terça-feira, 12 de maio de 2015

BRINCANDO DE IGREJA NO BRASIL ENQUANTO CRISTÃOS SÃO ASSASSINADOS AO REDOR DO MUNDO


O material abaixo é de autoria da jornalista Rquel Elana e foi publicado no site Gnotícias.

Porque a Igreja Brasileira ignora o genocídio de Cristãos no Oriente Médio?

Por Raquel Elana

Por que uma igreja que movimenta mais de 15 bilhões de reais por ano em produtos Gospel e que demonstra poder midiático e político suficientes para provocar mudanças “sociais” quando há interesse, simplesmente ignora o genocídio de cristãos e minorias que estão acontecendo neste momento no Oriente Médio?

De riqueza milenar e histórica, o Oriente Médio é considerado sagrado para as 3 maiores religiões monoteístas do mundo. Para os que procuram entender as Escrituras de forma prática, a importância desta região é ainda maior, pois aponta para acontecimentos futuros e novos modelos de mundo.

É aliás, por esta “nova ordem mundial” que a fachada da luta contra o terrorismo tem funcionado bem. Hoje as riquezas petrolíferas de nações como Iraque e Líbia estão nas mãos da elite mundial. Nestes países a ação dos aliados foi rápida, certeira e destruidora. Entretanto, quando se trata de países onde a riqueza é a localização estratégica (no caso da Síria), deixar que civis sejam sacrificados e exterminados, parece bem cômodo.

Um dia, um pai sírio me perguntou:

– Rahil (Raquel) por que o mundo não faz nada para parar isto?

Como pessoas de consciência não se importam conosco?

Este senhor havia atravessado a fronteira, escapado a pé com sua família e sobrevivido as crueldades do deserto. Sua casa não mais existia. Além do bombardeio, tinha testemunhado a morte de crianças e mulheres de forma maligna. Enquanto falava comigo, podia sentir sua indignação. Mas sua indignação também era a minha. Eu, no entanto, já sabia a resposta.

Como missionária no Oriente, tenho me assustado (ou talvez nada mais me assuste) com a indiferença que grandes ministérios demonstram com a causa entre as nações e da perseguição histórica contra cristãos. Falo dos grandes “ministérios” porque são estes que tem o poder de influenciar, mas que a cada dia demonstram ganância, alienação e arrogância que só afastam o povo do verdadeiro sentido do Evangelho.

Eternas campanhas “proféticas”, guerras midiáticas pela moral da família, vendas de amuletos e muita extorsão financeira é o que recheiam as programações evangélicas. Falta Palavra, falta Evangelho, falta doação, falta compaixão…

A verdade é que não pode existir uma comunidade saudável ou uma igreja saudável sem que haja doação e sacrifício pelos que estão perto e pelos que estão longe. Entretanto, falar da atuação missionária para uma Igreja doente é perder tempo.

A verdade é que há muito marketing até mesmo entre os chamados ministérios missionários. Postar fotos, ter um dia de oração ou menções em shows (quase não existem) não são suficientes para provocar uma reação compatível com a força da igreja brasileira pelo Oriente Médio. Digo pelo Oriente porque nossa missão não é somente pelos Cristãos perseguidos, mas pelos muçulmanos e todos que estão padecendo.

Um tempo de vergonha

Vergonha e tristeza é o que eu sinto ao lembrar do descaso que nossa igreja demonstra à Missão e aos missionários. Países onde a igreja é menor, chegam a enviar 100% a mais de missionários e contribuições pelo mundo.

O pior é que este quadro não deve mudar, a menos que haja uma conversão no coração destes que se apostataram e se venderam a Mamon (e o fizeram em Nome de Deus).

Mas você enquanto lê este artigo pode fazer a sua parte! Comece orando e pedindo a Deus como se envolver na salvação das nações!

Que o Senhor tenha misericórdia dos povos do Oriente e salve muitos. Que os missionários sejam encorajados e fortalecidos, pois nossa esperança está posta em Deus.

"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."

Raquel Elana, formada em Teologia, Pós Graduação em Jornalismo Político/ (Jornalista – MTb 15.280/MG) e Ministérios Criativos pelo IBIOL de Londres, é autora de 3 livros, entre eles: Anjos no Deserto - uma coletânea de testemunhos dos seus quase 10 anos de trabalho no Oriente Médio. Desde o ano passado está envolvida com o trabalho de atendimento aos refugiados da guerra civil da Síria. Veja este vídeo de divulgação para conhecer mais sobre nossas famílias e como desenvolvemos o serviço.

O artigo original poderá ser visto por meio do seguinte link:


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Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos. 

Um comentário:

  1. Pastor Alex, o senhor está corretíssimo. Sua definição é exatamente essa. Estamos, realmente, brincando de igreja. E pior, não estamos nem mesmo sabendo brincar. Como se não bastasse tudo isso que o senhor mencionou, existem pessoas que confundem uma pretensa "autoridade 'espiritual'" e/ou "autoridade 'eclesiástica'" com a mais pura, simples, e grosseira falta de respeito. Confundem "querer o 'bem'" com se achar no direito de impor o que se considera "bem", de simplesmente encher o saco, dizendo o que se deve fazer, como se deve agir, pensar, sentir, falar. Enfim, querem mudar o jeito de ser uns dos outros na pressão, quase que na base da porrada. E isso NÃO TEM NADA A VER com o que JESUS ensinou. Com a igreja sofredora, perseguida, ninguém se importa, por que essa não está na "moda". Como se DEUS seguisse alguma "moda" humana. Por que não fazer uma campanha de oração por essa igreja que, em pleno século 21, sofre perseguição, em vez de se estressar com o jeito de ser uns dos outros. Eles sofrem perseguição em países dominados pelas formas de governo mais ditatoriais, em países dominados por seitas satânicas, em especial, países dominados pelos adoradores do demônio chamado Alá. E, do lado de cá, o povo só quer saber de "prosperidade". E quem estiver sendo perseguido que se dane.

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