente e salve muitos. Que os missionários sejam encorajados e
fortalecidos, pois nossa esperança está posta em Deus.
"As opiniões ditas pelos
colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não
representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."
Raquel Elana, formada em
Teologia, Pós Graduação em Jornalismo Político/ (Jornalista – MTb 15.280/MG) e
Ministérios Criativos pelo IBIOL de Londres, é autora de 3 livros, entre eles:
Anjos no Deserto - uma coletânea de testemunhos dos seus quase 10 anos de
trabalho no Oriente Médio. Desde o ano passado está envolvida com o trabalho de
atendimento aos refugiados da guerra civil da Síria. Veja este vídeo de
divulgação para conhecer mais sobre nossas famílias e como desenvolvemos o
serviço.
O artigo original poderá ser
visto por meio do seguinte link:
OUTROS ARTIGOS ACERCA
DA IGREJA PERSEGUIDA
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
link:
Desde já agradecemos a todos.
Pastor Alex, o senhor está corretíssimo. Sua definição é exatamente essa. Estamos, realmente, brincando de igreja. E pior, não estamos nem mesmo sabendo brincar. Como se não bastasse tudo isso que o senhor mencionou, existem pessoas que confundem uma pretensa "autoridade 'espiritual'" e/ou "autoridade 'eclesiástica'" com a mais pura, simples, e grosseira falta de respeito. Confundem "querer o 'bem'" com se achar no direito de impor o que se considera "bem", de simplesmente encher o saco, dizendo o que se deve fazer, como se deve agir, pensar, sentir, falar. Enfim, querem mudar o jeito de ser uns dos outros na pressão, quase que na base da porrada. E isso NÃO TEM NADA A VER com o que JESUS ensinou. Com a igreja sofredora, perseguida, ninguém se importa, por que essa não está na "moda". Como se DEUS seguisse alguma "moda" humana. Por que não fazer uma campanha de oração por essa igreja que, em pleno século 21, sofre perseguição, em vez de se estressar com o jeito de ser uns dos outros. Eles sofrem perseguição em países dominados pelas formas de governo mais ditatoriais, em países dominados por seitas satânicas, em especial, países dominados pelos adoradores do demônio chamado Alá. E, do lado de cá, o povo só quer saber de "prosperidade". E quem estiver sendo perseguido que se dane.
ResponderExcluir