O material abaixo foi publicado
pelo site da Editora FIEL e é de autoria de David P. Murray.
O
Objetivo do Casamento Gay não é o Casamento Gay
O objetivo do casamento gay não
é, primariamente, o casamento gay; é principalmente o silenciamento de
consciências gays.
Dado o fato de que tão poucos
homossexuais de fato se casam quando têm a oportunidade legal, sua vigorosa e,
muitas vezes, violenta campanha pelo casamento gay sempre me deixou confuso.
Após ler o artigo de Brendam O’Neill The Trouble With Gay Marriage (O Problema
com o Casamento Gay), não estou mais confuso. Embora O’Neill não faça uma
abordagem a partir de uma perspectiva cristã, seu artigo pós-referendo sobre a
atitude da República da Irlanda de legalizar o casamento gay lança uma forte
luz sobre o objetivo último da maioria daqueles que fazem campanha pelo
casamento gay — e não é o casamento gay.
Validação e
reconhecimento
O’Neill começa observando quão
pouca conversa ou quão poucos comentários houve sobre o casamento gay após o
resultado favorável. Como ele coloca: “Ao invés de dizer: ‘Finalmente podemos
nos casar’, a resposta mais comum ao resultado do referendo de ambos os líderes
da campanha pelo “sim” e seu considerável exército de apoiadores na mídia e nas
classes políticas foi: ‘Gays finalmente foram validados’. Toda a conversa foi a
respeito de ‘reconhecimento’, não casamento”.
Ele empilha citação acima de
citação para provar seu ponto. Por exemplo:
• A Vice-Primeira-Ministra da
Irlanda Joan Burton disse que a votação favorável se tratava de ‘aceitação em
seu próprio país’.
• Escrevendo para o jornal Irish
Examiner, um psicoterapeuta disse: ‘o referendo se tratou de mais do que
igualdade no casamento… era uma questão de plena aceitação [dos gays]’.
• O Primeiro-Ministro Enda Kenny
também disse que o referendo tratava de mais do que casamento — era uma questão
das ‘frágeis e profundamente pessoais esperanças’ dos gays sendo percebidas.
• Nas palavras do romancista
Joseph O’Connor, a votação favorável foi um ato de ‘empatia social’ com parte
da população.
• A campanha oficial pelo “sim”
até mesmo descreveu a vitória do “sim” como um aumento da saúde e do bem-estar
de todos os cidadãos irlandeses, especialmente os gays.
• Um colunista do Irish Times
descreveu a ‘sombra de preocupação’ sobre seus amigos gays antes do referendo
como um ‘sentimento de que [são] inferiores de alguma maneira’, e afirmou que a
vitória favorável finalmente confirmou que eles agora podem desfrutar do apoio,
da bondade e do respeito da sociedade.
• Fintan O’Toole disse que a
vitória favorável foi uma questão de fazer os gays se sentirem ‘plenamente
reconhecidos’.
• ‘Meu país reconheceu que nós
existimos’, disse um empresário gay irlandês.
Votar para se sentir
bem
O’Neill diz que “resumindo, o
resultado favorável fez as pessoas se sentirem bem”, e que o que se buscava
“não era realmente o direito de se casar, mas validação sociocultural do estilo
de vida de uma pessoa — ‘empatia social’ — especialmente do Estado”. Ele
ressalta literatura mais antiga sobre o casamento gay que também demonstrou que
“os primeiros levantadores da questão do casamento gay pareciam primariamente
preocupados com ‘atenuar a ansiedade adulta’”.
Por que validação, empatia,
aceitação, reconhecimento e aprovação sancionados pelo Estado são tão
importantes para aqueles que fazem campanha pelo casamento gay? Por que isso é
tão mais importante do que, de fato, ter a permissão para casar?
Medidas desesperadas
A resposta se encontra em Romanos
1.18-32, onde o apóstolo Paulo explica que medidas desesperadas homossexuais (e
outros pecadores impenitentes) tomam para silenciar a voz da consciência. Eles
ouvem a proibição de Deus e a condenação em suas consciências, a odeiam e fazem
tudo o que podem para calá-la — incluindo, nos nossos próprios dias, tornar o
casamento gay legalizado em todo lugar, mesmo se relativamente poucos fazem uso
dele. Porque, na maioria dos casos, não se trata do direito de casar; é
principalmente uma tentativa vã de abafar a voz interna da consciência ao
multiplicar e amplificar as vozes externas de aprovação.
Se estou errado, então porque
eles não deixam em paz a suposta minoria que ainda desaprova o casamento gay?
Por que eles não toleram dissidentes? Ativistas gays têm a mídia do seu lado,
têm a indústria do entretenimento do seu lado, têm o estabelecimento
educacional do seu lado, têm as empresas do seu lado, têm a maioria dos
políticos do seu lado, assim como a maioria dos juízes. Isso não é o
suficiente? Se eles estão tão certos da justiça de sua causa, por que não podem
tolerar algumas poucas vozes aqui e ali que ainda insistem: “Isso é errado”?
Proteção sem
precedentes
Não há quase nenhum grupo no
mundo que tem o nível de aceitação, validação, aprovação e empatia do público
que os homossexuais hoje desfrutam. Eles certamente têm mais reconhecimento,
proteção e promoção do que os cristãos evangélicos em qualquer lugar. Então por
que não podem deixar os cristãos em paz? O que mais eles querem ou do que mais
precisam?
Somente Romanos 1.18-32 pode explicar
isso. Com efeito, diz que mesmo que o casamento gay seja legalizado em todos os
lugares e mesmo se cada voz destoante seja extinguida, as consciências gay
ainda gritarão “Errado!” e “Culpado!”. No seu íntimo, eles ainda conhecerão “a
sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam”
(Rm 1.32). Essa é a “sombra de preocupação” que espreita para sempre a
consciência gay.
Paz através da cruz
A mensagem cristã para a
comunidade gay é que ela abandone sua tentativa fútil de garantir paz de
consciência através dos tribunais, da mídia e dos milhares de votos. É muito
melhor trazer tais consciências pesarosas à cruz de Cristo para plena cura e
permanente silenciamento vindo do próprio Deus, através da fé e do
arrependimento. Isso fará um trabalho muito melhor para remover a ansiedade, as
sombras e os medos do que qualquer quantidade de referendos ou falência de
padarias e floristas. Também abrirá caminho para experimentar a imensurável
largura, altura e profundidade do amor de Deus.
E para cristãos que estão
sofrendo ou ainda sofrerão as consequências da desaprovação da sociedade ou do
Estado sobre essa questão, confie no poder de uma boa consciência. Somos
zombados, desaprovados, menosprezados, marginalizados, caricaturados e rejeitados
mais do que qualquer outro grupo na sociedade. Somos chamados de intolerantes,
homofóbicos e cheios de ódio. Mas ter uma consciência através da qual Deus
demonstra sua aprovação e aceitação a nós significa que podemos continuar nos
levantando por aquilo que é certo e verdadeiro, não importa quantas vozes de
intolerância e ódio gritem contra nós.
O artigo original poderá ser
visto por meio do seguinte link:
O autor: David P. Murray serviu
como pastor da Locharron Free Church of Scotland de 1995 até 2000 e,
posteriormente, na Stornway Free Church of Scotland entre 2000 e 2007. David
Murray é professor de Antigo Testamento e Teologia Prática no Puritan Reformed
Theological Seminary, em Grand Rapids, Michigan. Murray escreve no blog
"Head, Heart, Hand: Leadership for Servants."
O artigo original de Brendan O'Neill pode ser acessado por meio desse link aqui:
http://www.spiked-online.com/newsite/article/the-trouble-with-gay-marriage/17016#.VYxNLRtVhBc
O artigo original de Brendan O'Neill pode ser acessado por meio desse link aqui:
http://www.spiked-online.com/newsite/article/the-trouble-with-gay-marriage/17016#.VYxNLRtVhBc
ROMANOS 1:18—32
18 A ira de Deus se
revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade
pela injustiça;
19 porquanto o que de
Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
20 Porque os atributos
invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria
divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso,
indesculpáveis;
21 porquanto, tendo
conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças;
antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o
coração insensato.
22 Inculcando-se por
sábios, tornaram-se loucos
23 e mudaram a glória
do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de
aves, quadrúpedes e répteis.
24 Por isso, Deus
entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração,
para desonrarem o seu corpo entre si;
25 pois eles mudaram a
verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador,
o qual é bendito eternamente. Amém!
26 Por causa disso, os
entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural
de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
27 semelhantemente, os
homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente
em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si
mesmos, a merecida punição do seu erro.
28 E, por haverem
desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição
mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,
29 cheios de toda
injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda,
dolo e malignidade; sendo difamadores,
30 caluniadores,
aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais,
31 insensatos,
pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.
32 Ora, conhecendo eles
a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam,
não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.
Que Deus abençoe a todos
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que
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Desde já agradecemos a todos.
O objetivo do casamento gay é encher o saco da população, relativizar o conceito de família, e contribuir para a redução populacional global, porque, como diz Levy Fidelix, "dois iguais não geram, e aparelho excretor não reproduz".
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