sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PECADOS QUE PODEM NOS DESTRUIR POR COMPLETO – PARTE 005 — A AMARGURA

Essa é uma série na qual pretendemos, dentro do possível, discutir alguns dos mais insidiosos pecados que ameaçam nossas almas. Trata-se de ações ou reações que caracterizam um coração perverso diante de Deus, algo com o que muitos personagens bíblicos tiveram que lutar, mas que pela graça de Deus conseguiram vencer. Nós também, como seres humanos iguais a eles estamos sujeitos a enfrentar esses mesmos pecados e temos que entender como essas situações funcionam, para poder lançar mão da graça de Deus e vencer as mesmas. A QUARTA questão que devemos analisar é:

5. Amargura —

A amargura é um sentimento poderoso. É tão poderoso que pode sair de uma pessoa amargurada e se instalar em outras pessoas, como um vírus ou uma bactéria. A amargura pode ser letal para sua vida cristã:

Hebreus 12:14—15

14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,

15 atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados.

A amargura surge em nossos corações todas as vezes que passamos a abrigar nos mesmos o ranço, um espírito inclemente ou um espírito de vingança, contra qualquer pessoas por causa de uma ofensa que nos foi feita, ou atá mesmo que imaginamos que nos foi feita.

A parábola dos dois devedores de Lucas 7:36—50 deve nos ajudar a entender bem tudo o que estamos querendo dizer:

Lucas 7:36—50

36 Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa.

37 E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento;

38 e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento.

39 Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora.

40 Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre.

41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta.

42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?

43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.

44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.

45 Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés.

46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés.

47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.

48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados — comparar com Hebreus 9:12.

49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados?

50 Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.

Simão, o fariseu, convidou a Jesus para almoçar em sua casa, depois da reunião no sábado pela manhã numa sinagoga qualquer. Mas como a história deixa claro, seu gesto não foi porque ele amava o Senhor Jesus. É possível que ele quisesse se aproveitar da fama de Jesus e depois poder se gabar que o Mestre da Galileia havia almoçado em sua casa. Ou então, sendo um fariseu, quisesse usar aquela oportunidade para conseguir algum motivo justificável pelo qual ele pudesse denunciar a Jesus para as autoridades em Jerusalém. 

Independentemente quais fossem suas intenções, o fato é que as mesmas foram completamente frustradas por uma prostituta e pelo magnânimo perdão que o Senhor tem para oferecer aos pecadores ou para todos aqueles que o ofendem profundamente com seus comportamentos desagradáveis. Essa condição enfrentada por Simão deve nos servir de advertência contra alimentarmos qualquer sentimento perverso e pecaminoso de amargura, e um espírito inclemente contra quem quer que seja. 

Quando somos ofendidos, em vez de ficar ofendidos devemos entregar tudo nas mãos de Deus porque ele tem prometido o seguinte: 

Romanos 12:19

Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 

Sabe porque o Senhor nos faz esse tipo de promessa? Porque Ele realmente não deseja que nenhum de nós se deixe contaminar por qualquer raiz de amargura. Todos os que insistem em manter uma atitude rancorosa, um espírito inclemente ou um espírito não perdoador serão culpados diante do Senhor, por não confiarem em sua promessa tão clara e tão explícita: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei. Como prova de que não abrigamos nenhuma dessas características pecaminosas é que somos desafiados a tratar bem nossos inimigos e não deixar que o mal nos vença, mas que vençamos o mal pela prática do bem —

Romanos 12:20—21

20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.

21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Outro mandamento semelhante a esse que acabamos de ver, pode ser encontrado na seguinte passagem:

Êxodo 23:4—5

4 Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento, lho reconduzirás.

5 Se vires prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo.

Todavia, nesse processo todo — de se pagar com o bem, o mal recebido — é importante destacarmos que Deus não espera que nenhum de nós consideremos o mal que nos foi feito como se não tivesse acontecido. O que Deus deseja é que não nos deixemos contaminar pelo mal que nos fizeram, permitindo que brote qualquer raiz de amargura, ou pior ainda, que possamos agir com o intuito de nos vingar a nós mesmos. Essas coisas Deus não deseja ver em nossas vidas. Por outro lado, nunca devemos deixar de chamar o mal pelo seu nome apropriado: “MAL” — 

Gênesis 4:23

E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. 

Romanos 12:19—21

19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.

20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.

21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. 

E mais... 

Isaías 5:20

Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! 

O que o Senhor espera de nós é que possamos perdoar o malfeitor e transferir para o próprio Deus a responsabilidade de tratar o malfeitor com toda justiça, como apenas o próprio Deus pode fazer. Enquanto isso, nós devemos aprender e ser bondosos com todos os nossos inimigos, conforme o próprio Jesus nos ensinou a orar em — 

Mateus 6:12

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. 

E mais ainda — 

Mateus 6:14—15

14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;

15 se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

Quando tentamos nos vingar de qualquer mal que nos foi feito estamos, de fato, dizendo para Deus que ele é um mentiroso, quando afirma que Ele mesmo retribuirá o mal que foi feito. E quem chama Deus de mentiroso não pode esperar ser beneficiado pela obra redentora de Jesus sobre a cruz do Calvário. 

Concluindo, precisamos nos empenhar amparados pela graça de Deus e o poder do Seu Espírito Santo, no sentido de não nos deixarmos vencer pelo mal, permitindo o surgimento de raízes de amargura de qualquer natureza em nossos corações, e muito menos alimentarmos um espírito implacável e não perdoador. Devemos buscar a ajuda de Deus, suplicando por Sua graça até que toda amargura e espírito implacável sejam colocados sob o poder do Espírito Santo e sejamos verdadeiramente livres para confiar plenamente em Deus e suas promessas e severas admoestações, como as que vimos nessa estudo. Para terminar podemos fazer uma reflexão final no texto de — 

2 Coríntios 10:4—5

4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas

5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.



OUTROS ARTIGOS DE PECADOS QUE PODEM DESTRUIR NOSSAS ALMAS
Estudo 001 — A FALSA CULPA

Estudo 002 — A ANSIEDADE

Estudo 003 — O REMORSO

Estudo 004 — A AMBIÇÃO

Estudo 005 — A AMARGURA

Estudo 006 — A INVEJA E O CIÚME

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 001

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 002

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 003

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 004 – FINAL

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 001

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 002

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 003

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 004

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 001

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 002

Estudo 010 — DESEJOS INDULGENTES OU PECAMINOSOS
Que Deus nos abençoe a todos.   

Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.     

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