Titanic - Uma perfeita descrição do futuro do povo chamado evangélico no Brasil
Ministérios da Igreja
I - Uma
Herança Amarga – Nosso Modelo Importado – Os Colonizadores vêm em nome de Deus.
(No Brasil, as
igrejas de origem reformada — luterana, presbiteriana, menonita, anglicana e
etc. —, bem como as de origem evangélica — metodistas, batistas,
congregacionais e etc.—, ainda, nos dias de hoje, estão devendo o
desenvolvimento de uma teologia e prática que reflitam um entendimento do Novo
Testamento aplicado às condições brasileiras. Ainda hoje funcionamos, em grande
parte, influenciados pela herança que recebemos dos missionários estrangeiros,
principalmente aqueles vindos da América do Norte[1].
É da maior importância que o leitor esteja informado que este trabalho pode lhe
ser grandemente ofensivo se o mesmo for americanófilo[2].
O resultado desta influência tem se revelado no reducionismo que podemos ver
nas igrejas em que o cristianismo foi identificado com um padrão de vestimenta,
mais adaptado aos climas do hemisfério norte, e a um padrão de conduta reduzido
a não fumar, não beber e não frequentar bailes ou cinema. De fato, alguns
críticos[3],
têm indicado que a única pergunta que realmente importa neste tipo de
Cristianismo é: ”Você já aceitou a Jesus como seu Salvador pessoal?” Na segunda
parte do século XX vimos uma aceleração no processo de degeneração da verdadeira
fé cristã, no Brasil, por dois motivos principais.
O primeiro foi a grande expansão da pregação do
evangelho motivada e financiada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos
da América como uma forma de conter a expansão comunista em toda a América Latina[4].
O raciocínio por trás daqueles que eram sustentados por tal iníqua aliança era
a de que os fins — a pregação do evangelho —), justificavam os meios — o
dinheiro vindo do contribuinte estadunidense via Departamento de Estado.[5]
De fato, juntamente com a pregação do evangelho se advogava o capitalismo
estadunidense e seu expoente maior que é “o american way of life”, — ainda hoje
existem inúmeros missionários estadunidenses que acreditam, piamente, que o
padrão ou forma de vida deles é a melhor que existe! A pregação posta em
prática, por tais homens e mulheres, em sua grande maioria, era eivada de
enorme hipocrisia, já que os missionários estrangeiros viviam de forma
nababesca —quando comparados à maioria do nosso povo —, ao passo que pregavam o
evangelho às classes paupérrimas deste Brasil. A situação era tão ridícula que
guardo na lembrança dois comentários feitos por dois irmãos em momentos
distintos. O primeiro, comentando a contradição inerente acima mencionada,
disse que: “os missionários americanos ensinavam às lavadoras de roupas nas
beiras dos rios acerca dos benefícios físicos de se lavar as roupas com as
próprias mãos. E que, para serem melhor ouvidos, costumavam proferir tais ensinos
com um pé em cima duma máquina de lavar e o outro em cima duma máquina de secar”.
O segundo irmão não conseguiu evitar o impacto que sentiu ao visitar a Estância
Palavra da Vida e após ver as casas de vários missionários falou em tom
zombeteiro que “na próxima encarnação gostaria de voltar como missionário estadunidense
para o Brasil”.
O controle da expansão do Evangelho no Brasil,
durante todo o século passado e ainda no início deste novo, esteve firmemente
seguro pelos estrangeiros, pois eles controlam o grosso do dinheiro bem como as
instituições educacionais e as editoras. Ests controle é exercido de maneira
cabal. Qualquer voz discordante ou mesmo crítica será devidamente silenciada.
Centenas, milhares talvez, de jovens brasileiros dispostos a servir o Senhor
foram brutalmente massacrados porque ousaram desafiar os donos do poder[6].
Nossas práticas religiosas refletem claramente os conceitos de colonizadores e
colonizados. O resultado direto desta dominação pode ser visto, de maneira
exemplar, na história editorial das casas publicadoras da segunda metade do
século passado. Nesta história temos que destacar que a grande maioria das
editoras chamadas evangélicas, pelo menos as mais relevantes, foram e muitas
delas continuam sendo controladas por estrangeiros, estadunidenses, em sua
grande maioria.[7]
Assim, em parte pela nossa própria fraqueza e em parte pela situação que
estamos descrevendo, nos foi imposta uma ditadura literária que tem dominado o
cenário e comandado a teologia que se praticou nos últimos 70 anos.
Começando com o boom causado pelo livro de Ray Stedman
— A Igreja Corpo Vivo de Cristo —, e passando por Hal Lindsey —A Agonia do
Grande Planeta Terra — e todos os falsos mestres que saíram do Seminário de
Dallas, os quais inundaram o mercado com seus livrinhos acerca das profecias
bíblicas, que usaram e abusaram da instabilidade no Oriente Médio para vender
milhões de livros; por Larry Coy e seu curso “Conflitos da Vida” que ensinava
que a autoridade estava baseada em uma estrutura hierárquica militarizada, que
foi muito bem apropriada pelos estrangeiros, que sempre se consideraram os
“oficiais”, enquanto nós não passávamos de “soldados rasos” e onde não havia
espaço para o ensino genuinamente cristão da autoridade baseada na atitude de
serviço; por James Dobson e seus ensinamentos baseados exclusivamente no bom
senso, sem nada de novo, portanto; por Tim e Beverly LaHaye que
espiritualizaram os conceitos Socráticos dos temperamentos e tentaram nos
ajudar a fazer sexo melhor — Temperamentos Transformados pelo Espírito e O Ato
Conjugal —; por Juan Ortiz, que foi o primeiro idealizador dos cultos diários e
dos grupos de células, ainda que ele não tivesse usado tal terminologia; por
Peter Wagner e suas teorias acerca do crescimento da igreja baseado no que ele
mesmo chamava de um “novo fundamento”; por James Kennedy e seu (ai) Evangelismo
Explosivo; por Robert Schüller e o Pensamento da Possibilidade que ressuscitou
as idéias já mortas de Norman Vincent Peale; por John Wimber que associado a
Peter Wagner nos brindou com o Evangelismo de Poder, reeditado recentemente por
Jack Deere — Surpreendido pelo Poder do Espírito —; por Rebecca Brown, Rick
Joyner, o romancista Frank Peretti e novamente Peter Wagner que nos ensinaram
tudo que sabemos acerca de batalha espiritual, endemoninhamento de cristãos,
quebra de maldições e demônios territoriais; por Kenneth Hagin Sênior e Júnior
e Kenneth e Gloria Copeland que foram no século XIX e ressuscitaram o
neo-gnosticismo de E. W. Kenyon. Não dá sequer para dizer que eles plagiaram já
que tudo não passa de cópia dos escritos de Kenyon mesmo[8];
por Bill Hybels e Rick Waren que tentam reciclar as teorias de Peter Wagner
acerca do crescimento da Igreja mediante o que está sendo chamado de
“evangelismo efetivo”, com ênfase na igreja para a classe média e um verdadeiro
flerte com a modernidade onde se procura fazer a “igreja crescer” através da
utilização de práticas gerenciais, do marketing, das ciências do comportamento
humano e das comunicações; e finalmente, por César Castellanos e suas teorias
acerca de sonhar e ganhar o mundo. É curioso notarmos que este período começa
com um autor — Ray Stedman — que chamava o bendito Espírito Santo de “o poder
da ressurreição” e termina com outro — César Castellanos — que O chama de “o
especialista”. E eu me atrevo a perguntar: o que há de errado com a expressão
CONSOLADOR? Agora, em tempos mais recentes, tomamos conhecimento de um livro
escrito por Peter Jones[9]
— um inglês radicado nos Estados Unidos e que tem uma agenda política bem
definida — que chama de “esquerda espiritual” tudo que está associado à Nova
Era, doutrinas que vão do neo-gnosticismo, ao xamanismo, ao espiritismo e etc.
Ou seja, tudo que não presta é de “esquerda”! Estariam de volta as relações
inconfessáveis? Ou nosso autor é apenas um inocente imbecil nesta argumentação?
Entre suas pérolas gostaria de destacar a seguinte: Peter Jones chama de
“namorico” o relacionamento promíscuo que existia entre a primeira dama Nancy
Reagan — ela pertence à direita política — e os astrólogos que pululavam dentro
da Casa Branca quando seu marido era o presidente dos Estados Unidos; por outro
lado ele chama de “bruxaria” as sessões espíritas promovidas por Hillary
Clinton — ela é considerada como pertencente à esquerda política — quando seu
marido era o presidente. Não senhor Jones, as duas mulheres, certamente
praticaram coisas detestáveis ao Deus verdadeiro e seus maridos, os
ex-presidentes Ronald Reagan e William (Bill) Clinton, seriam, nas palavras do professor
do Massachusetts Institute of Technology, Noam Chomsky, enforcados, se fossem
julgados por crimes praticados contra a humanidade pelos mesmos critérios
usados no tribunal de Nuremberg, que julgou os nazistas após o término da
Segunda Guerra Mundial![10]
Mas isto não é tudo. Peter Jones acredita piamente que a Cristandade e a
Civilização Ocidental são dignas de serem preservadas já que, na opinião dele,
a Civilização Ocidental está edificada sobre a estrutura da civilização bíblica
e do teísmo cristão. Será mesmo?
Além de tudo o que mencionamos até aqui, a última
onda importada diretamente das terras do Tio Sam são os livros da assim chamada
“auto-ajuda”. Esses livros procuram imitar e repetir o sucesso que tais obras
fazem na cultura mundial. Ou seja, estamos tentando imitar o mundo porque o que
o mundo faz é bem sucedido, vende e dá lucro. No meio de tudo isto, não podemos
nos esquecer da influência deletéria de falsos messias como Jimmy Swagart que
foi flagrado duas vezes com prostitutas, uma vez no estado de Louisiana e outra
no estado da Califórnia, enquanto pretendia ser o maior evangelista do mundo;
ou simplesmente canalhas mesmo, como Pat Robertson do Clube700, que levantou um
império de comunicações com dinheiro de ofertas de irmãos do mundo inteiro,
inclusive do Brasil, para depois vendê-lo para a Rede FOX e embolsar os US$ 250
Milhões como se lhe pertencessem.
Temos ainda que destacar que nos poucos, últimos
anos, uma plêiade de editoras surgiram no horizonte das publicações evangélicas
no Brasil. Como são todas empresas privadas não temos muitas informações acerca
das mesmas. Acompanhando uma conferência aqui ou uma convenção ali ficamos
sabendo que quase todas elas são controladas por estadunidenses ou por
brasileiros que já foram, no passado, empregados daqueles. Pela qualidade das
publicações fica bem evidente a intenção meramente comercial do que é
publicado, chegando ao cúmulo de duas editoras publicarem um mesmo livro — livros
em domínio público — com títulos levemente diferentes. Hoje também podemos
notar que várias editoras gerais têm desenvolvidos áreas para cuidar apenas de publicações
voltadas para o público chamado evangélico.
.
O segundo
motivo foi o surgimento de vários movimentos, libertos da influência
administrativa dos estrangeiros, mas ainda dependentes daqueles teologicamente,
que imaginaram criar movimentos autóctones. Estes novos senhores feudais
nacionais, se apropriaram do que de pior existia nas práticas dos estrangeiros
e submetem nosso povo a uma tirania tão brutal como a que nos foi imposta por
aqueles. Entre estes podemos citar, por um lado, os defensores de velhas
heresias, já devidamente condenadas na história da igreja, como as Igrejas “Universal
do Reino de Deus, Sara Nossa Terra, Internacional da Graça de Deus. Igreja
Mundial do Poder de Deus, Assembleia de Deus Vitória em Cristo e erc.,” que
seguem de maneira apaixonada os ensinos heréticos do neo-gnosticismo de E. W.
Kenyon. Por outro lado, nós encontramos invencionices modernas como a chamada
“batalha espiritual”, para não mencionarmos as elucubrações revelatórias de
movimentos como o G-12 que trazem ensinos nunca antes ouvidos como o da
“cobertura espiritual”, por exemplo. Uma terceira onda é representada por Bill
Hybels e Rick Warren, que advogam uma versão mais leve da pregação do evangelho,
e acreditam que existem pessoas que estão “buscando” Deus, apesar da ênfase
bíblica de que “não há quem entenda, não há quem busque a Deus” — Romanos 3:11.
Por estes motivos, continuamos raquíticos e
despersonalizados. De fato, como todo o resto da Cristandade, nós estamos
perfeitamente encaixados na descrição feita pelo filósofo e profeta dinamarquês
Søren Kierkegaard quando disse: ”O
Cristianismo da Cristandade tira do Cristianismo a ofensa, o paradoxo, etc., e
no lugar deles introduz a probabilidade, aquilo que pode ser compreendido de
maneira plena. Isto é, transforma o Cristianismo em algo inteiramente diferente
daquilo que ele é no Novo Testamento, sim em algo que é exatamente o oposto.
Este é o Cristianismo da Cristandade, de nós os homens”[11]. E nós temos vivido este tipo
de Cristianismo por muito tempo. Seja porque somos administrados por
estrangeiros com intenções inconfessáveis, seja porque nos submetemos a
verdadeiras heresias ou modismos, não somos capazes de desenvolver uma teologia
bíblica e uma teologia educacional que seja ao mesmo tempo neo-testamentária e
voltada à satisfação das nossas necessidades. E os motivos desta nossa
incapacidade serão discutidos nos próximos artigos.
CONTINUA...
OUTROS ESTUDOS ACERCA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
001 — A EXCELÊNCIA DA VIDA PESSOAL DAQUELES QUE DESEJAM ENSINAR — PARTE 001
002 — A EXCELÊNCIA DA VIDA PESSOAL DAQUELES QUE DESEJAM ENSINAR — PARTE 002
003 —A EXCELÊNCIA DA VIDA PESSOAL DAQUELES QUE DESEJAM ENSINAR — PARTE 003
004 — A IMPORTÂNCIA DA ALIANÇA COM DEUS
005 — OS ALVOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
006 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 001 — INTRODUÇÃO — OS COLONIZADORES VÊM EM NOME DE DEUS
007 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 002 — NOSSAS ESCOLAS TEOLÓGICAS
008 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 003 — IGREJAS CORPORATIVISTAS E INSTITUCIONALIZADAS E EDUCAÇÃO CRISTÃ PADRONIZADA
009 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 004 — CONSUMISMO E CELEBRITISMO
010 — O PROPÓSITO SINGULAR DE DEUS PARA OS NOSSOS DIAS
011 — A PALAVRA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO
012 — A EXPRESSÃO GREGA “EM CRISTO” — ἐν Χριστῷ
013 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA
014 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 002
015 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/09/educacao-crista-estudo-015-o-que-o-novo.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/09/educacao-crista-estudo-015-o-que-o-novo.html
016 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 004 — A IGREJA COMO PLENITUDE
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/12/educacao-crista-estudo-016-o-que-o-novo.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/12/educacao-crista-estudo-016-o-que-o-novo.html
017 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 005 — A UNIDADE DA IGREJA CRISTÃ
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/educacao-crista-estudo-017-o-que-o-novo.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/educacao-crista-estudo-017-o-que-o-novo.html
018 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 006 — HUMILDADE E AMOR EM MEIO À DIVERSIDADE DE DONS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/educacao-crista-estudo-018-o-que-o-novo.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/educacao-crista-estudo-018-o-que-o-novo.html
019 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 007 — A IGREJA COMO MISTÉRIO DE DEUS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/educacao-crista-estudo-019-o-que-o-novo.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/educacao-crista-estudo-019-o-que-o-novo.html
020 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 008 — COMO A IGREJA É FORMADA OU CRIADA?
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/educacao-crista-estudo-020-o-que-o-novo.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/educacao-crista-estudo-020-o-que-o-novo.html
021 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — PARTE 009 — QUANDO A IGREJA COMEÇOU?
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/educacao-crista-estudo-021-o-que-o-novo.html
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Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que
puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:
Desde já agradecemos a todos.
[1] Samuel Viera reconhece “ser o
Protestantismo Brasileiro um protestantismo de missão e ter recebido muita
influência de igrejas estrangeiras, principalmente americanas” em O Império Gnóstico Contra-ataca, São
Paulo, Editora Cultura Cristã, 1999.
2] Segundo o Dicionário Aurélio
“Americanófilo” é aquele que é partidário da América, em especial dos Estados
Unidos da América, em detrimento de outros países. Normalmente tal partidarismo
é irracional e não está baseado em fatos.
[3] Molly Ivins e Lou Dubose levantam esta acusação em SHRUB – The Short But Happy Political Life of George
W. Bush, New York ,
VINTAGE Books, 2000.
[4] Loraine Boettner no seu livro Catolicismo Romano, São Paulo, Imprensa
Batista Regular, 1985, admite que países católicos como o Brasil “têm recebido
assistência material substancial de nações protestantes, particularmente dos
Estados Unidos da América, de modo que sua atual condição econômica, social,
política e religiosa, não é nem de perto tão ruim como seria se estivessem
abandonados à sua própria sorte.” Se a arrogância não fosse tão grande, a
cegueira acerca da nossa situação seria completa! Emílio de Laveleye em Do Futuro dos Povos Católicos, São Paulo, Casa Editora
Presbiteriana, 1950, também acredita que os protestantes são sempre mais
instruídos e mais ricos quando comparados aos católicos. Excluídos é claro, os
católicos espanhóis, franceses, alemães, escandinavos e mesmo os católicos
estadunidenses que perfazem o maior grupo religioso individual dos EUA.
[5] Detalhes extensos de como o
dinheiro dos contribuintes estadunidenses via Departamento de Estado, financiou
missões evangélicas, e em alguns casos, patrocinou o genocídio de povos
nativos, no Brasil e em toda América Latina podem ser vistos em obras como
as de Gerard Colby e Charlote Dennett Thy Will Be Done – The Conquest of the
Amazon: Nelson Rockfeller and Evangelism in the Age of Oil,
HarperCollinsPublishers, 1995. Este livro está também disponível em
português.
[6] Rubem Alves em Protestantismo e Repressão, São Paulo,
Editora Ática, 1982, diz o seguinte: os detentores do poder resistem “a
qualquer tentativa de inovação, resistência esta que se legitima através da
sacralização das formas de pensamento e comportamento herdadas do passado, e
que se torna efetiva pelo estabelecimento de mecanismos institucionais de
controle que se encarregam de eliminar as formas desviantes do pensamento e
comportamento”.
[7] De fato, não somente editoras,
mas todo tipo de “ministério”, dentro do universo chamado evangélico, ou seja,
dentro da forma de cristianismo que não seja Católico Romano, tem passado de
pai para filho no melhor estilo de “negócio familiar”.
[8] A neta de E. W. Kenyon move
processo por cópia dos escritos de seu avô, contra os Hagin e os Copeland. Como
é possível que homens que se dizem ungidos pelo poder de Deus copiem
deslavadamente os escritos de outra pessoa sem lhe dar o devido crédito? Para
quem quiser se aprofundar nesta questão o livro de D. R. McConnell A Different Gospel – A Historical and
Biblical Analysis of Modern Faith Movement, Peabody, Hendrickson Publishers
Inc, 1988, apresenta extensas passagens em colunas paralelas dos escritos de
Kenyon e Hagin/Copeland expondo a cópia deslavada, disfarçada sob o pretexto de
revelação direta do Senhor!
[9] Peter Jones, A Ameaça Pagã, São Paulo, Editora
Cultura Cristã, 2002.
[10] John Mather e Judy Groves, Introducing
Chomsky, Icon Books, Cambridge ,
1999.
[11] Kierkegaard, Soren, The Moment
and Late Writings : Kierkegaard’s
Writings Vol. 23, Princeton , Princeton University Press, 2000 .
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