Se existe uma questão que está
muito em evidência em nossos dias é essa envolvendo a suficiência das
Escrituras. Durantes os séculos as Escrituras sempre sofreram ataques de todos
os tipos. Mas começando no século XIX as coisas se intensificaram com o
surgimento de poderosas falsas religiões que não aceitam a suficiência das
Escrituras Sagradas. Entre esses falsos movimentos nós podemos citar:
1. A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias ou Mormonismo
2. A Igreja Adventista do Sétimo
Dia e todas suas derivações.
3. As Testemunhas de Jeová.
4. A Ciência Cristã.
5. O Unitarismo.
6. Neo-gnosticismo e Confissão
Positiva de E. W. Kenyon.
7. O Espiritismo.
8. Teosofia
9. Etc.
Mas nunca vimos tantos ataques em
profusão e agressividade como agora, especialmente por parte dos falsos
ensinamentos de E. W. Kenyon ressuscitados e ampliados no meio pentecostal,
Neo-pentecostal e da Terceira, Quarta e Quinta onda pentecostais, e pelo
surgimento massivo de judaizantes que pretendem conhecer mais as Escrituras que
todos mundo junto.
O Artigo abaixo foi publicado
pelo site da Editora Fiel e é de autoria de Kevin DeYoung.
Que
Diferença a Suficiência das Escrituras Faz na Sua Vida?
Kevin DeYoung
Primamos muito pela doutrina da
suficiência das Escrituras. Mas, que diferença faz a suficiência das Escrituras
na sua vida cristã? Deixe-me propor quatro maneiras que deveriam fazer uma
enorme diferença.
Primeiro, com a suficiência das
Escrituras mantemos a tradição em seu lugar. A tradição certamente tem um lugar
na compreensão da palavra de Deus e na formulação das convicções doutrinárias
da Igreja. A diversidade mais facilmente esquecida hoje é a diversidade dos
mortos. Devemos aprender com os grandes mestres que vieram antes de nós.
Devemos permanecer firmes sobre os credos ecumênicos da igreja. E, para aqueles
de nós em tradições confessionais – como luteranos, anglicanos, presbiterianos
e reformados – temos que nos comprometer a apoiar nossos padrões confessionais
de forma séria, cuidadosa e com integridade. Mas mesmo esses grandes credos, catecismos e confissões são valiosos
apenas enquanto resumem o que é ensinado nas Escrituras. Nenhum texto
secundário e feito pelo homem pode substituir ou ser autorizado a subverter a
nossa lealdade e conhecimento da Bíblia.
A suficiência das Escrituras
fortalece o grito da Reforma de sola Scriptura, ou “Somente a Escritura”. Isso não significa que devemos tentar abordar a Bíblia sem a ajuda de
bons professores, recursos escolares e fórmulas doutrinárias testadas.
“Somente” não significa “por si só” (nuda Scriptura), mas que a Escritura somente é a autoridade final. Tudo deve ser
testado contra a palavra de Deus. A tradição não tem um papel de igualdade com
a Bíblia em saber a verdade. Em vez disso, a tradição tem um papel de confirmação,
iluminação e apoio. Não podemos aceitar inovações doutrinárias, como a
infalibilidade papal, o purgatório, a concepção imaculada ou a veneração de
Maria, porque essas doutrinas não podem ser encontradas na Palavra de Deus e
contradizem o que é revelado nas Escrituras. Embora possamos respeitar os
nossos amigos católicos e ser gratos por muitos aspectos da sua fé e testemunho
social, não devemos vacilar em nossa fidelidade à sola Scriptura. Está
implícito na compreensão bíblica da sua própria suficiência.
Segundo, porque a Escritura é
suficiente, não acrescentaremos ou retiraremos da palavra de Deus. Ao nos
achegarmos à Bíblia, devemos sempre lembrar que estamos lendo um livro pactual.
E documentos pactuais normalmente concluem com uma maldição de inscrição
pactual. Vemos essa maldição em Deuteronômio 4:2 e 12:32, onde os israelitas
são advertidos contra acrescentar à lei mosaica ou retirar qualquer coisa dela
(cf. Provérbios 30.5-6). Da mesma forma, vemos o mesmo tipo de maldição na
conclusão do Novo Testamento em Apocalipse 22.18-19 – “Eu, a todo
aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes
fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste
livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia,
Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se
acham escritas neste livro”. Esta forte admoestação, no final de
toda a Bíblia, é um lembrete forte de que não devemos acrescentar nada à
Escritura – para torná-la melhor, mais segura ou mais de acordo com as nossas
suposições – e não devemos retirar nada dela, mesmo se a experiência, revistas
acadêmicas ou o humor da cultura insistir que devemos.
Terceiro, visto que a Bíblia é
suficiente, podemos esperar que a palavra de Deus seja relevante em todos os
aspectos da vida. Deus nos deu tudo o que precisamos para a vida e a piedade (2
Pedro1.3) porque a Escritura é suficiente para nos tornar sábios para a
salvação e santos para o Senhor (2 Timóteo 3.14-17). Se aprendermos a ler a
Bíblia para baixo (em nossos corações), do outro lado (o enredo da Escritura),
para fora (para o fim da história) e para cima (para a glória de Deus, na face
de Cristo), descobriremos que cada parte da Bíblia é proveitosa para nós. Afirmar
a suficiência das Escrituras não é sugerir que a Bíblia nos diz tudo o que
queremos saber sobre tudo, mas que ela nos diz tudo o que precisamos saber
sobre o que mais importa. A Escritura não oferece informações
completas sobre todos os assuntos, mas em todas as disciplinas que ela trata,
só diz o que é verdadeiro. E, em sua verdade, temos conhecimento
suficiente para abandonar o pecado, encontrar o Salvador, tomar boas decisões,
se Deus quiser, e chegar à raiz dos nossos problemas mais profundos.
Quarto, a doutrina da suficiência
das Escrituras nos convida a abrir nossas Bíblias para ouvir a voz de Deus. Não
muito tempo atrás, eu estava em um grupo de aconselhamento da denominação onde
nos foi dito para encontrarmos nossas “normas” como uma comunidade. Quando
sugeri que a nossa primeira norma deveria ser testar tudo à luz da palavra de
Deus, foi-medito – e isto é uma citação exata – que “não estamos aqui para
abrir nossas Bíblias”. O objetivo do grupo, aparentemente, era que nós
ouvíssemos nossos corações e uns aos outros, mas nem tanto de forma que
ouvíssemos a Deus. Mais tarde, na mesma reunião denominacional, um pastor da
América do Sul abordou todo o corpo. Ao perceber uma propaganda na parte de
trás sobre um evento em que iríamos “descobrir” a visão de Deus para a nossa
denominação, o homem disse: “Descobrir? Espero que vocês encontrem o que estão
procurando. E tentem não demorar muito”. Foi uma alfinetada bem colocada em
relação à tendência na Igreja estadunidense de planejar, e sonhar, e
esquematizar, e projetar uma visão, e se envolver em discernimento mútuo, tudo
enquanto, ao mesmo tempo, a clara voz de Deus permanece negligenciada em nosso
colo.
O artigo original do site da
Editora Fiel poderá ser visto por meio desse link aqui:
Kevin DeYoung
É o pastor principal da University
Reformed Church, em East Lansing (Michigan).
Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado em teologia
pelo Gordon-Conwell Teological Seminary. É preletor em conferências
teológicas e mantém um blog na página do ministério The Gospel
Coalition.
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que
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